Plenário

Lideranças

Lucio Barcelos Foto: Elson Sempé Pedroso
Lucio Barcelos Foto: Elson Sempé Pedroso

Os vereadores da Câmara Municipal, durante período de lideranças da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (26/10), trataram dos seguintes temas:

BELÉM - Dr. Thiago (PDT) saudou a instalação de leitos para traumato-ortopedia no Hospital Parque Belém, zona sul de Porto Alegre, registrando que a instituição tem sido grande colaboradora do Município. O HPB atende diretamente os bairros Glória, Cruzeiro, Cristal e Restinga. "Tomara que a administração tenha a lucidez de colocar naquele local uma unidade de pronto-atendimento para ser o embrião para um futuro pronto-socorro da zona sul", desejou. No entanto, Dr. Thiago lamentou que no bairro Lami os moradores ainda sofram com a falta de atendimento médico especializado por estarem longe das unidades de saúde. (ES) 

CRISE - Fernanda Melchionna (PSOL) registrou que enquanto a população de Porto Alegre cresceu 12% nos últimos anos, os leitos em hospitais diminuiram cerca de 35%. "Muitas vidas estão sendo colocadas em risco pela crise e falta de gestão do administrador público", acusou ao informar que de um orçamento de R$ 29 milhões - encaminhados em 2009 para a Secretaria Municipal de Saúde, apenas R$2 milhões foram investidos até agora. "Menos de 10% daquilo que estava previsto no gasto orçamentário foi aplicado em melhorias para a saúde da cidade. É um descaso completo e inaceitável", frisou. (ES)

SAÚDE - Valter Nagesltein (PMDB) saudou a aprovação de cargos para o Gabinete do Povo Negro, ressaltando a dívida social que está sendo resgatada pela criação desse gabinete de políticas públicas. Também considerou importante a manutenção de cargos para a Secretaria Municipal de Turismo e informou que a prefeitura inaugurou leitos no Hospital Parque Belém, para atendimento em traumatologia pelo SUS. "O Executivo aplica 19% do seu Orçamento em saúde, quando o percentual mínimo exigido é 15%." Segundo ele, a prefeitura duplicou, desde 2005, o número de equipes do PSF na Capital. "Hoje temos 91 equipes. O sistema de saúde é municipalizado, mas atendimentos trazidos a Porto Alegre superlotam sistema da Capital." (CS)

SAÚDE II - Lúcio Barcelos (PSOL) observou que o tema "saúde pública" é recorrente nos debates e lembrou que, durante sua gestão como secretário de saúde da Capital, já existiam as vagas reabertas hoje no Parque Belém. "Quando fui secretário, foi criado serviço de ortopedia e traumatologia, mas esses leitos foram fechados posteriormente." Segundo ele, sua gestão havia conseguido liberar o HPS da superlotação. Considerou inadmissível que o governo municipal mantenha postos de saúde fechados por falta de segurança e sem medicamentos, bem como haja filas para retirada de fichas e superlotação em emergências. "Isso evidencia a situação crônica e permanente no Município e no Estado." (CS)

SAÚDE III - Aldacir Oliboni (PT) disse acreditar que a saúde pode ser "um grande problema para todos os governos", mas observou que os governos não investem percentual devido na área. Segundo ele, o governo Lula fez grande avanço em relação a outros governos, na área de saúde, mas o governo do Estado não aplica o mínimo exigido pela Constituição. "A área da saúde na Capital teve redução de leitos nos últimos anos." Oliboni ressaltou que a internação não é paga pelo gestor (Município) e sim pelo SUS. Para ele, a criação de leitos no Parque Belém deveria ser maior, pois há outras especialidades dessassistidas. "Ainda há muitas deficiências no atendimento. A comunidade está desassistida e reclama." (CS)

SAÚDE - DJ Cassiá (PTB) falou sobre questões relacionadas à saúde e disse estar preocupado com o alastramento do uso do crack na cidade. “Já participei de vários debates, até mesmo nesta Casa, mas fico preocupado com a falta de iniciativas efetivas para combater o uso dessa droga”. Na opinião do parlamentar, a saúde não pode esperar. “A fome a gente até empurra com a barriga, mas a saúde não espera”, considerou. Comentou que foi procurado por uma jovem que pediu para ser internada para recuperação do uso do crack. “Fiquei pasmo ao saber que precisava de diversos laudos como exame de sangue, dentário e de gravidez. Como um pobre vai ter condições de providenciar tudo isso”, questionou. (RA)

SEGURANÇA - Valter Negelstein (PMDB) disse ser preciso casar segurança pública com saúde. “A falta de segurança vem proporcionado que o tráfico e as bocas de fumo se expandam pela cidade, causando o aumento de demandas na área da saúde”. Disse que o secretário estadual da Segurança age com tamanha discrição que praticamente não se vê policiais nas ruas. “Ele atendeu o pedido da governadora para que fosse discreto e vem cumprindo à risca”. Comentou ainda sobre a falta de viaturas circulando na cidade. “Um atendimento do 190 chega a levar de 30 a 40 minutos”, ressaltou o vereador, considerando que devido a isso o poder municipal não tem condições de enfrentar os problemas na área da segurança. (RA)

Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)