Plenário

Comunicações / Grande Expediente

Nos períodos de Comunicações e Grande Expediente desta quinta-feira (16/4), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos;

DEMISSÃO - Adeli Sell (PT) anunciou que enviou carta ao prefeito José Fogaça pedindo a demissão do secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Afonso Senna, e de toda sua equipe. "Se isso não for feito, vou a Ministério Público pedir abertura de processo, pois não podemos continuar com esse desdém com a cidade", afirmou. Adeli também voltou a pedir atenção à orla do Guaíba, citando a ocorrência de diversos "fogaréus" da Usina do Gasômetro à Ponta do Melo. O vereador ainda lamentou a permanência de "navios-fantasmas" no Cais Mauá. "Há 60 dias, fiz Pedido de Informações e não obtive resposta", disse. (CB)

CARREFOUR - Alceu Brasinha (PTB) contou que, todo dia, recebe reclamações contra o Carrefour, que, na sua opinião, "massacra" o pequeno comércio. "O Carrefour vem aqui, faz as suas promoções, quebrando os minimercados", disse. "Não sei como ainda tem gente que fala que o Carrefour faz bem para Porto Alegre." O vereador sugeriu que a Câmara crie uma frente parlamentar para avaliar a instalação dos hipermercados. (CB)

LICENÇAS - Engenheiro Comassetto (PT) criticou o sistema de licenciamento de projetos arquitetônicos e de engenharia na prefeitura. Conforme o vereador, a morosidade e o anacronismo desse processo tem levado muitos profissionais da área a trabalharem em outras cidades da Regiâo Metropolitana e não mais na Capital. Um dos casos citados foi a dificuldade enfrentada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que depende da aprovação de projetos de reformas em seus prédios para receber recursos do governo municipal para as obras. Conforme Comassetto, a Câmara precisa propor mudanças radicais e estruturais no sistema de licenciamento de projetos na prefeitura. (CB)

SAÚDE - Dr. Thiago Duarte (PDT) expressou preocupação com a situação dos hospitais da Ulbra. “Situação que pode acontecer com outros hospitais da nossa cidade”, disse. A respeito da intervenção do vereador Mauro Pinheiro (PT), que criticou os gastos da Prefeitura do PMDB com publicidade, Dr. Thiago lembrou a forma como o governo federal, do PT, vem tratando os funcionários do Grupo Hospitalar Conceição, cuja administração estaria leiloando equipamentos para pagar suas dívidas com os trabalhadores. (CK)

SAÚDE II – Nilo Santos (PTB) levantou suspeitas com relação ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC) discorrendo sobre a possibilidade do mau uso de cartões corporativos, que teriam sido utilizados em gastos pessoais dos administradores, tais como despesas em lavanderia e lojas de produtos para animais de estimação. Defendeu a administração do prefeito Fogaça, que, segundo ele, não tem culpa pelos problemas de saúde, e criticou o governo federal, do PT, pelos problemas no GHC. “Quem sabe isso também é culpa do Fogaça?” (CK)

SAÚDE III - Dr. Raul criticou os colegas, que estariam fazendo disputas desnecessárias. “Não resolve nada um criticar o governo do outro”, disse. Defendeu que se lute pela melhoria da área da saúde. Afirmou que esses casos de penhora de bens que estariam ocorrendo no GHC para pagamento de dívidas trabalhistas são problemas típicos da administração de grandes grupos hospitalares. Falou ainda dos representantes da Ulbra, que “estiveram aqui e só nos enrolaram, não tomaram as atitudes concretas prometidas”. (CK)

SAÚDE IV - Maria Celeste (PT) lembrou que fez parte da Comissão de Saúde da Câmara Municipal na legislatura anterior, quando foi convidado o secretário de Saúde para vir à Casa explicar como estava a situação dos postos de saúde. Segundo a vereadora, o secretário listou os postos de saúde que estariam funcionando regularmente e que, ao visitarem estes postos, os membros da Comissão de Saúde puderam verificar que “a situação era bem diferente da que ele havia nos colocado”. Referindo-se ao fato de que o prefeito Fogaça foi reeleito, afirmou que “ele deve sim resolver o problema de saúde em Porto Alegre”. (CK)

SAÚDE V - Mauro Pinheiro (PT) disse que não quer fazer comparações sobre a situação da saúde nos governos do PT e na administração de José Fogaça. Para ele, não importa se o setor estava melhor ou pior do que agora. "O que interessa é que Fogaça assumiu compromisso de campanha de priorizar a saúde, mas não está fazendo isso." Para Pinheiro, é preciso reconhecer as falhas existentes para então poder corrigi-las. (MAM)

SAÚDE VI - Ervino Besson (PDT) lembrou Mauro Pinheiro (PT) que a situação da saúde no final dos governos do PT era muito pior do que hoje. "A Prefeitura não tinha nem crédito para obter recursos." Ervino observou que o governo teve de fazer um mutirão de cirurgias por causa do grande número de pessoas à espera de uma operação. Sobre a situação da Ulbra, a considerou crítica e sugeriu que Câmara, Assembléia e MEC se unam para buscar uma solução. (MAM)

SAÚDE VII - Maria Celeste (PT) disse que não se vê, nos postos de saúde da cidade, os recursos que o governo federal envia para o município. "Nos últimos dois anos, o governo Lula repassou R$ 90 milhões para a cidade em investimentos, contra R$ 4 milhões investidos pela Prefeitura." Acrescentou que houve aumento também de 58% no Fundo de Participação dos Municiípios (FPM). "Porto Alegre recebia R$ 80 milhões e passou a ganhar R$ 136 milhões." (MAM)

SAÚDE VIII - Adeli Sell (PT) disse que a situação da saúde em Porto Alegre é trágica, com a falta de medicamentos e a venda de fichas para atendimento nos postos de saúde. "Em muitos postos, nem paracetamol tem. Quanto a remédio de uso continuado, a situação é ainda pior." Adeli também criticou o diretor-presidente da EPTC, Luis Afonso Senna, por tentar implantar projetos como o dos Portais."O Portal previsto para o Largo Zumbi dos Palmares nós conseguimos desmontar aqui na Câmara." (MAM)

Carla Kunze (reg. prof. 13515)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481) 
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)