Sessão ordinária / Comunicações
Em período de Comunicações, os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes temas na sessão plenária desta quinta-feira (21/2):
ENXURRADA - Idenir Cecchim (PMDB) falou da chuva que causou problemas no final da tarde de ontem. Essas chuvas são comuns em todo o país no mês de março, não só em Porto Alegre, lembrou. O volume de água foi equivalente a 69 litros de água por metro quadrado em alguns pontos da cidade e provocou alagamentos e congestionamentos, segundo o vereador. De acordo com Cecchim, o prefeito José Fortunati chamará o consórcio responsável pelas obras para esclarecer o desabamento do Conduto Forçado Álvaro Chaves. (TA)
ENXURRADA II - Jussara Cony (PCdoB) criticou o Executivo por causa dos tumultos causados pela tormenta. O Executivo tem que buscar resolver o problema e estar atento aos fenômenos; temos tecnologia para isso, afirmou. Tivemos a maior obra de drenagem já feita em Porto Alegre, mas ela não impediu vários pontos de alagamento. A gestão pública tem que investir na construção, mas também tem que fiscalizar. A vereadora sugeriu que a Câmara chame a empresa que fez as obras para prestar esclarecimento. (TA)
COMBUSTÍVEIS - Professor Garcia (PMDB) defendeu que os cidadãos de Porto Alegre não abasteçam nos postos de combustíveis que estão abusando dos preços cobrados. Enquanto o governo federal dizia que o aumento deveria ser de no máximo 4%, nas bombas o que estamos verificando é um aumento de quase 8%. Alguns postos estavam cobrando R$ 2,88, R$ 2,89, que é um roubo!, criticou. (GF)
BICICLETAS - Marcelo Sgarbossa (PT) destacou o início do 2º Fórum Mundial da Bicicleta, que está ocorrendo na Casa de Cultura Mario Quintana, de hoje até domingo. A data deste evento é simbólica porque marca aquele verdadeiro atentado em que um motorista atropelou dezenas de ciclistas que participavam de uma manifestação pacífica da Massa Crítica, lembrou o vereador. Ele chamou a atenção pela forma de financiamento do evento, que optou pela arrecadação colaborativa de pessoas físicas. (GF)
ALAGAMENTOS Engenheiro Comassetto (PT) voltou a falar da questão dos alagamentos provocados pela enxurrada da quarta-feira. Lembrou que, em outras oportunidades, os vereadores solicitaram providências à prefeitura, como a limpeza de bocas-de-lobo, que não foram feitas. Além disso, ele criticou a mudança do projeto, que mudou o traçado e, assim, eliminou algumas medidas de segurança previstas inicialmente. Nós temos que discutir se aquela obra apresenta riscos e, se assim for, ela precisa ser corrigida, e isto tem que ser feito, defendeu, solicitando ainda o comparecimento à Câmara de técnicos da Ufrgs para dirimir dúvidas quanto à obra. (GF)
MONTEVIDÉU - João Derly (PCdoB) relatou viagem que fez entre Porto Alegre e Montevidéu no voo que reinaugurou esta linha desativada desde 2011. Também falou sobre o aumento das passagens de ônibus na Capital e criticou as propostas de rever as isenções destinadas a estudantes, idosos e deficientes físicos. Não podemos esquecer que o próprio Tribunal de Contas já questionou o valor cobrado pelas empresas e, neste sentido, aumentar o valor não está correto. O vereador falou ainda do caos causado pela forte chuva de ontem, especialmente no trânsito, e destacou que, mesmo com toda a tecnologia, parece inadmissível que não possamos prever e nos preparar para acontecimentos como este. (GF)
PORTUÁRIOS Clàudio Janta (PDT) lembrou que, nesta sexta-feira (22/2), trabalhadores portuários de todo o Brasil estarão em greve em repúdio à medida privatizadora de portos. O governo federal fez, por dois anos e meio, reuniões com empresários e nunca se reuniu com os trabalhadores para ouvi-los, afirmou. Conforme Janta, a medida do governo estará isentando diversos impostos e encargos de empresas que usam portos para serviços de importação. Para o vereador, essa medida deverá enfraquecer a classe dos portuários podendo, inclusive, como salientou, levar muitos trabalhadores à marginalidade. (HP).
DEFESA Alberto Kopittke (PTT) sugeriu, em decorrência das chuvas desta quarta-feira (20/2), que Porto Alegre constitua seu plano emergencial para catástrofes, conforme previsto pelo Conselho Nacional de Defesa Civil. Há uma falta de preparo da cidade para enfrentar catástrofes, afirmou. O vereador disse ainda que, no caso de vendavais, um dos primeiros serviços a falhar é o de energia elétrica, e que, por isso, as casas de bombas necessárias para evitar alagamentos devem ser equipadas com geradores próprios. O vereador também destacou que movimento dos trabalhadores rodoviários é pelo não-aumento das passagens. (HP)
CHUVAS Sofia Cavedon (PT) falou sobre o Conduto Álvaro Chaves: Uma obra dessas, com mais de dois metros de altura, não pode correr o risco de ruir. Sofia espera que o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) seja mais presente na cidade. Os serviços de descontinuidade do DEP têm trazido muitos prejuízos a Porto Alegre. Sugeriu que haja, na semana que vem, o comparecimento do DEP e da Smov à Câmara Municipal para analisar como está sendo tratado o escoamento de água e o que já está previsto para promover a manutenção e ampliação dos sistemas de drenagem pluvial. A prefeitura tem que ter um plano de ação emergencial de trabalho, afirmou. (LV)
CONDUTO - Valter Nagelstein (PMDB) falou da alteração do percurso do Conduto Álvaro Chaves. Houve uma mobilização das pessoas há quatro anos, quando começou a obra, disse, lembrando que o ex-prefeito José Fogaça pediu para paralisar as obras na época. Segundo ele, devido à existência de árvores centenárias na Rua Marques do Pombal, foi feita a correção da rota do conduto. O vereador disse também que a oposição apenas critica. Conforme Nagelstein, a prefeitura sempre ouviu a população. Nós tivemos ontem em 30 minutos uma chuva de 15 dias, disse. Ainda lembrou que, nas administrações do PT, dava para andar de jet-ski na Avenida Goethe quando chovia, que o PT não construiu uma casa de bomba sequer e que, quando Fogaça assumiu, 40% das casas de bomba estavam desativadas por falta de manutenção. (GS)
ÁLVARO CHAVES - Mauro Pinheiro (PT) disse que todo mundo sabe que choveu mais do que o normal em Porto Alegre ontem. Sabemos também que várias questões levaram ao caos que a cidade enfrentou, disse. O vereador destacou que não se pode fugir da responsabilidade ou transferir a responsabilidade para os outros. Mauro Pinheiro (PT) comentou que os vereadores da base do governo vêm para a tribuna e dizem que a culpa é do povo que jogou lixo nas ruas. Pinheiro lembrou que a responsabilidade da limpeza da cidade é da prefeitura. De acordo com Mauro, os vereadores da base do governo querem transferir o problema da chuva de ontem para a população de Porto Alegre. Ele llembrou que existem vários sistemas que ajudam a prevenir acidentes. Na falta de luz, os no-breaks podem ser instalados nas sinaleiras, e as casas de bombas poderiam ter geradores para continuar funcionando em caso de queda de energia. (GS)
Texto: Gustavo Ferenci (reg. prof. 14303)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Guga Stefanello (reg. prof. 12.315)
Estagiários: Thamiriz Amado
Luciano Victorino
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Luciano Victorino
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)