Plenário

Lideranças

Haroldo de Souza Foto: Elson Sempé Pedroso
Haroldo de Souza Foto: Elson Sempé Pedroso

Nos tempos de Liderança da sessão desta quarta-feira (28/4), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

SAÚDE I - Engenheiro Comassetto (PT) reafirmou críticas à saúde pública. Citou a falta de equipamentos, de medicamentos e de pessoal, além dos "desmandos" e do desvio de R$ 9,6 milhões do Programa de Saúde da Família de Porto Alegre. Também referiu-se à quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-prefeito José Fogaça e disse que o governo Yeda Crusius deve R$ 40 milhões para a Capital. O vereador ainda elogiou a postura do jornalista Antonio Carlos Macedo no enfrentamento dos problemas da saúde e ao Instituto de Cardiologia, que reformulou o sistema de fichas para consultas pelo SUS para reduzir as filas. (CB)

SAÚDE II - João Antonio Dib (PP) acusou de desonestos os deputados federais por - a pedido de Lula - não terem votado a regulamentação da emenda constitucional 29, que destinaria mais recursos para a saúde. Segundo Dib, com isso Porto Alegre deixou de receber R$ 335 milhões. "Portanto não se culpe Fogaça e Fortunati pela precariedade da saúde", aconselhou, lembrando que a União investe menos de 4% com a área. Conforme Dib, em 2002 Fernando Henrique Cardoso mandou R$ 307 milhões para a saúde da capital gaúcha, mas, nos anos seguintes, Lula enviou menos recursos. Dib também garantiu que não foi Yeda quem criou a dívida de R$ 40 milhões para a saúde de Porto Alegre, mas os ex-governadores Olívio Dutra e Germano Rigotto. (CB)

MÍNIMO - Luiz Braz (PSDB) tachou de "rídícula" a discussão do Congresso sobre dar ou não 0,6% de aumento para os aposentados. "Afirma-se que o salário mínimo cresceu em comparação há 10 anos, o que é uma mentira", disse. De acordo com Braz, não foi o salário mínimo que cresceu, mas o dólar - moeda usada como referência - que desvalorizou.  "O mínimo continua a mesma porcaria que há 10 anos, pois só dá o direito de as pessoas viverem na miséria", lamentou. "Quem inventou esse cálculo pelo dólar não poderia viver com um salário mínimo." Braz ainda criticou o "roubo" de dinheiro da Previdência para pagar indenizações a anistiados, "que muitas vezes nem chegaram a trabalhar". (CB)

TRABALHO - Dr. Thiago Duarte (PDT) informou que 28 de Abril é o Dia Internacional em Homenagem à Vítimas de Doenças Relacionadas ao Trabalho, definido pela ONU. Lembrou que as doenças do trabalho matam mais de 2 milhões de pessoas por ano no mundo e ferem 270 milhões. "A cada três minutos, uma pessoa morre em função de alguma doença relacionada ao trabalho", lamentou, considerando o problema uma epidemia. Ás vésperas do Dia do Trabalhador, o vereador também citou o trabalho escravo e o trabalho infatil, além da discriminação à mulher no trabalho, como problemas a serem enfrentados. Na sua opinião, é tarefa de todos lutar por melhores condições de trabalho. (CB)

APOSENTADOS I - Fernanda Melchionna (PSOL) estranhou o fato de Luiz Braz (PSDB) ter criticado o governo Lula por não dar reajuste digno aos aposentados e não ter lembrado que quem criou o fator previdenciário foi Fernando Henrique Cardoso. A vereadora concordou que Lula, ao assumir o poder, também esqueceu que era contra o fator. Para ela, porém, o fato é que não há dinheiro para os aposentados "porque o governo prefere dar R$ 340 bilhões para pagar a dívida pública e encher o bolso dos banqueiros". (MAM)

SAÚDE III - Paulinho Rubem Berta (PPS) disse que, em conversa com o novo secretário da Saúde, Carlos Casartelli, obteve a garantia de que as reformas em dois postos de saúde do bairro Rubem Berta serão realizadas. Segundo ele, havia um temor entre a comunidade de que as obras não saíssem mais após a morte do ex-secretário Eliseu Santos. "O novo secretário garantiu as reformas e ainda prometeu instalar uma equipe do Programa de Saúde da Família (PSF) no Rubem Berta, uma reivindicação da comunidade desde 1997. (MAM)

SAÚDE IV - Nilo Santos (PTB) parabenizou a comunidade da Vila Nazaré e a Secretaria Municipal da Saúde pela reforma do posto de saúde da região. Acrescentou que o núcleo Esperança e o Chapéu do Sol também estão de parabéns, pois vão ganhar postos do PSF. Nilo, porém, lamentou a demissão de seis médicos no Grupo Conceição. "O GHC demite médicos e manda outros para o Haiti, enquanto a população de Porto Alegre fica sem atendimento. (MAM)

APOSENTADOS II - João Dib (PP) observou que enquanto o governo se recusa a dar um aumento de 7,7% para os aposentados, o presidente Lula envia ao Congresso projeto concedendo pensão vitalícia a jogadores da Seleção Brasileira campeões do mundo. "Será que o Zagalo ou o Pelé precisam de uma pensão vitalícia do governo para terem uma vida digna? Enquanto isso, o trabalhador brasileiro é esquecido." (MAM)

SALÁRIO - Aldacir Oliboni (PT) disse que na época em que FHC era presidente do Brasil, o salário mínimo nunca ultrapassou os 100 dólares. "Com Lula na presidência, o governo conseguiu ultrapassar a marca dos 300 dólares", destacou. Para Oliboni, querer desconstituir o governo Lula e suas conquistas é desprezar o povo brasileiro. "A popularidade de Lula incomoda muita gente. É inaceitável aplicar os erros de FHC à gestão do atual presidente", reiterou. Quanto à corrupção, Oliboni argumentou que todos os partidos sofrem com isso e que é um dos motivos que fazem a população desacreditar nos políticos. (ES)

MORAL - Haroldo de Souza (PMDB) dirigiu-se ao pronunciamento do vereador Aldacir Oliboni dizendo que não se pode "falar e falar" na tribuna sem segurar a responsabilidade daquilo que se está dizendo. "O PT perdeu a moral no Brasil e não pode chegar aqui e querer pregar a ética", alfinetou. Segundo ele, o PT não admite os erros e ainda mantém no comando do partido o ex-deputado José Dirceu, condenado por envolvimento no esquema do Mensalão. Para Haroldo, o Brasil vive atualmente em uma monarquia, "pois o rei lula faz o que quer e o que bem entende sem de fato melhorar a vida da população menos favorecida". (ES)

PESQUISA - Reginaldo Pujol (Dem) afirmou ter sérias dúvidas a respeito da popularidade generalizada do presidente Lula, afirmado pelas pesquisas divulgadas pela Ibope. "Tenho sérias desconfianças com essas pesquisas de satisfação nacional. Eu não acredito nos índices que o Ibope apresenta", frisou. Segundo ele, desde 1947 o Brasil não tinha um déficit nas contas públicas tão grande quanto o que tem agora. "São mais de R$12 bilhões em dívidas, mas a população não enxerga isso", registrou ao reiterar que muitas pessoas preferem viver na ilusão do que checar a realidade dos fatos. (ES)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)