Plenário

Sessão ordinária / Grande Expediente e Lideranças

Durante os períodos destinados às comunicações de lideranças e ao Grande Expediente, os vereadores trataram dos seguintes temas:

ANIMAIS – Rodrigo Maroni (PCdoB) disse ter participado de um encontro internacional sobre bem estar dos animais. Contou ter começado a trabalhar com proteção animal no litoral gaúcho, local onde, segundo ele, ocorrem muitos casos de abandono e descarte de animais domésticos pelos veranistas. Maroni considera fundamental a elaboração de políticas públicas de bem estar dos animais e afirmou que as cidades deveriam incentivar a castração em massa de animais. Observou, no entanto, que a eficácia das políticas de bem estar animal ainda depende muito do trabalho de poucas pessoas voluntárias que se sensibilizam com a causa. Também criticou o comércio de animais silvestres na Capital, pois bichos ficam expostos em lojas abertas 12 horas por dia e sem condições adequadas. Também repudiou o abate de animais e o descaso de parte da população com a causa do bem estar animal. "Vergonhosamente, o Rio Grande do Sul é um dos estados que mais abate animais e um dos últimos que aboliu a caça esportiva." (CS)

BALANÇO – Sofia Cavedon (PT) disse que as ruas deram ontem (16/12) uma demonstração de coesão contra o impedimento do projeto democrático brasileiro. Lembrou a legislação atual que permite a prisão de corruptos e corruptores. Destacou o que o jornalista Paulo Francis denunciou em 1996 a roubalheira na Petrobras. Foi o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso que engavetou a denúncia e processou Francis, “que morreu do coração seis meses depois”. Sofia recorda que todos os nomes que estão presos, como Fernando Baiano, Nestor Cerveró, Alberto Yussef e empreiteiros, apareciam na denúncia daquela época. Nas delações premiadas aparecem os corruptores dividindo as licitações da Petrobras. Afirmou que a Polícia Federal foi equipada e fortalecida no governo do PT, “período Lula e Dilma”. Em 11 anos, disse ela, a PF realizou mais de duas mil operações para apreender documentos e prender pessoas, entre elas, servidores públicos. No total, lembra, foram 22 mil pessoas presas e identificadas. (FD)

IMPEACHMENT – Cláudio Janta (SD) destacou que houve crescimento da corrupção durante os governos petistas. Observou que, das 2.195 apreensões realizadas pela Polícia Federal durante os governos petistas, a maioria dos presos era "amigos do governo". Segundo Janta, o ex-presidente Lula "renegou" o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral, recentemente preso por corrupção. "No caso do mensalão, diziam que Lula nada sabia, e agora dizem que a presidente Dilma também nada sabe sobre os casos de corrupção." Para Janta, o pedido de impeachment da presidente Dilma é legítimo, pois ela praticou as pedaladas fiscais e retirou direitos dos trabalhadores e dos aposentados. Observou ainda que o relatório do ministro Luiz Fachin, apresentado ontem no Supremo Tribunal Federal, reconhece a legitimidade do processo de impeachment conduzido pelo Congresso. (CS)

Texto: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
          Flávio Damiani (reg prof 6180)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)