Sessão Ordinária / Comunicações e Lideranças
Na tarde desta quinta-feira (12/5), nos períodos de Comunicações e Lideranças da Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:
IMPEACHMENT I - Referindo-se ao cenário político do país, Mauro Pinheiro (REDE) disse que a admissibilidade do processo de impeachment pelo Senado Federal é sinônimo de tristeza, independentemente do posicionamento de cada um. É um momento delicado que vivemos, onde não há vencedores ou perdedores, pois o país todo perde com um processo de impeachment. Afirmando que o julgamento do processo se dá muito mais pela instabilidade politica e econômica que os crimes apontados na denúncia, ele defendeu que seja convocado um novo processo eleitoral. Se o vice-presidente for realmente um estadista, deveria dizer que assume provisoriamente propor novas eleições. (PE)
MENTIRAS Não concorro à reeleição, mas levo vários ensinamentos desta casa, iniciou Bernardino Vendruscolo (PROS), dizendo que leva uma mágoa de não ser capaz de convencer prefeitos ou vereadores da necessidade de fazer-se uma defesa da cultura gaúcha. Ela não é melhor que as outras, mas chama atenção e não estamos valorizando a cultura regional. Ele evidenciou também que o povo brasileiro cansou dos políticos que usam a mentira como instrumento. O prazo de validade da mentira se esgotou, e aquele político que mentir, doravante, vai pagar muito caro sentenciou. (PE)
ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) convidou a todos para o evento que acontecerá amanhã, às 19 horas, no Plenário Ana Terra, que irá abordar a situação dos animais em Porto Alegre. Discutiremos o projeto do hospital público veterinário, para que ele não fique apenas no papel ou seja ineficiente disse. Segundo o vereador, o encontro tratará também da existência da delegacia dos animais e projetos para castração dos mesmos. Deve haver uma parceria público-privada com clínicas particulares para que se estruture uma forma de fazer isso. Maroni também sugeriu a adoção de uma ambulância de resgate aos animais. (PE)
IMPEACHMENT II - Empossado em virtude da licença do colega de partido Valter Nagelstein, André Carús (PMDB) afirmou que buscará trazer assuntos de pertinência aos cidadãos porto-alegrenses. Dizendo que assume em uma data histórica, ele declarou ter expectativa de que a etapa do impeachment logo seja vencida. O Brasil precisa recuperar o rumo e projetar-se no cenário internacional, pois a paralisia política e econômica aprofundou a crise e fez com que o fisiologismo tomasse conta da política. Ao fazer uma autocrítica ao próprio partido, ele disse esperar que figuras como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes da Câmara e Senado Federal, respectivamente, devem ser afastadas dos quadros do PMDB. Temer também deve impedir que investigados sejam nomeados para o governo completou. (PE)
HOSPITAL - Dr. Goulart falou sobre o fechamento do Hospital Parque Belém. "Neste momento têm 18 pacientes internados, por convênios. E, tenho observado um pequeno descuido com esse hospital." Segundo ele o hospital, resolveria os problemas de locomoção dos moradores da Zona Sul da Capital. "Quando alguém passa mal, o destino destas pessoas que moram na Zona Sul é ir até o bairro Cristo Redentor", disse. Segundo ele, vidros quebrados e banheiros sem grades foram os principais motivos pelo encerramento das atividades do local. "Gostaria de saber para onde vão estas 18 pessoas internadas? Precisamos nos unir, para que o Governo não interfira no hospital." (CPA)
GOVERNO - Engenheiro Comassetto (PT) falou sobre o afastamento de 180 dias da Presidente Dilma Roussef do Governo. Segundo vereador, não haverá mulheres e negros trabalhando junto ao mandato de Michel Temer. "Saiu hoje a lista de quem trabalhará junto a Temer, no Governo. Sem perceberem, negros e mulheres Não fazem parte desta equipe, mas sim homens ricos e com influências financeiras", disse. Ao finalizar, citou: "O Governo que assume, tomou de assalto o lugar que estão hoje. É lamentável." (CPA)
DEMOCRACIA - Idenir Cecchim (PMDB) falou sobre o processo de impeachment, que decretou o afastamento da Presidente Dilma Roussef. "Se Dilma caiu, foi por incompetência. Não adianta culpar terceiros, está tudo muito claro." Segundo Idenir, o processo de impeachment é coerente e democrático. "Não podemos admitir um Governo ladrão. Já basta de tanta corrupção e desrespeito com o povo brasileiro."
GOLPE - "Hoje é um dia muito triste para a população brasileira. O afastamento da Presidente retrata o fim da democracia. O Brasil não merecia ser governado por um Golpista, igual a Michel Temer", disse Sofia Cavedon (PT), ao citar o golpe. Segundo vereadora, o impeachment é desrespeitoso aos eleitores que votaram em Dilma. "O que nós vivemos hoje é um golpe de quem não conseguiu, nas eleições, nas urnas, uma vitória", disse. (CPA).
O vererador Dr. Thiago (DEM) alertou para o possível fechamento do Hospital Parque Belém, na zona sul de Porto Alegre.
FECHAMENTO DO HOSPITAL EM POA:
"Poderia mas não vou falar hoje aqui sobre os crimes do presidente Lula e da Dilma, pois é um dia de muita preocupação, devido ao possível fechamento de um importante e indispensável hospital (Parque Belém) na nossa cidade. Não podemos abrir mão de um hospital que oferece 400 leitos, ainda mais no começo do nosso inverno, em meio a um surto de gripe A. Nós não podemos por uma medida administrativa punir a nossa população com atendimento à saúde. As justificativas apresentadas para o fechamento do Parque Belém,
como falta de azulejos, não são justificativas plausíveis e nós não podemos admitir isto. Nós já estamos perdendo o hospital Porto Alegre e já perdemos o Petrópolis e nós não podemos admitir agora o fechamento irresponsável e por tempo indeterminado de uma instituição deste porte. Existem pessoas aguardando há quatro anos por uma cirurgia ortopédica. A sociedade e a Câmara de Vereadores não pode assistir de forma passiva mais um fechamento de hospital na cidade de Porto Alegre", concluiu o Dr. Thiago.
NOVO GOVERNO E A SAÍDA DO PT:
O vereador Claudio Janta disse as reformas políticas não foram feitas pelo Governo Dilma e
que manterá a fiscalização do novo Governo que inicia hoje.
"Se fosse metade da população que estivesse apoiando o "EX" Governo da presidente Dilma, com certeza o país amanheceria parado. Com certeza transporte, fábricas e canteiros de obras estariam parados.Porém o que se vê é uma parcela pequena sobrevivendo
de recursos federais e defendendo um governo que não honrou suas promessas e compromissos. O PT esteve por treze anos no comando do Governo e não fez as reformas políticas necessárias e prometidas. Foi o PT quem colocou o (Michel) Temer na presidência
e agora reclama do seu antigo vice.
O Governo foi incapaz de fazer as reformas políticas e trabalhistas e agora precisa deixar a presidência, pois não tem o menor apoio popular. Precisamos agora mais do que nunca olhar para frente e pensar nas reformas urgentes que este país precisa fazer e não realizou durante 13 anos. As centrais sindicais e o povo brasileiro querem que o Brasil volte a crescer e a investir na geração de emprego e renda.É isto que o povo quer. Se o Governo Temer não estiver atendendo aos interesses dos trabalhadores, certamente nós vamos para as ruas e
cobraremos", disse Janta.
RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA DO RS:
O vereador André Carús (PMDB) destacou na sua fala a importância da renegociação da dívida do Rio Grande do Sul com o Governo Federal.
"Precisamos alertar sobre os valores exorbitantes da dívida gaúcha pagos atualmente para a União. estes valores são impagáveis. O ex-governador Tarso Genro (PT) prometeu que renegociaria a dívida, mas não o fez, mesmo sendo do mesmo partido da presidente Dilma. Precisou o Governador (Jose Ivo) Sartori (PMDB), entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para congelar e rever os juros da dívida. Esta crise ética e moral promovida pelo PT paralisou o país e terminou com os investimentos privados. Tenho certeza de que daqui para a frente vai terminar a roubalheira que paralisou o país e envergonhou o Brasil no exterior", disse Carús.
CRÍTICA ÀS ALIANÇAS POLÍTICAS:
A vereadora Fernanda Melchiona (PSOL) criticou as alianças políticas e partidárias
realizadas atualmente no Brasil e disse não acreditar em um governo de renovação nacional proposto por Michel Temer.
"A grande verdade é que PT e PMDB andaram juntos por 13 anos. Paulinho da Força e também outros políticos que agora apoiam o golpe também estiveram ao lado dos governos petistas. Nós criticamos estas alianças podres e de ocasião. Nós podemos falar com a consciência limpa, pois nunca tivemos cargos no Governo do PT e sempre denunciamos todas estas ofensas que o povo trabalhador e mais humilde sofreu. O PMDB do Temer vai ser a manutenção e o aprofundamento do ataque aos trabalhadores. Atualmente são sete ministros indicados pelo Temer acusados na Operação Lava Jato. Eu sempre defendi por muitos meses nesta mesma Tribuna que fossem realizadas eleições gerais. Nós não podemos acreditar neste discurso mentiroso de renovação nacional", afirmou Fernanda.
MUNICÍPIO O vereador petista Adeli Sell se solidarizou com as mulheres vereadoras devido aos ministérios do governo Temer serem formados somente por homens. Depois, falou sobre a conjuntura política municipal, citando o caso dos feirantes do centro de Porto Alegre: O centro está tomado por feirantes que simplesmente emporcalharam as ruas, mas eles também não têm condições de trabalho. Nós governo e população - vamos resolver as questões desses trabalhadores semiescravos. Citou também os problemas do transporte coletivo. Eu tenho observado como as pessoas sofrem para passar nas roletas de ônibus. Isso humilha as pessoas! Eu quero levar essa discussão para as comissões, concluiu Sell. (AZ)
Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Jonathan Colla