Plenário

Lideranças

Durante o período de comunicações de lideranças, na sessão desta segunda-feira (5/10), os vereadores trataram dos seguintes temas:

YEDA - Carlos Todeschini (PT) disse ter ficado estarrecido com resultado de pesquisa divulgada pela imprensa em que 62% dos gaúchos foram favoráveis ao impeachment da governadora Yeda Crusius e 74% rejeitam a governadora. "O Rio Grande está absolutamente paralisado por conta de uma governadora que perde a liderança." Na Assembleia Legislativa, segundo ele, a maioria leal à governadora é quem decidirá a votação do processo de impeachment. Todeschini questionou qual o papel que o PMDB desempenhará nesta votação, pois será decisivo para aprovar ou não o impeachment. "Foi o poder econômico que elegeu a governadora", disse ele. (CS)

DENÚNCIAS - Luiz Braz (PSDB) comentou afirmação de Carlos Todeschini (PT) de que nenhum governador gaúcho sofreu, anteriormente, processo de impeachment, a exemplo do que está ocorrendo com Yeda Crusius. Braz lembrou que na época do governador Alceu Collares, "as mesmas forças que se aglutinam contra a governadora Yeda" pediram uma CPI contra Collares. No governo Olivio Dutra, lembrou Braz, houve a denúncia sobre o Clube da Cidadania, gerenciado por um petista, assim como no caso do mensalão havia denúncias inclusive de envio de dinheiro para o Rio Grande do Sul. (CS)

COMÉRCIO - Alceu Brasinha (PTB). disse não estar preocupado com pesquisas que apontam que a maioria da população é favorável ao impeachment da governadora Yeda Crusius. "É preciso deixar andar o processo. Todos os partidos têm os integrantes bons e ruins." Brasinha disse que sua preocupação etava voltada ao pequeno comércio nos bairros da capital. Segundo ele, os grandes bancos privados cobram taxas exorbitantes dos comerciantes, que passam dificuldades. Ele se disse contrário à instalação dos hipermercados como Carrefour na Capital, "pois a concorrência é desleal". (CS)

LIXO - Ervino Besson (PDT) mostrou fotos do Rio Guaíba que, segundo ele, após as chuvas dos últimos dias, ficou cheio de lixo. “Será que a população não tem consciência do que está fazendo”, questionou. Besson mostrou fotos da fachada de uma empresa localizada na Rua Vicente Montégia, zona sul da cidade, onde, segundo ele, a população também vem colocando lixo. “Todos os dias o DMLU passa com o caminhão e recolhe e à noite a população volta a sujar o local”, ressaltou pedindo mais consciência aos porto-alegrenses. (RA)

CPI – João Antônio Dib (PP) disse que CPI que investiga denúncias de corrupção na Assembleia Legislativa (AL) não imputa culpabilidade à ninguém, e que, após o relatório final, a decisão de processar investigados fica à cargo do Ministério Público (MP). Afirmou que o método de trabalho é o envio, pelo judiciário, de provas à AL. “Há uma disputa muito grande entre situação e oposição. As provas que vêm do judiciário são examinados por deputados que não entendem nada do assunto”, criticou. Segundo Dib, se a Justiça e a polícia não concluíram nada, ainda, “não será esta CPI  que irá concluir”, afirmou. (LO)

CPI II – Maria Celeste (PT) criticou Luiz Braz (PSDB) em seu pronunciamento sobre corrupção. Disse que a CPI está investigando fatos e está no seu papel constituir provas. “Se a AL entendesse, já teria feito seu papel anteriormente. Isso é importante e por isso levamos informação para que a população tenha sua opinião”, ponderou. Celeste destacou ato em frente a shopping em que a população se posicionou contra o governo de Yeda Crusius. “Nós queremos que a CPI vá, sim, ao fundo da questão e busque as provas para construir o impeachment da governadora. Onde estão os R$ 44 milhões que roubaram do cidadão de Porto Alegre no desvio do Detran”, criticou. (LO)

CPI III – João Pancinha (PMDB) colocou que os problemas no Estado de corrupção também existem no Brasil e em outras unidades da federação. Ele sustenta que não é possível concordar que se coloque a responsabilidade sobre o PMDB. “Agora, tenho bem claro, que por trás das falas está a campanha de 2010. Isso fica claro porque o único candidato que temos efetivamente até o momento é o ministro da Justiça Tarso Genro”. Para Pancinha, o fato de dois possíveis candidatos do partido – Fogaça e Rigotto – estarem bem posicionados em pesquisas faz com que as discussões na CPI se tornem acusatórias. “Este será o tipo de debate daqui por diante”, afirmou. (LO)

CPI IV – Dib (PP) voltou ao assunto da CPI, e criticou Maria Celeste (PT) que afirmou que a CPI investiga as denúncias. “Mas com quais dados investiga? Com os do Judiciário e depoimentos que são levados à comissão. Isto vai acrescer algo? A CPI deveria trazer dados que o Judiciário não tenha”. Segundo o vereador, os vídeos e áudios mostrados são mostrados em pedaços, o que não provam denúncias. “Eles conjecturam em torno de vídeos e áudios, mas não são homens e mulheres afeitos a atividade policial e judiciária”, criticou. O vereador destacou, ainda, que muitos vão se arrepender das coisas que disseram. “Quando não há provas não acuso ninguém”. (LO)

Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)