Plenário

Lideranças

Nos discursos de Lideranças da sessão plenária desta quarta-feira (30/5) os vereadores trataram dos seguintes assuntos: 

PAM-3 I - Dr. Goulart (PTB) disse estar preocupado que o contingenciamento de verbas federais para a saúde comprometa as obras de recuperação do PAM-3. Segundo ele, a recuperação do posto depende de R$ 6 milhões do governo federal que podem deixar de vir para Porto Alegre por conta desse contingenciamento. Observou que, se as verbas federais não vierem, a prefeitura não terá condições de reformar o PAM-3 sozinha. "A prefeitura precisa ter o dinheiro do Qualisus. Todos falam dos problemas do posto, mas ninguém está indo fundo no processo." (MAM)

PAM-3 II - Adeli Sell (PT) disse que a falta de recursos federais para a saúde em Porto Alegre se deve à incompetência da gestão municipal. Conforme ele, o dinheiro do Qualisus não está chegando porque a prefeitura não consegue apresentar projetos de recuperação, tanto para o PAM-3 quanto para o HPS. "Por que a situação do Hospital Conceição foi resolvida? Porque teve projeto e, assim, as verbas federais vieram." Adeli afirmou que a Capital deixou de receber R$ 8,4 milhões do Qualisus por incompetência do governo municipal. (MAM)

PAM-3 III - Cláudio Sebenelo (PSDB) lembrou que na época em que o PT administrava a cidade a direção do PAM-3 solicitou a limpeza do mofo nas paredes do posto e que nem isso foi feito. "Há dez anos pediram para tirar o mofo e não foram atendidos." Sebenelo reconheceu que há problemas de gestão e de dinheiro na saúde municipal, mas não considera justo que se tripudie em cima do momento difícil pelo qual passa o PAM-3. "Não esqueçam que o Fontana (deputado Henrique Fontana, do PT/RS) levou cartão vermelho do prefeito Pont por não apresentar projeto para melhorar o HPS." (MAM)

PAM-3 IV – Clênia Maranhão garantiu que a prefeitura tem projeto de reforma do PAM-3 e que a proposta foi apresentada aos vereadores e encaminhada ao Conselho Municipal de Saúde. Na opinião da vereadora, a saúde pública é um tema que deveria ser tratada com seriedade e responsabilidade pela oposição, pois se constitui em direito fundamental do cidadão. Clênia lembrou que, nos últimos 18 anos, o PAM-3, que funciona 24 horas, nunca sofreu uma reforma estrutural, o que resultou na situação crítica em que se encontra. (CB)

CONDUTO - Beto Rigotti (PP) disse que a comunidade dos 15 bairros atingidos pelo conduto forçado Álvaro Chaves espera que as obras terminem na primeira quinzena de agosto. Lembrou que a obra já está no 23º mês de execução. Rigotti também pediu providências da Fasc quanto aos moradores de rua que freqüentam o albergue municipal da Rua Hoffmann. Segundo ele, durante o dia os albergados ficam em ruas próximas, o que vem incomodando os moradores da região. Rigotti tratou ainda das audiências públicas do Plano Diretor e do Orçamento Participativo. Segundo ele, muitos participantes dos encontros estão sendo pagos para freqüentar as reuniões. (MAM)

MUNICIPÁRIOS – Sebastião Melo (PMDB) disse que os municipários merecem respeito e carinho da Câmara, assim como a população, que “precisa dos serviços públicos”. Melo lembrou que a reposição bimestral nos salários dos servidores municipais foi cortada pelo ex-prefeito João Verle com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. O vereador elogiou a gestão do prefeito José Fogaça, mas admitiu que “não está tudo maravilhoso”, referindo-se às más condições do posto de saúde da Vila Cruzeiro – o antigo PAM-3. (CB)

CPMF – Ervino Besson (PDT) lembrou que a CPMF foi criada quando o Hospital Lazarotto, desativado há muitos anos, já agonizava, e que, desde então, 13 hospitais fecharam as portas no Rio Grande do Sul. Segundo ele, isso evidencia que os recursos da CPMF não são destinados à saúde como deveriam. Besson disse que, atualmente, somente 30% das verbas do CPMF vão para a saúde. “O resto não sei para onde vai”, lamentou. O vereador salientou que a deterioração do PAM-3 se arrasta ao longo dos anos e que a culpa não pode recair somente sobre a atual administração municipal. (CB)

SAÚDE – José Ismael Heinen (DEM) afirmou que a situação crítica por que passa a saúde se estende também ao outros setores básicos da sociedade, como educação, segurança e emprego. “Sentimo-nos machucados porque estamos na contramão da história”, avaliou. O vereador disse que seu partido promove um movimento pelo fim da CPMF, cujos recursos “ficam concentrados somente no Império”. Na opinião de Heinen, 80% das verbas da CPMF deveriam ficar nos municípios. “Apenas 20% seriam mandados ao rei”, disse. (CB)

PRESSÃO - Maristela Maffei (PCdoB) disse que a Câmara Municipal não pode legitimar audiência pública sobre o Plano Diretor realizada no último sábado. Segundo ela, os empresários ligados à construção civil estão querendo ditar normas em relação ao Plano Diretor. “Pessoas foram carregadas e receberam lanche para respaldarem os interesses do setor identificado com a construção civil. Querem colocar os vereadores no cabresto e isto não podemos aceitar”, desabafou. Acrescentou que, embora tenha pontos de divergências com o Secretário Municipal do Planejamento José Fortunati, lhe garante apoio diante da pressão que vem sofrendo dos empresários. (VBM)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)