Plenário

Lideranças

Nos discursos de Lideranças da sessão plenária de hoje (25/8) da Câmara Municipal de Porto Alegre os vereadores trataram dos seguintes temas:

SAÚDE - Aldacir Oliboni (PT) considera que a falta de investimentos, por parte de todas as esferas de governo, é a principal responsável pela crise na saúde pública. Citou como exemplo o posto da Cruzeiro, que há alguns anos tinha mais de 300 especialistas e hoje não possui mais de 50. "Hoje, todas as emergências dos hospitais da Capital estão lotadas. Temos que nos indignar junto com a população e cobrar de todos os governos mais investimentos." (MAM)

VARGAS - João Dib (PP) lembrou da morte do ex-presidente Getúlio Vargas, ocorrida em 24 de agosto de 1958. O vereador leu na tribuna poema do jornalista gaúcho Sérgio Jockymann sobre a morte do líder trabalhista. No texto "Há um Homem pelas Ruas" Jockymann traça um perfil de Vargas e ressalta o significado da morte do então presidente da República para o povo brasileiro. (MAM)

ABONO - Dr. Thiago Duarte (PDT) lamentou que a Câmara não tenha realizado a reunião da comissão conjunta para votar o parecer sobre o projeto que concede abono para os médicos do município. Segundo o vereador, a "manobra" de não dar presença estando no plenário pela qual optaram alguns colegas acabará agravando a saúde. Mas Dr. Thiago frisou que os médicos residentes não são os culpados pelas deficiência na saúde. O problema começa, segundo ele, com atitudes como a ocorrida hoje no plenário, que adiam votações importantes. (CB)

ABONO II - Fernanda Melcionna (PSOL) lembrou que a possibilidade de não dar presença mesmo estando no plenário é permitida pelo Regimento Interno da Câmara. Segundo a vereadora, a reunião da comissão conjunta para avaliar o parecer sobre o projeto de abono para os médicos poderia ter sido realizada mesmo sem quórum para continuar a Ordem do Dia. Fernanda ainda alertou que a Folha de Pagamento dos servidores do Município fecha no dia 20, não havendo mais possbilidade de o abono ter sido incluído no salário deste mês. (CB)

ABONO III - Bernardino Vendruscolo (PMDB) admitiu que o Regimento Interno permite que os vereadores não deem presença mesmo estando no plenário, mas criticou esse tipo de postura. "Nunca vi vereadores deixando de dar presença quando as galerias estão cheias", disse. Segundo Bernardino, o Regimento Interno precisa ser mudado, por isso lembrou de projeto de sua autoria que permite ao presidente da Mesa registrar as presenças dos vereadores caso estejam presentes no plenário mesmo que os mesmos não tenham digitado seu nome no painel. (CB)

ABONO IV - João Antonio Dib (PP), como líder do governo municipal, afirmou não ser imoral deixar de dar presença estando no plenário, já que essa possibilidade é prevista no Regimento Interno. De qualquer forma, defendeu que seria possível ter reunido a comissão conjunta para votar o parecer sobvre o projeto que concede abono aos médicos residentes. Dib anunciou que, amanhã pela manhã, irá sugerir que a reunião conjunta seja realizada às 15 horas, dentro da sessão plenária. A intenção é possibilitar que o projeto seja votado na semana que vem. (CB)

OBSTRUÇÃO – Reginaldo Pujol (DEM) disse que no Congresso Nacional está previsto no regimento a obstrução das sessões por falta de quorum. Ele se disse contra estas manobras regimentais e que não vai “aplaudir a obstrução de hoje quando se analisaria um projeto de abono para os médicos”. Pujol também defendeu que os acordos realizados pelas lideranças partidárias para o que for priorizado tenham que ser votado. “Ou transformamos o colégio de líderes em algo positivo ou não há mais porque realizar acordos para votação, como está feito para votações às quartas-feiras”, criticou.(LO)

OBSTRUÇÃO II – Engenheiro Comassetto (PT) colocou que a bancada do PT sempre garantiu quorum para a abertura dos trabalhos e para projetos importantes. “Hoje o governo só aprovou o projeto da gratificação da Fazenda porque a bancada petista votou, inclusive com o Executivo”, ressaltou. Para Comassetto, as bancadas de oposição garantem e cumprem os acordos de lideranças. “Somos apenas dez em 36 parlamentares. E retirar o quorum é regimental”, completa. Ele também voltou a destacar os altos índices de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (LO)

SUJEIRA - DJ Cassiá (PTB) disse que "é fácil empurrar a sujeira para baixo do tapete”, ao referir-se a pronunciamento do vereador Engenheiro Comassetto (PT). Cassiá disse que não tem dificuldades em falar das coisas boas do governo Lula, desde que em favor do povo, independente de partido. “Mas, para Comassetto, a cidade é ‘muito ruim’. Se essa não é a cidade das oportunidades, então vamos nos mudar para outra cidade”, ironizou. Ele exemplificou que a saúde está “um caos”, não só na Capital, mas em todo o país. Acredita que mesmo a saúde privada vai mal, com longas esperas para atendimento médico. (LO)

Marco Aurelio Marocco (reg. prof. 6062)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)