Lideranças
No período destinado às comunicações de Lideranças, na sessão plenária desta segunda-feira (4/8), os vereadores trataram dos seguintes temas:
PORTAIS - Margarete Moraes (PT) lamentou que o prefeito José Fogaça insista na idéia de implantar os Portais da Cidade, "uma mistura de estação rodoviária com shopping". Lembrando que um dos locais escolhidos para a implantação de um dos portais é o Largo Zumbi dos Palmares, Margarete considerou a idéia "um verdadeiro crime contra a comunidade negra". Segundo ela, seria extremamente danoso para uma etnia "que é construtora da cidadania brasileira". Ressaltou que a Cidade Baixa, atualmente, é um misto de bairro boêmio e residencial, que ficaria descaracterizado e mais turbulento pela implantação do portal. "A Cidade Baixa faz parte da história de Porto Alegre." (CS)
REVISÃO - Luiz Braz (PTB) destacou a necessidade de que seja votada ao menos uma parte do projeto de revisão do Plano Diretor da cidade. "Não há razão para se abrir mão de toda a votação e jogá-la para a próxima legislatura", disse Braz. Como exemplo de propostas que devem ser discutidas agora, citou as Áreas de Interesse Cultural, "para que se tenha mais condições para votar o projeto". Segundo ele, questões como a posibilidade de ciclovias e o acesso para pedestres deveriam ser votadas ainda neste ano. "É preciso atualizar a Lei 434/1999, do Plano Diretor, para modernizá-lo. Se não é possível votar a integralidade da proposta, que se vote uma parte dela. (CS)
MURIALDO I - Aldacir Oliboni (PT) considerou compreensível a preocupação dos cidadãos com a vida dos políticos. "No período eleitoral, todos nós estamos sendo julgados pelo nosso trabalho, coerência, ética e transparência. É o momento da democracia, disse. Para o vereador, o Governo Municipal não assumiu a responsabilidade da saúde na Capital. O povo está frustrado. Não municipalizaram a saúde no Murialdo, e os profissionais estão em greve há quase 30 dias. São mais de 80 mil pessoas com dificuldades de atendimento médico, lamentou. Oliboni informou que, nesta terça-feira (5/8), os vereadores se reunirão com os secretários Municipal e Estadual da Saúde para discutir a questão. (TG)
POLÍTICA - Ervino Besson (PDT) julgou que o Orçamento Participativo foi uma vitória para Porto Alegre. É uma grande conquista para a cidade que as verbas públicas sejam aplicadas conforme o que é discutido em reuniões feitas nas comunidades, ressaltou. O vereador lastimou que a política esteja desacreditada pela população. Mas o povo ainda tem uma grande arma, que é o voto popular, avaliou, observando que há muitos candidatos bons. Temos que recuperar a credibilidade dos políticos e tudo o que foi perdido até hoje com pessoas que enganaram de forma triste os cidadãos. Aí está a responsabilidade e o valor de cada voto. (TG)
MURIALDO II - Dr. Raul (PMDB) julgou que não apenas como vereador, mas pelos 30 anos em que atua na saúde pública, tem obrigação de se envolver na questão do Centro de Saúde-Escola Murialdo (CSEM) e da saúde no Partenon e na Zona Leste da Capital. Temos na região um atendimento muito aquém do necessário. Enfrentamos problemas graves de sub-financiamento da saúde, em Porto Alegre e em todo o Brasil, e precisamos encontrar uma saída urgente, afirmou, salientando que é necessário defender a aprovação da Emenda 29 da Constituição Federal, que trata sobre investimentos na saúde: "O meu partido é, em primeiro lugar, o partido da saúde". (TG)
CPC - Professor Garcia (PMDB) salientou que a situação do Centro de Saúde-Escola Murialdo é discutida desde 1999. "O problema do Murialdo não é novo. Temos que lembrar que já existia de 1999 a 2002, quando o Partido dos Trabalhadores estava no poder. Garcia lembrou ainda da construção do Centro Popular de Compras (CPC). É uma demanda antiga, de mais de 50 anos. É um desejo da população que reclamava do trânsito no Centro da cidade, comemorou. Segundo o vereador, houve uma ampla conversa e negociação com os vendedores ambulantes. A cidade está vendo o que está acontecendo. Vamos ter uma cara nova para Porto Alegre, concluiu. (TG)
MUNICÍPIO - Elói Guimarães (PTB) disse que o período de campanha política oportuniza aos cidadãos e candidatos fazerem análises mais profundas sobre os problemas da cidade. "É salutar tratarmos da infra-estrutura, da saúde, da segurança e do transporte perto da população", registrou. No entanto, de acordo com Elói, a maior dificuldade do gestor municipal é propor soluções sem respaldo financeiro. "Deveríamos inverter a pirâmide federativa onde o município esteja no topo, com o maior número de recursos", sugeriu ao afirmar que os vereadores precisam participar de uma campanha nacional para que verbas federais sejam alocadas às cidades. (ES)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Taidje Gut (reg. prof. 13614)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)