PLENÁRIO

Sessão Extraordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Na imagem os vereadores Giovani Culau e Coletivo e Ramiro Rosário são observados pelo vereador Tiago Albrecht.
Vereadores em Plenário nesta quarta (Foto: Ana Terra Firmino/CMPA - Uso público, resguardado o crédito obrigatório)

No período de Lideranças da sessão extraordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta quarta-feira (8/1), os parlamentares da Capital abordaram os seguintes tópicos:

 

GOLPISMO - Grazi Oliveira (PSOL) relembrou as manifestações no dia 8 de janeiro de 2023, o que chamou de “antidemocráticos e golpistas”. Reiterou sua posição em defesa da democracia e por não anistiar os envolvidos no episódio. “Como vereadora, professora e cidadã brasileira, junto com 86% da população que rejeita o que aconteceu naquele dia, nós defendemos, sim, ‘sem anistia aos golpistas’. Queremos que todos sejam investigados e presos, inclusive Bolsonaro”. (TP)

 

FILME - Pedro Ruas (PSOL) celebrou a conquista de Fernanda Torres, que recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz por sua performance em “Ainda Estou Aqui”, filme que retrata o desaparecimento de Rubens Paiva durante a ditadura militar. Na visão do vereador, a obra resgata um capítulo do Brasil pouco falado atualmente. “Para nós, que acompanhamos, que vimos e que sabemos que é escondida essa história sempre, ali mostra aquele período dos desaparecimentos, da tortura e do interrogatório até a morte.” (RR)

 

DEMOCRACIA - Aldacir Oliboni (PT) também condenou as manifestações do dia 8 de janeiro de 2023, o que chamou de “tentativa de golpe”. Apresentou os diversos fatos reunidos pela investigação da Polícia Federal e os indícios de planejamento por parte de um setor da cúpula militar. “Mas o golpe fracassou e venceu a democracia. As investigações ainda estão em curso, mas já foram presos ex-ministros do governo anterior e ex-candidato a vice. Todos nós devemos manter viva a verdade e a memória, chamando por justiça e defendendo a democracia”. (TP)

 

GOLPE - Mariana Lescano (PP) rebateu os comentários da oposição, que classificaram as manifestações de 8 de janeiro como um golpe antidemocrático. Segundo ela, um golpe é “censurar jornalistas, ameaçar fechar emissoras de televisão somente porque elas noticiam dificuldades do governo. Golpe é mensalão, petrolão, dar R$ 16 bilhões para a Lei Rouanet. Golpe é financiar ditaduras como a de Maduro e da Nicarágua. Golpe é publicamente venerar assassinos como Che Guevara e Marighella.”  (RR)

 

PESCADORES - Márcio Bins Ely (PDT) relatou o problema enfrentado pela comunidade da Vila dos Pescadores, que sofre com um processo de remoção. “O Ministério Público está cobrando a retirada das famílias daquela localidade. A comunidade pretende ficar ali. Precisamos pensar uma alternativa para que eles possam ficar ali”. Sugeriu como alternativa para a situação a construção de um projeto de lei que faça um “desgravame viário”, o que, segundo ele, pode acomodar todos os lados. (TP)

 

HAMAS - Ramiro Rosário (NOVO) fez uma crítica ao Hamas, destacando as práticas de sequestro e assassinato atribuídas ao grupo, e questionou o apoio de políticos de esquerda a uma organização com esse histórico de violência. “Uma vida não vale mais do que outra. Foram divulgados vídeos odiosos de tortura realizada por palestinos contra palestinos. Do Hamas torturando seu próprio povo. Em compensação, alguns ditos defensores da humanidade, alguns ditos que lutam contra a tortura nessa tribuna, estavam participando de atos com a bandeira do Hamas, que tortura o seu próprio povo em Gaza”. (RR)

 

VENCEMOS - Giovani Culau (PCdoB) disse que vivemos um momento de ataque à democracia no mundo todo. Citou como exemplo o discurso de posse do prefeito Sebastião Melo, quando reivindicou o direito à liberdade de defender a ditadura militar, as manifestações em Brasília no 8 de janeiro de 2023 e as recentes mudanças na política da multinacional Meta. “Se estamos aqui, é porque nós vencemos. A democracia venceu. Nós venceremos lutando até o fim para que não haja anistia para golpistas e todos aqueles que atentam contra a democracia”. (TP)

 

PIMENTA - Idenir Cecchim (MDB) comentou sobre a recente demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e indagou por que os vereadores de esquerda não demonstraram apoio ao colega. “Nesse dia 8, aconteceu uma coisa importante, lá no governo federal: o único gaúcho que estava no ministério foi demitido pelo Lula. E eu esperei falar até agora para que o PT, o PCdoB e o próprio PSOL viessem aqui e dessem uma moção de apoio ao ministro Pimenta e ninguém teve coragem, não sei se porque não querem dar apoio ao Pimenta ou porque não querem contrariar o presidente. Se acovardaram”. (RR)

 

ANISTIA - Coronel Ustra (PL) repreendeu a interferência da liminar da justiça que impediu a tramitação de projetos do Executivo na sessão anterior. Em relação ao dia 8 de janeiro de 2023, para o vereador, houve falhas por parte do Gabinete de Segurança Institucional do governo, sob responsabilidade do atual presidente. “Nós defendemos a anistia ampla e irrestrita aos presos políticos do 8 de janeiro. Defenderei, se preciso for, com o sacrifício da minha própria vida, o Brasil”. (TP)

 

Texto

Theo Pagot e Renata Rosa (estagiários em Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (Reg. Prof. 6062)