Plenário

Motorista da Carris, Álvaro Araújo assume cadeira no Legislativo

Morador da Vila Mapa, suplente exerce a vereança até a próxima sexta-feira

  • Posse do vereador suplente Álvaro Araújo durante sessão. Na foto, o vereador Álvaro Araújo e funcionários da Carris
    O vereador suplente (d) foi saudado nas galerias do Plenário (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)
  • Posse do vereador suplente Álvaro Araújo durante sessão. Na foto, o vereador Álvaro Araújo.
    O parlamentar fez seu primeiro pronunciamento na tribuna (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
“Acredito na democracia e no voto. Acredito nas pessoas de bem, que buscam o bem”. Esta foi uma das afirmações feitas por Álvaro Araújo ao assumir cadeira na Câmara Municipal de Porto Alegre nesta segunda-feira (10/7). Suplente do PSDB, Araújo substitui o titular, vereador Moisés Maluco do Bem (PSDB), que está em licença até a próxima sexta-feira (14/7). “O voto em branco e a ausência do eleitor nas urnas levam a caminhos perigosos”, disse ainda ele em sua primeira manifestação no Plenário Otávio Rocha, durante a sessão ordinária desta tarde.
 
Araújo revelou ser filho de “flagelados da enchente do Lago Guaíba, em 1964”, que invadiu áreas próximas à Usina do Gasômetro, à Ilhota e adjacências. As famílias atingidas nesse evento, como lembrou, foram assentadas no extremo leste da Capital pelo então prefeito Célio Marques Fernandes. “O prefeito se empenhou a dar assistência e moradia às vítimas, com a criação do Movimento Assistencial Porto Alegre (Mapa). É de lá que eu venho, eu sou da Vila Mapa e é por eles que eu falo”, salientou.

O vereador igualmente destacou ser motorista da Carris e revelou ter começado sua caminhada política junto com trabalhadores na empresa. “Não abro mão da Carris, sou motorista por paixão”, afirmou. Conforme Araújo, sua presença em movimentos de rodoviários sempre foi no sentido de buscar mais diálogo com representações da classe: “É emblemático ver pessoas se unindo pelo bem comum”. Ele lamentou, no entanto, radicalismos. “Isso não leva a lugar algum, as pessoas precisam de transparência, precisam de propostas e de coerência”, destacou, ao dizer que somente com atitudes e posicionamentos se conseguirá enfrentar as dificuldades existentes.

Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 6154)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)