Plenário

Lideranças

No período de Lideranças da sessão desta quinta-feira (16/10) os vereadordes trataram dos seguintes assuntos:

ESTALEIRO - João Dib (PP) afirmou que quer ouvir os técnicos da prefeitura sobre o projeto do Pontal do Estaleiro. Segundo ele, a matéria é complexa e exige que os vereadores sejam devidamente assessorados para analisá-la. Dib insistiu que o projeto foi apresentado de forma equivocada desde o início. "A proposta deveria ter vindo para a Casa com a avaliação técnica do Executivo, sem pedido de urgência, para que pudesse ser discutida nas comissões." (MAM)

REPRESSÃO - Adeli Sell (PT) chamou de "barbarismo" ação da Brigada Militar contra os grevistas do Banrisul, hoje na Praça da Alfândega. "Ninguém estava trancando a porta do banco; que necessidade havia de baixar o cacetete?", indagou. "Mas o Coronel Mendes se acha o dono do mundo." Segundo Adeli, o comandante da Brigada fica "fazendo proselitismo, foguetório, pataquada" em vez de coibir o tráfico no Bairro Floresta, por exemplo. "Não defendo a baderna, mas não aceito que uma menina tenha levado uma cacetada na cabeça e um rapaz tenha tido o braço quebrado", lamentou. (CB)

CRÍTICA -  Haroldo de Souza (PMDB) criticou o vereador Beto Moesch (PP) que entrou com liminar impedindo a votação do projeto do Pontal do Estaleiro. “Esta atitude não combina com a história desta Casa”, disse. Na opinião do vereador, Moesch quer aparecer na mídia. “Ele esquece que a disputa eleitoral já passou”. Haroldo disse ainda não entender a atitude de Moesch, pois há dois anos ele tinha posição favorável à proposta, conforme publicado em um jornal local. “Como pode mudar do dia para à noite", questionou. Segundo Haroldo, Moesch não merece ter uma cadeira no Legislativo da Capital. (RA)

APOIO - Elias Vidal (PPS) manifestou apoio ao presidente da Casa, vereador Sebastião Melo (PMDB), em relação à atitude de Beto Moesch (PP). “Sou testemunha que Melo age de forma democrática, consultando todas as lideranças da Câmara”, disse. Elias ressaltou que passa diariamente pela orla do Guaíba e vê o abandono daquele local. “É um verdadeiro depósito de lixo.” Comentou ainda sobre as mansões construída há anos na beira do Rio. “Muitos se apropriaram daquela área e não ofereceram contrapartida à cidade”. Na opinião de Elias quem vota contra a revitalização da orla quer o atraso de Porto Alegre. (RA)

DISCÓRDIA - Neuza Canabarro (PDT) discordou do vereador Alceu Brasinha (PTB) quem criticou o ex-governador Alceu Collares, que é contra ao projeto do Estaleiro. Neuza disse que não existe estudo de impacto ambiental e de vizinhança no local para que a obra do Pontal do Estaleiro possa ser construída. “Sequer de mobilidade urbana”, lembrou. Segundo a vereadora o BarraShopping já causará transtorno. “Imagina uma construção do porte que pretendem”. A vereadora considera a proposta gananciosa: “Vamos lutar até o último momento”. (RA)

POSIÇÃO - Maristela Maffei (PCdoB) disse que, quando for oportuno e necessário, manifestará sua posição em relação ao projeto. “Meu partido tem sim posição, mas acho que ainda não é momento de me manifestar”, ressaltou. Na opinião da vereadora, o prefeito José Fogaça,  por não ter mandado o projeto para o Legislativo, agiu como se estivesse jogando xadrez. “É um grande jogo de cena e ele transfere a responsabilidade para esta Casa”. Também criticou Beto Moesch (PP) pela atitude. “Parece que não temos responsabilidade”. Segundo Maffei é preciso derrubar a liminar. (RA)

RESPOSTA - Luiz Braz (PSDB) disse que Beto Moesch (PP) deu informação incompleta ao afirmar que a Lei Orgânica do Município estabelece ser o tratamento do esgoto privativo do poder público (Dmae). Segundo Braz, Beto teria esquecido de dizer que, quando se negocia contrapartidas, aquilo que é prerrogativa do poder público, pode ser negociado com a iniciativa privada. "Nada obsta que qualquer empreendimento possa contratar máquinas necessárias para fazer tratamento do esgoto sem poluir o Guaíba." Para ele, é importante garantir que o empreendedor dê contrapartida maior, já que vai lucrar mais." (CS)

PODERES - José Ismael Heinen (DEM) considerou preocupante a fragilidade dos Poderes Legislativo e Judicário no país, em relação à impunidade e à cobrança das leis. O vereador salientou que "acabamos de passar um pleito municipal em que todos fomos testemunhas de barbaridades de procedimentos políticos". Para Heinen, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral tem obrigação de verificar esses procedimentos. "Não darei nomes, mas quero que os vereadores que vão continuar nesta Casa fiscalizem o cumprimento dessas medidas", disse. (TG)

ORLA - Alceu Brasinha (PTB) garantiu à vereadora Neuza Canabarro (PDT) que respeita Alceu Collares: "Ele foi o prefeito que me deu alvará para trabalhar e eu aplaudi quando ele abriu a Avenida Beira-Rio. Collares sempre falava que queria que a orla do Guaíba tivesse prédios e restaurantes", lembrou. Brasinha sustentou que pretende defender o interesse da comunidade, sem prejudicar ninguém. "O projeto Pontal do Estaleiro é maravilhoso. Quero que Porto Alegre cresça". O vereador elogiou ainda o trabalho do coronel Paulo Mendes, na Brigada Militar, e do delegado Pedro Rodigues, chefe da Polícia Civil. (TG)

PSFs - Aldacir Oliboni (PT) julgou que o Governo Municipal é incompetente na administração dos postos do Programa de Saúde da Família (PSF). "Há dois anos começava o movimento dos PSFs, e o Governo Municipal se negava a pagar uma taxa de administração de 11,15% a Faurgs". Segundo Oliboni, quem assumiu a contratação dos profissionais dos PSFs foi o Instituto Sollus, sem licitação, com taxa de 19%. "Uma das empresas que presta serviço a Sollus é a Vem Que Tem Comércio de Imóveis, cuja dona é vereadora em São Paulo do mesmo partido do vice-prefeito Eliseu Santos. O faturamento, que antes era de R$ 2 milhões, agora passa a ser de R$ 3,178 milhões". (TG)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)   
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Carlos Scomazzon 9reg. prof. 7400)