Plenário

Sessão ordinária / Comunicações e Lideranças

No período de Comunicações e nos tempos de Lideranças da sessão desta quinta-feira (26/11), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

CABIDE - Fernanda Melchionna (PSOL) comentou a aprovação de projeto ontem pela Câmara Municipal, que, a seu ver, promoveu a “absurda criação de CCs” pelo Executivo da Capital. De acordo com ela, a medida vai resultar em um gasto de R$ 7 milhões. “O governo municipal optou por ampliar o cabide de empregos com a aprovação do projeto”, lamentou. A vereadora lembrou que o país enfrenta cortes nas áreas sociais pelo governo federal. Da mesma forma, de acordo com Fernanda, o governo estadual toma medidas nocivas, como o parcelamento de salários. Ela ainda criticou a concessão de “benefícios para a GM sob a alegação de que virão recursos para o povo”, referindo-se a projeto do governo Sartori aprovado ontem na Assembleia Legislativa. (CB)

ASSEMBLEIA - Idenir Cecchim (PMDB) disse que ontem foi um dia importante na Assembleia Legislativa, que aprovou projeto que vai proporcionar o adiantamento de R$ 300 milhões da GM para o governo do Estado, possibilitando que o governador José Ivo Sartori pague os funcionários públicos. “Mas o PT, que mandou a Ford embora para a Bahia, não votou por demagogia”, afirmou. “Enquanto isso, estão prendendo políticos do PT.” Na opinião de Cecchim, não tem cabimento a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) criticar a medida do governador para tentar conseguir dinheiro. “A senhora queria uma desculpa para criticar Sartori e não criticar aqueles que estão sendo presos”, alegou. (CB)

RESPOSTA – Fernanda Melchionna (PSOL) rebateu a fala de Idenir Cecchim (PMDB). Lembrou que, em seu discurso de Comunicações, criticou também o governo Dilma por promover cortes em benefícios sociais. “E sempre defendemos que o governo Dilma pare de agir como agiota com o Rio Grande do Sul, congelando verbas”, ressaltou. Ela ainda referiu-se à Operação Lava-Jato, na qual seu partido defende a punição dos culpados, assim como a cassação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sobre o projeto da GM, ela disse que não aceita “o discurso de que a empresa pagou R$ 300 milhões, porque deixou de pagar R$ 700 milhões.” (CB)

SENADOR - Clàudio Janta (SDD) disse que ontem ocorreu um fato histórico no Brasil. “Pela primeira vez na história da República, um senador, exercendo seu mandato, foi preso”, afirmou, citando o caso de Delcídio Amaral, do PT. De acordo com Janta, o senador “estava fazendo pressão para que as coisas não acontecessem mais na Lava-Jato”. Janta também citou a prisão de banqueiro. Conforme Janta, eles usavam seu poder para pressionar os depoentes da Lava-Jato. “Mas um deles ficou com medo que fosse vítima de queima de arquivo, como aconteceu com o prefeito Celso Daniel”, afirmou. “Ontem, isso veio à tona. O juiz Moro faz uma grande papel, assim como o STF”, elogiou. (CB)

SELETIVIDADE - Sofia Cavedon (PT) garantiu que seu partido quer que todos os envolvidos em corrupção sejam punidos, mas reclamou “das prisões muito seletivas”. Na sua opinião, não há desculpa para a Justiça não prender também o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Conforme a vereadora, o Brasil tem fortalecido suas instituições. Para ela, é preciso que sejam tomadas medidas contra a corrupção, mas lembrou de que o financiamento empresarial de campanha foi proibido pelo Supremo e não pelo Congresso. Sofia ainda defendeu o fortalecimento da Petrobras, a maior empresa do país, que gera muitas riquezas, sendo preciso evitar sua venda, como aconteceu com a Vale do Rio Doce. “Tem gente que aposta na Lava-Jato para depreciar a Petrobras”, alertou. (CB)

Textos: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)