Plenário

Lideranças

Mauro Pinheiro Foto: Mariana Fontoura
Mauro Pinheiro Foto: Mariana Fontoura

Durante sessão ordinária desta quarta-feira (11/5), no período de Lideranças, os vereadores da Capital se manifestaram sobre os seguintes assuntos:

PESAR – Mauro Zacher (PDT) lamentou a morte de um dos fundadores do PDT, ocorrida hoje, em Porto Alegre. Conforme Zacher, Carlos Alberto Tejera de Ré, conhecido como Minhoca, foi uma das grandes figuras do partido, e um militante que atuou nos bastidores da legenda ao lado de Leonel Brizola. “Minhoca tem a biografia de quem atuou no processo democrático do País. Foi um dos grandes combatentes da ditadura, companheiro de Carlos Araújo e de Dilma Rousself”, lembrou. Zacher destacou que de Ré foi um conselheiro nas “horas boas e ruins”, e um dos poucos que esteve sempre ao lado de Brizola. “É um dia de tristeza. Minhoca entregou sua juventude para que tiéssemos um Brasil democrático”. (LO)
 
VÍDEO I – Mauro Pinheiro (PT) reproduziu em Plenário vídeo realizado por três universitários do curso de publicidade que mostra, de forma satírica, os problemas da cidade em relação a buracos em ruas e calçadas. Segundo Mauro, já são 38 mil acessos no site Youtube. “Eles usaram a criatividade para mostrar os graves problemas da cidade”, disse Mauro ao mostrar o vídeo que mostra os jovens utilizando buracos na rua como caçapas de golfe. “Ele (o vídeo) mostra para sociedade problemas que os vereadores precisam se somar para acabar com eles”, relatou. Mauro disse ainda que a cidade poderia sediar um torneio de golfe. (LO)

VÍDEO II – João Dib (PP) disse que Mauro Pinheiro, como vereador novo na Casa, não conhece bem os assuntos da cidade e em especial dos 16 anos em que o governo do PT governou Porto Alegre. “Os jovens chamaram a atenção dos vereadores. A crítica foi muito bem pensada”. Entretanto, Dib argumentou ser obrigação dos vereadores, inclusive de Mauro Pinheiro, dar ciência dos fatos à prefeitura e aos órgãos competentes. “Cansei de telefonar nos 16 anos do PT para relatar ruas terríveis e as providencias não aconteciam. Quando fazia isso era como alguém que já foi secretário de obras e que sabe das condições e das dificuldades da cidade”. (LO)
 
VÍDEO III – Nilo Santos (PTB) ironizou Mauro Pinheiro ao dizer que se hoje se prepara um campeonato de golfe é porque antigamente Porto Alegre recebia campeonatos de jet ski, em referência aos alagamentos que ocorriam na Capital. “Como esse não tem mais, pois os problemas foram resolvidos, podemos realizar jogos de golfe. Estamos evoluindo. Antes eram buracões, e agora são buraquinhos”. Nilo ressaltou que os três estudantes de publicidade estão se promovendo para o mercado de trabalho e que Mauro Pinheiro os agenciou. "Seria melhor Mauro falar sobre o Reluz, dos bairros que não tinham iluminação pública e que hoje tem. Aí seria uma crítica positiva”, argumentou.  (LO)

COLETIVIDADE - Luiz Braz (PSDB) disse que enquanto os vereadores subirem à tribuna para "desfilar vaidades", a Câmara Municipal de Porto Alegre não vai crescer como coletivo político. "Nós vivemos em um sistema político onde as pessoas individualmente não fazem nada. Só vamos mudar alguma coisa se pudermos agir como grupo político", afirmou. Segundo Braz, é preciso discutir o presente e o futuro da cidade de forma coletiva e não para satisfazer os egos dos vereadores. Ao falar sobre a vinda de José Serra à Federasul, Braz concordou com a proposta do ex-governador de São Paulo que prevê o voto distrital para as cidades nas próximas eleições. (ES)

CRATERA – Idenir Cecchim (PMDB) disse que o vereador Mauro Pinheiro (PT) deveria mesmo é se preocupar com a “cratera da moral” exibida pelo governo federal. Citou as diárias recebidas indevidamente pela ministra da Cultura e o xingamento do governador do Ceará, que teria chamado o ministro dos Transportes de ladrão. “As coisas no governo federal estão muito ruins”, disse. “Antes tinha Casa da Dinda; agora tem Casa da Mãe Joana no Planalto.” Cecchim também lamentou o fechamento da unidade da Azaléia em Parobé, que será transferida para o Nordeste. “E o governador do Estado disse que ficou sabendo pelos jornais”, lamentou. (CB)

ALAGAMENTOS – Airto Ferronato (PSB) garantiu que a administração municipal posterior aos governos municipais do PT apenas executou a obra do Conduto Álvaro Chaves, que acabou com os alagamentos na Avenida Goethe e seus arredores. “Quem conseguiu os recursos, elaborou o projeto e assinou o contrato fui eu”, afirmou, lembrando ter sido diretor do Dep. “Deixamos de bandeja para se vangloriarem”, declarou. Citando o caso da Azaléia, Ferronato disse que “está na hora de o RS parar de encher de benesses as grandes empresas e investir nas microempresas”. (CB)

CONDUTO – João Dib (PP) disse que, pelo pronunciamento do vereador do PSB, parece que, na cidade, “tudo se resume a antes e depois do Airto João”. Dib lembrou que o Dep foi criado pelo ex-prefeito Telmo Thompson Flores, que estabeleceu um plano de esgotos para a Capital, e que outros prefeitos, como Guilherme Villela e Loureiro da Silva, também executaram grandes obras. “E o contrato do Conduto Álvaro Chaves foi assinado pelo ex-prefeito João Verle”, afirmou. “Temos que respeitar o passado e a história da cidade”, declarou. (CB)

DEBATES – Adeli Sell (PT) disse que, por mais eloquentes sejam os debates entre os vereadores, “suas conclusões têm ser práticas a ajudar o povo”. Conforme Adeli, sua bancada criticará também o governo federal quando houver “uma base concreta, como as diárias da ministra da Cultura”. O vereador enfatizou, porém, a necessidade de o Executivo da Capital parar de “gastar uma Babilônia de dinheiro” em ações que considera inúteis, como as viagens para Brasília em busca de recursos sem ter projetos para apresentar. Adeli ainda disse que é preciso “olhar além da Copa” e resolver problemas como o esgoto a céu aberto nas periferias, os buracos, os ônibus cheios e atrasados, como os da linha T7, e a limpeza urbana precária. (CB)

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)