Plenário

Sessão ordinária / Comunicações Temáticas

Vereadores Janta (e), Ruas (ao microfone) e Jussara (ao fundo) Foto: Elson Sempé Pedroso
Vereadores Janta (e), Ruas (ao microfone) e Jussara (ao fundo) Foto: Elson Sempé Pedroso
O período de Comunicações Temáticas da sessão plenária de hoje (14/3) tratou do conduto forçado Álvaro Chaves. Órgãos públicos e de classes estavam convidados para comparecerem à sessão, para falar sobre este assunto. Contudo, nenhuma das sete entidades convidadas compareceu, fato que motivou críticas por parte dos vereadores. Abaixo, as manifestações:

CREA - Reginaldo Pujol (DEM) disse que, diante da ausência de dados técnicos sobre o rompimento de um trecho do conduto Álvaro Chaves, em fevereiro, a Casa deveria adiar as discussões sobre o tema. Lembrou que o Crea, que está realizando análise do incidente, ainda não concluiu seu trabalho e por isso não compareceu hoje à Casa para falar sobre o assunto. "O Crea só vai falar sobre o conduto quando tiver os elementos que lhe permitam fornecer opinião responsável. Ao governo, mais do que ninguém interessa ver este assunto esclarecido." (MAM)

RESPOSTAS – Engenheiro Comassetto (PT) criticou a falta de respostas quanto ao desabamento de parte do conduto em 20 de fevereiro, em ocasião da enxurrada. “O projeto original custava R$ 42 milhões, mas passou para R$ 59 milhões. Nós queremos é saber por que mudaram e qual o projeto novo? Por que o aumento de R$ 17 milhões? Qual o resultado da auditoria? Por que o conjunto de entidades boicotou esta casa? Será que a população não tem o direito de saber?” Ele também questionou o silêncio do DEP, uma vez que o próprio prefeito Fortunati teria afirmado que o Departamento já tem respostas. “Por que não divulgar? Nenhuma resposta pode ser mantida em sigilo, especialmente para esta Casa”.(GF)

AUSÊNCIAS - Pedro Ruas (PSOL) questionou as ausências das entidades para o debate, especialmente o DEP. Ele destacou que algumas entidades nem se justificaram. “É provável – não podemos afirmar – que houve uma articulação para que estas entidades não comparecessem nesta Casa para este debate. Fica aqui o nosso protesto com relação a esta ausência injustificável”. Ele reafirmou que a obra não passou pelo seu primeiro teste e que faltam informações do Executivo. (GF)

EMPRESAS – Clàudio Janta (PDT) lembra que a população de Porto Alegre se assustou com o que aconteceu no conduto Álvaro Chaves. Ele criticou a ausência das empresas responsáveis pela obra na Sessão Plenária de hoje. “Se a obra foi bem feita, não há por que elas não comparecerem. Estas empresas teriam que vir, nem que fosse para ouvir o clamor do povo. O povo quer saber o que houve neste conduto?”. Ele questionou também “quem disse que a obra era eficiente e segura?” e qual material foi usado. (GF)
 
ÁLVARO CHAVES - Jussara Cony (PCdoB) disse que a discussão sobre o conduto Álvaro Chaves é importante para a cidade e que a falta de entidades para debater o assunto é um desrespeito com a Câmara. “Não tivemos o devido esclarecimento de uma questão que interessa à todos nós, as entidades não prestaram satisfação sobre sua ausência”, acrescentou. A vereadora também falou que a câmara dos vereadores está a disposição para a resolução de problemas, mas o não comparecimento dos órgãos prejudica a discussão. (TA)

ÁLVARO CHAVES II – Sofia Cavedon (PT) afirmou ser grave a Câmara Municipal dedicar o período de comunicações para um tema como o conduto forçado Álvaro Chaves e seguir sem explicação. “É, no mínimo, de se estranhar que as empresas responsáveis não apareçam.” A vereadora questionou o motivo pelo qual o valor da obra foi alterado, passando dos R$ 50 milhões. “A mudança de custo de R$ 42 milhões para R$ 59 milhões não tem base legal, pois passa dos 20% aditáveis.” A prefeitura, segundo Sofia, não respondeu a questões fundamentais: se houve alteração e controle de material, por exemplo. “Não tem como aceitar, isso é uma incompetência de gestão”, disse Sofia. (LV)

Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
          Gustavo Ferenci (reg. prof. 14303)
Estagiários em Jornalismo : Luciano Victorino e Thamiriz Amado
Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)