Plenário

Lideranças

Valter Nagelstein Foto: Maria Helena Sponchiado
Valter Nagelstein Foto: Maria Helena Sponchiado

Os vereadores da Capital abordaram, durante Sessão Ordinária desta quarta-feira (3/2), os seguintes assuntos:

RADICAL – Valter Nagelstein (PMDB) ressaltou a importância de instrumentos como o Conselho Municipal de Saúde, mas analisou que “é evidente o uso político nestas situações”, disse ao relacionar o tema da saúde no caso da empresa Sollus. Sobre a criação de uma CPI, Valter informou que será o primeiro a assinar o pedido de uma comissão, se esse resolvesse os problemas da saúde na Capital. Entretanto, também solicita CPI em esfera federal. “A qualidade da saúde em nível nacional é muito pior que a de Porto Alegre”, argumenta. O vereador também criticou o que chamou de “radicalismo” na exploração política. “Isto não traz solução nenhuma, só pode nos levar ao espaço do enfrentamento e do ódio”, completou. (LO)

EXEMPLO – Ervino Besson (PDT) disse que a procissão de Nossa Senhora de Navegantes é um exemplo de organização e cooperação entre instituições. “Não houve nenhum incidente em todo transcurso. Foi um belo trabalho da Brigada Militar e da EPTC”, ressaltou. Segundo ele, existe um respeito mútuo no evento que reuniu milhares de pessoas na Capital. Ervino destaca que cabe uma “reflexão para unir os poderes e ir ao encontro do que a população pensa e quer das pessoas públicas”. Colocou, ainda, que é preciso refletir o pronunciamento de Valter Nagelstein. “O mundo não tem mais lugar para pessoas que pensam com arrogância”. (LO)

RESPOSTA - Engenheiro Comassetto (PT), em resposta a Valter Nagelstein, argumentou que a “Câmara é uma casa política, com situação e oposição. Estamos cumprindo nosso papel legal e regimental de fiscalizar”. Comassetto acredita que o discurso de Valter tem a “pretensão” de estabelecer o pensamento das diversas bancadas da Casa. “Este é o nosso papel, de fiscalização, com posições diferentes”, disse Comassetto. O vereador também solicitou do prefeito José Fogaça que cobre publicamente da governadora Yeda os repasses devidos pelo Estado ao município. “Precisamos de verbas para nossas comunidades”, completou. (LO)

VERBAS – João Dib (PP) destacou que fiscalizar é um dever de todos os entes políticos em todos os Legislativos. “Não é dever só da oposição, mas de todos os parlamentares”, informou. Para Dib, dizer que a responsabilidade dos problemas de saúde é do governo estadual não é correto. Criticou o governo Lula por mandar menos dinheiro para a saúde em Porto Alegre. “No último ano do governo Fernando Henrique foi enviado R$ 307 milhões. Este valor só foi superado cinco anos depois. Sem contar a correção monetária”, diz. Dib anunciou que fiscaliza a execução orçamentária da prefeitura, e destacou também: “Temos que fiscalizar com rigor, mas com isenção”. (LO)

CPI
- Pedro Ruas (PSOL) disse discordar de afirmativas de que não há objeto que justifique a instauração de CPI: "R$ 9 milhões foram desviados e o Instituto Sollus tem que devolver", disse. O vereador ainda questionou informação de que um funcionário da Sollus teria desviado a quantia, e contrapôs dizendo que “o Instituto não conseguiria buscar sozinho mensalmente R$ 400 mil”. Ruas insistiu que é preciso saber qual agente público permitiu esse desvio e afirmou que “não existe corrupção lateral. Ninguém está dizendo que foi o prefeito José Fogaça, mas alguém fez, e precisamos saber que foi”. (AM)

PACIFICAÇÃO -  Carlos Todeschini (PT) citou encontro que o PMDB realizou neste final de semana focado na pacificação do Rio Grande. “Seu capital político se chama Eliseu Padilha, que sumiu com 30 mil km de asfalto, está envolvido na fraude da merenda em Canoas e em outras coisas de ataques à políticas públicas”, ironizou. Ao questionar quem não conhece Eliseu Padilha, classificado pelo vereador como "figura lamentável na vida brasileira", ele mesmo respondeu: “Líder do líder do governo aqui na Câmara”. Todeschini finalizou dizendo esperar que a Câmara cumpra seu papel de investigar os R$ 9 milhões desviados pelo Sollus, que “é muito mais do que o orçamento de muitos municípios gaúchos”, garantiu. (AM)

Ana Madeira (reg.prof. 4875)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)