Sessão ordinária / Lideranças

Nos discursos de Lideranças da sessão plenária de hoje (17/9), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

SAÚDE - João Dib (PP) disse que os números referentes à saúde em Porto Alegre mostram de forma clara que a cidade tem sido prejudicada na distribuição de verbas federais. Em 2002, último ano do governo de FHC, cada habitante da cidade recebia R$ 234,00, valor que corrigido pela inflação até 2011 seria de R$ 441,00. "No entanto, hoje o SUS envia para Porto Alegre o equivalente a R$ 330,00. Os números não enganam." (MAM)

BACIAS - Sofia Cavedon (PT) se disse surpresa com a reação dos moradores do bairro Três Figueiras quanto às obras de esgotamento sanitário da prefeitura. Dizem que não foram avisados do término das obras e, por isso, não fizeram a ligação de suas casas com a canalização das ruas. Segundo a vereadora, falta interlocução do governo com a comunidade, pois a região só é visitada pelos funcionários terceirizados que pouco ou nada sabem do histórico das obras. Concluiu dizendo que “está sendo construída uma segunda bacia de contenção sem estar sendo utilizada a primeira ainda”. (FD)

QUÓRUM – Engenheiro Comassetto (PT) explicou que sua bancada não deu quórum na Ordem do Dia da sessão de hoje em protesto ao ocorrido na sessão de votação anterior, quando, segundo ele, a base do governo não teria garantido quórum para votar um projeto considerado importante para a cidade. Comassetto também criticou Haroldo de Souza (PMDB), que presidiu a sessão de hoje, por não ter lhe concedido uma fala de liderança antes do anúncio da Ordem do Dia. Comassetto ainda comemorou a visita de Dilma Rousseff ao Estado e o volume de recursos investidos pelo governo federal. (CB)

TRISTEZA - João Dib (PP) disse que ficou preocupado e triste com a falta de quórum para a Ordem do Dia de hoje, o que adiou a votação de projeto do Executivo relativo às obras da Copa. “Fico triste que o PT não tenha dado quórum”, afirmou. Conforme o líder do governo, a proposta espera por votação há um mês e meio. “Enquanto isso, não se pode fazer as desapropriações necessárias para as obras na cidade”, informou. Dib ainda disse que Haroldo de Souza (PMDB) agiu conforme o Regimento Interno, já que não havia visto Comassetto pedir tempo de liderança antes do anúncio da Ordem do Dia. (CB)

QUÓRUM - Idenir Cecchim (PMDB) indagou que autoridade tem Engenheiro Comassetto (PT) para reclamar da falta de quórum em sessão na semana passada se hoje o PT retirou o quórum para a Ordem do Dia. Cecchim disse que Comassetto, na semana passada, “fez um escarcéu para se exibir” para as pessoas que ocupavam as galerias. “E agora fez a mesma coisa e disse que o presidente não o vê”, criticou. “Não dá para ser tão incoerente.” Cecchim ainda pediu esclarecimento da Smic por ter liberado a instalação de uma banca de revistas na porta do Shopping Rua da Praia, quando não é permitido colocar novos equipamentos no Centro Histórico. Na sua opinião, a banca deve ser removida para seu lugar de origem. (CB)

MENSALÃO - Luiz Braz (PSDB) afirmou que muito se poderia fazer pela saúde e pela educação se o dinheiro desviado no esquema do Mensalão fosse distribuído para os municípios. O vereador pediu a inclusão do ex-presidente Lula no processo do Mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Lembrou que Marcos Valério, condenado por participação no esquema, “resolveu abrir a boca” e colocar Lula como o líder do Mensalão. “Espero que agora, com esta denúncia, Lula também seja um dos réus desse processo”, afirmou. “Se isso não ocorrer, não acredito mais em Justiça.” (CB)