Sessão Ordinária / Lideranças
Durante os tempos de Lideranças partidárias da sessão ordinária desta segunda-feira (5/9), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:
IMPEACHMENT - Sofia Cavedon (PT) abordou o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. “Um dia depois de condená-la pela edição de decretos suplementares sem autorização do legislativo, o congresso liberou esta prática”, disse ela, afirmando que os parlamentares “estão brincando com a política, a cidadania e a democracia brasileira”. A vereadora também falou sobre as manifestações contrárias a Michel Temer que acontecem no país. “Em São Paulo, ontem, mais de 100 mil pessoas foram às ruas e amanhã à noite haverá um novo ato em Porto Alegre”, expôs. Sofia também declarou que “os trabalhadores estão começando a enxergar que o golpe das elites econômicas não tem compromisso com quem vive do trabalho e com a soberania nacional”. (PE)
SEGURANÇA - Clàudio Janta (SD) falou sobre a chegada da Força Nacional de Segurança à Capital. “O efetivo não precisa fazer segurança nas avenidas ou plantão em shopping center ou empresa de comunicação, mas sim agir nas vilas de Porto Alegre que precisam de sua ação”, afirmou. O parlamentar também criticou a nomeação do novo secretário de Segurança do estado, Cezar Schirmer. “É uma pessoa muito querida, mas que está na área errada”, explanou. Janta também manifestou-se sobre a tentativa de mudança no nome do Bairro Tristeza. “Os moradores querem que o bairro continue com este nome e não se deve permitir a mudança apenas por uma campanha publicitária de uma construtora”, sentenciou. (PE)
MANIFESTAÇÕES - Engenheiro Comassetto (PT) discursou sobre a insegurança na sociedade e questionou a atuação da secretaria municipal de Segurança. “Aprovamos a criação da secretaria, pois um de seus princípios é integrar as forças da União e do Estado e instituir um plano de segurança no município, o que até hoje não aconteceu”, expôs. O vereador também defendeu o direito à manifestação e à liberdade, afirmando que “os coxinhas tiveram guarida para protestar”. “A Brigada Militar não deve reprimir movimentos sociais, mas resguardar a sociedade como um todo”. Por fim, Comassetto salientou que a violência deve ser erradicada com um projeto de inclusão social. (PE)
MANIFESTAÇÕES II - Valter Nagelstein (PMDB) criticou o discurso de Comassetto (PT). “O senhor chama as pessoas de coxinhas enquanto prega a cultura da paz”, ironizou. Também repudiou a depredação à sede do PMDB ocorrida na última quarta-feira. “O ataque foi promovido pelos mesmos que depredaram outros locais da cidade”, sublinhou. O parlamentar reprovou também os que, segundo ele, dizem uma coisa e fazem outra. “Se dizem éticos e limpos e implantaram o maior esquema de corrupção que o país já viu”, declarou. Por fim, condenou atos de vandalismo e manifestou apoio à Brigada Militar. “A polícia merece todo nosso respeito, pois bandalheira, quebradeira, incêndio e vandalismo não são coisas de gente democrática”. (PE)
Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)