Plenário

Discursos de Grande Expediente e de Comunicações

Durante os períodos de Grande Expediente e de Comunicações, na sessão plenária desta quinta-feira (23/11), os vereadores trataram dos seguintes temas:

GOVERNO - Haroldo de Souza (PMDB) disse considerar o Bolsa-Família como projeto eleitoreiro e que possibilita ao governante garantir vitória eleitoral. "Sugiro que o presidente Lula arranje ocupação para os bolsistas." O vereador disse não entender por que o governo fecha os bingos no país mas permite que as máquinas caça-níqueis proliferem em toda a periferia da cidade. Ele cobrou maior fiscalização da Smic tanto em relação às caça-níqueis quanto à qualidade da água mineral comercializada em Porto Alegre. Lamentou também a negativa do empresário Jorge Gerdau Johannpeter em integrar o Governo Lula. "A Nação precisa de exemplos de conduta." (CS)

COALIZÃO - Ibsen Pinheiro (PMDB) manifestou dúvidas sobre a integração do PMDB ao governo Lula. Lembrou que a participação do partido nos governos José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco se deu principalmente em função da necessidade de o país fortalecer o processo democrático iniciado com o final do regime militar. “No governo Itamar Franco, havia o sentimento de que a democracia corria riscos.” Sobre a entrada do PMDB no segundo mandato de Lula, Ibsen avaliou que “a prática irá demonstrar se é coalizão ou adesão”. (CS)

CRISE - Elói Guimarães (PTB) alertou para a crise financeira e estrutural do Estado, tema que, segundo ele, está gerando debate intenso sobre o Orçamento que disporá a governadora eleita Yeda Crusius. “É preciso entendimento para que percentuais da área do Judiciário e Ministério Público se ajustem às dificuldades da governadora.” Para Elói, a solução desses problemas passa principalmente por nova repactuação entre Estado e União. “Caso contrário, haverá rupturas e dificuldades intransponíveis”, disse o vereador, lembrando que a planta tributária do RS sofrerá redução a partir de janeiro. (CS)

APROVAÇÃO - Raul Carrion (PCdoB) destacou a importância da aprovação, ontem, pela Câmara dos Deputados, da Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas. “É uma conquista do governo Lula, com benefícios para o povo.” Segundo Carrion, a Lei Geral, mais conhecida como Super-Simples, cria um regime diferenciado para empresas que faturam até R$ 2,4 milhões ao ano. Ele parabenizou o PMDB pela integração ao governo de coalizão proposto pelo presidente Lula e salientou que o PCdoB sempre foi favorável à idéia. Segundo Carrion, a coalizão, no segundo mandato do presidente Lula, se pautará em propostas programáticas e não por oferta de cargos. (CS)

GERDAU - Mônica Leal (PP) lamentou posição da líder do PSB na Casa, Maristela Maffei, que é contra a entrada do empresário gaúcho Jorge Gerdau Johannpeter no governo Lula. Disse que, ao contrário de Maffei, ficou esperançosa com a possibilidade de Gerdau integrar o ministério. “Segundo ela, o empresário poderia contribuir para que o país retomasse o caminho do desenvolvimento e saísse do atoleiro no qual se encontra. “É um homem de visão moderna, arejada”, afirmou Mônica sobre o industrial gaúcho. (MAM)

RETARDADOS - Clênia Maranhão (PPS) afirmou que sua colega Maristela Maffei (PSB) deve achar “que somos retardados mentais” quando diz que Jorge Gerdau Johannpeter não pode entrar no governo porque suas idéias não combinam com as de Lula. Observou que, desde o começo, o governo Lula tem como ministros empresários como Roberto Rodrigues (Agricultura), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Henrique Meirelles (BC). Para ela, o que não combina com o país são ministros como Palocci, Dirceu e Gushiken. “Estes é que envergonham o Brasil, que fazem corrupção e caixa dois.” (MAM)

EMPREGOS - Ervino Besson (PDT) disse que não sabe onde estão os 5 milhões de empregos criados pelo governo Lula. Lembrou que a política de fortalecimento do real ante o dólar, conduzida pelo governo federal, só tem produzido crise na agricultura e na indústria calçadista. “O país está indo à bancarrota. Queira Deus que Lula se assessore de pessoas que tenham amor ao seu país e consiga retomar o desenvolvimento.” Para ele, o povo quer empregos e não programas assistenciais como o Bolsa-Família. (MAM)

PROCON – Maristela Meneghetti (PFL) comemorou a iniciativa de implantar o Procon Municipal em Porto Alegre. A vereadora lembrou que a idéia está prevista em projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal. Segundo Maristela, o Procon Municipal será um instrumento fundamental de educação para o consumo e desafogará a demanda de solicitações. Ela informou que 90% dos atendimentos no Procon Estadual são oriundos da Capital. “A criação do Procon Municipal é um avanço”, disse. “É impossível cobrar nossos direitos se não os conhecemos.” (CB)

APOIOS – Raul Carrion (PCdoB) informou que em breve o PDT também dará apoio ao governo Lula, a exemplo do PMDB. “Creio que são notícias importantes para os partidos que construíram a vitória de Lula. E o que é importante, numa visão de coalizão, é esta visão de estratégia que o PCdoB sempre defendeu”. Carrion reconheceu que “houve pequenos equívocos no primeiro governo. Mas a participação do PDT dará um outro patamar. Vamos esquecer as críticas levianas. O que importa é o progresso e o desenvolvimento da Nação. Podem ter ocorrido erros na gestão passada, mas foram corrigidos." (JP)

INDENIZAÇÕES – Luiz Braz (PSDB) comentou que “ao contrário do que alguns partidos que se autodenominam de esquerda dizem, nós não fazemos nenhum tipo de ação para que um determinado partido não possa cumprir sua ação de governar. Fazemos tudo para que os que assumam possam fazer seus desempenhos e o melhor para suas comunidades”. Braz garantiu que “acredito que esses partidos queiram o melhor pra sociedade e não que, com o dinheiro público, se paguem indenizações indecentes, que enriqueceram algumas pessoas”. Citou o exemplo de Fúlvio Petracco, que, conforme Braz, recebeu mais de R$ 1,5 milhão e R$ 10 mil mensais para o resto de sua vida”. (JP)

MULHERES – Haroldo de Souza (PMDB) disse que acompanha a trajetória do cidadão Paulo Feijó e criticou o vice-governador eleito dizendo que “ele não tem nenhuma moral para falar mal do governador Rigotto”. Acrescentou que sempre torceu para as mulheres chegarem ao poder, por causa da incompetência dos homens no Brasil. Acredita que a responsabilidade feminina com a coisa pública é muito maior. "É por isso que torço para as mulheres no poder. Torci fervorosamente pela candidata Yeda ser eleita governadora." Quanto a Feijó, destacou que ele até hoje só dirigiu a Federasul. "Portanto, não tem experiência para tratar da coisa pública." (JP).

POSSES - Neuza Canabarro (PDT) comentou os debates neste período que antecede as posses de Lula e Yeda Crisius. “Eu não admito isso. Tenho coerência, passado, e precisamos fazer uma profunda reflexão. Estamos passando ao público só o que é bonito, mas a situação é gravíssima. Trocam um prato de lentilha por votos. Por isso, não aceito proposta indecente e indecorosa. Queremos ajudar o governo Fogaça, mas não podemos ajudar quem não quer ser ajudado”. A pedetista enfatizou que tem orgulho de dizer que sai de uma escola de um político que não se dobra, que sempre teve coerência. "Espero que a nova governadora faça o que prometeu. Pediu um ano. E tomara que acerte. Porque a mulher é corajosa, mais difícil de se corromper." (JP)

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Marco Aurelio Marocco (reg. prof. 6062)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
José Possas (reg. prof. 5530)
Andréia Bueno (reg. prof. 8148)