SEGURANÇA

Patrulha Maria da Penha – Há 10 anos salvando vidas

Comandante Nádia Patrulha Maria da Penha
Comandante Nádia Patrulha Maria da Penha

Não é qualquer serviço público, estamos falando de algo muito maior. É possível que só uma mulher vítima da violência doméstica pudesse dimensionar a importância da Patrulha Maria da Penha. Mas tente colocar-se no lugar de uma mulher sob ameaça dentro de casa e que de repente escuta uma batida na porta. O coração dela dispara, a ansiedade toma conta e o ar parece ser insuficiente para essa mulher. Porém, ao abrir a porta, depois de hesitar diversas vezes, depara-se com brigadianos preocupados em saber como ela está.

            Talvez não fosse preciso dizer o quanto esse gesto melhora a autoestima dessa mulher ao trazer segurança para dentro de casa. O agressor, que pode estar à espreita, se desencoraja gradativamente, pois trata-se de um covarde. Esse é o papel da Patrulha Maria da Penha, que realizou cerca de 220 mil visitas, como essa narrada aqui, em 10 anos de atuação. Milhares de mulheres foram salvas, e mais de 1.300 agressores foram presos por descumprirem medidas impostas pela justiça.

            A Patrulha Maria da Penha surgiu em 2012 e foi implantada pela Comandante Nádia quando liderava o 19.º BPM, em Porto Alegre. O Rio Grande do Sul foi pioneiro na proteção às mulheres. A façanha foi destaque para todo o Brasil com reportagem especial no Jornal Nacional. A matéria destacava que nem uma mulher com medida protetiva havia sido assassinada na capital. No primeiro ano, o serviço estava presente em 6 cidades gaúchas. Hoje, 114 municípios do Rio Grande do Sul contam com o serviço.

Neste ano, 2022, a Patrulha Maria da Penha completa 10 anos de existência. Sem dúvida, evitou muitas mortes, mas os desafios são ainda imensos. Só vamos comemorar quando nem uma mulher for covardemente agredida ou assassinada.

Texto

Assessoria de Gabinete