Institucional

Lançado Comitê Permanente de Segurança Metropolitano

Cerimônia teve a presença de diversas entidades da sociedade Foto: Tonico Alvares/CMPA
Cerimônia teve a presença de diversas entidades da sociedade Foto: Tonico Alvares/CMPA (Foto: Tonico Alvares/CMPA)

Foi instalado, nesta terça-feira (19/4), o Comitê Permanente de Segurança Metropolitano, iniciativa proposta por sete entidades signatárias: a Câmara Municipal de Porto Alegre, o Fórum Latino Americano de Defesa do Consumidor (FEDC), Associação dos Juízes do RS (Ajuris), Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep), Associação dos Comissários de Polícia (ACP), Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros do RS (ASSTBM) e o Parlamento Metropolitano da Grande Porto Alegre. Abrindo os trabalhos, o presidente da Câmara, vereador Cassio Trogildo (PTB), destacou que a iniciativa pretende ser bastante prática na busca de soluções e melhorias no combate à criminalidade. "Não temos a pretensão de encontrarmos aqui alguma fórmula mágica, mas a tentativa de formarmos um embrião para um plano integrado de segurança para toda a Região Metropolitana", discursou.

 

Iniciativa elogiada

 

O deputado Maurício Dziedricki (PTB),que representou a Assembleia Legislativa do RS, ressaltou que segurança pública tem de ser política de estado e não de governo. "E iniciativas como esta do comitê são fundamentais para deslindar a forma integrada de poderes e de nossas tarefas." O presidente do Fórum Latinoamericano do Consumidor, Alcebíades Santini, reclamou que ninguém pensa o Brasil que se quer para daqui 50 anos. Esta falta de planejamento, diz ele, está levando os estados à falência e ao colapso dos serviços públicos. "É preciso pensar um estado necessário, pois o modelo de administração pública atual está falido."


O presidente da Associação dos Juízes do RS (Ajuris), Gilberto Schäfer, observou que instituições têm de refletir sobre o que fazer em seu espaço de atuação e que a Ajuris, por exemplo, já pediu ao Tribunal do Justiça que crie duas unidades: uma de improbidade administrativa e outra de lavagem de dinheiro. "É preciso sufocar o crime organizado cortando suas fontes de receita. O combate à corrupção é estratégico para combater os crimes dela resultantes."


Luciano Vacaro, promotor do Ministério Público do RS, disse que é sempre importante participar de debates sobre segurança e que, por isso, o MP/RS tem satisfação em integrar o comitê. "Só a união de todos vai permitir encontrar as soluções. Não podemos admitir que as pessoas tenham medo de andar pela rua. O MP, portanto, é parceiro neste trabalho." O coronel Alberto Iriart, que representou o comando da Brigada Militar, e o ex-chefe de Polícia Ranolfo Vieira Júnior também contribuíram com sugestões para o Comitê.


Também se manifestaram no lançamento do Comitê, se colocando à disposição para participar das discussões e dos esforços no combate à criminalidade, os seguintes representantes: da Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep), Daniela da Silva Duarte; da Associação dos Comissários de Polícia, Jorge Ferreira; da Associação Beneficiente Antônio Mendes Filho (Abamf), Leonel Lucas; e da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros do RS, Aparício Costa Santellano. Todos, porém, cobraram melhores condições de trabalho, pois, segundo eles, somente tendo estrutura adequada os profissionais da segurança pública podem oferecer bons serviços à sociedade. Os vereadores Mauro Pinheiro (Rede) – que preside o Parlamento Metropolitano -, Lourdes Sprenger (PMDB), José Freitas (PRB), Valter Nagelstein (PMDB), Rodrigo Maroni (PR), Airto Ferronato (PSB), Luciano Marcantônio (PTB) e Delegado Cleiton (PDT) também prestigiaram o evento.


Sistemática de funcionamento


Após o lançamento do comitê, ficou acertado que serão realizadas reuniões mensais, nas dependências da Câmara. A próxima deverá ocorrer no dia 18 de maio, às 9h30. Nesta reunião, está prevista a participação de um especialista internacional em segurança pública, que apresentará sua experiência no combate à violência. Serão criados também subcomitês, que farão reuniões nas cidades e bairros, onde recolherão reivindicações e propostas a serem discutidas pelo comitê. Ao final, será elaborado um Plano Integrado de Segurança Pública Metropolitano.




Texto: Felipe Chemale (reg. prof. 11.282)

          Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)