Sessão Ordinária / Lideranças
Nos tempos de Lideranças, na tarde desta quinta-feira (17/3), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes assuntos:
MANIFESTAÇÃO - Sofia Cavedon (PT) falou sobre as manifestações dos últimos dias, em diversas cidades do país. "A política é uma longa caminhada. A política é defesa, luta e perseverança", disse. Segundo ela, as mobilizações pró e contra o governo federal são válidas, desde que acompanhadas por respeito e democracia. "Estamos mobilizados contra o novo golpe, que está prestes a acontecer no país. Nós conhecemos as duras consequências para o país, com a troca de governo. Quando não há democracia, não há desenvolvimento." Ao finalizar, destacou que a Justiça deve julgar todos da mesma forma, conforme decreta a lei. "A atitude do juiz Sérgio Moro é precipitada, e, de certa forma, injusta. O profissionalismo deve permanecer, para que a democracia viva neste país." (CPA)
INVESTIGAÇÕES - Jussara Cony (PCdoB) caracterizou-se como lutadora assídua da democracia no país. "Quem sabe das minhas lutas e dos meu ideais deve concordar que a luta pela democracia, pelo direito de ir e vir, é a principal meta do meu trabalho". Jussara destacou que o impeachment da presidente Dilma é arriscado, uma vez que a mesma foi eleita pela maioria dos brasileiros democraticamente. A vereadora citou ainda as formas de investigações da Justiça do país: "Irresponsabilidade enorme grampear as ligações do celular da presidente Dilma. Ela não está sendo investigada. É irresponsabilidade demais tudo isso." (CPA)
REVOLTA - Mônica Leal (PP) falou sobre as investigações ao ex-presidente Lula. "A população porto-alegrense, de forma espontânea e imediata, tomou a frente. Tudo que está acontecendo é uma afronta ao povo brasileiro. Nós queremos decência, honestidade." Mônica citou ainda que não concorda com quem defende o PT. "Aqueles que tiverem cometido qualquer ilegalidade, seja do meu partido ou de qualquer outro, deve ser punido." (CPA)
PARTIDO - Rodrigo Maroni (PR) falou pela primeira vez na Tribuna em nome do Partido da República, ao qual se filiou. "Como falei antes, tenho um carinho enorme pelo PCdoB, onde aprendi muito sobre política. Mas os tempos são outros e agora faço parte do PR." Maroni destacou ainda o anúncio da candidatura a prefeito de Porto Alegre. "Foi uma decisão pensada. Lançar minha candidatura é defender a sociedade e os animais. E, como já falei anteriormente, caso eleito prefeito da Capital, abrirei mão do meu salário", disse. Maroni citou que o político deve sentir na pele a realidade do povo, não apenas discursar. (CPA)
GRAMPO Comentando os últimos acontecimentos que envolvem a operação Lava-Jato, Clàudio Janta (SD) disse que o governo Dilma Rousseff é "atrapalhado e zomba do povo brasileiro". Segundo ele, Lula "posa de vítima" porque o juiz Sérgio Moro grampeou as ligações telefônicas do ex-presidente. Disse ter se orgulhado do deputado federal do seu partido que estava infiltrado na posse de Lula como ministro e protestou. "Ninguém mais aguenta a roubalheira. Isso não é golpe, é impeachment. Eles destruíram a maior empresa petrolífera do mundo. O juiz Moro fez bem para a democracia escancarando o deboche do governo com o povo brasileiro." Segundo Janta, o povo está na rua porque sofre com a maior recessão da história do país. (CS)
NOTA Dr. Raul Fraga (PMDB) disse que o país vive um momento difícil e que é preciso levar o Brasil em frente "com boa política e ética". O vereador leu nota oficial da bancada do PMDB repudiando a permanência do partido no governo federal, ressaltando que os últimos acontecimentos agravam a crise econômica pela qual passa o país. Segundo a nota, o partido defende que o país precisa atravessar o atual cenário com diálogo, mas repudiar e isolar aqueles que atentam contra a Constituição Federal e os preceitos que norteiam a boa política. "Esses valores não são mais compartilhados pelo governo federal e foram sumariamente desrespeitados pelos que ocupam os mais altos cargos públicos do país. A bancada reafirma seu compromisso com toda a sociedade brasileira." (CS)
ESTUPRO - Dr. Thiago (PDT) disse que não compreende as contradições entre o discurso e a prática dos integrantes do PT. "O PT defende a Constituição de 1988, mas não a assinou. O PT defende a democracia, mas participou da invasão da Câmara há dois anos." O vereador criticou também a indicação, pelo PT, do novo diretor administrativo da Câmara. "Este rapaz estava na invasão. Ele praticou um ato criminoso contra a Casa. Isso é um estupro", afirmou. "Há menos de três anos este rapaz disse que não representávamos a cidade. Então agora ele não pode integrar a direção da Câmara. Vamos fazer um abaixo-assinado para a Presidência para que esta pessoa indicada pelo PT não ocupe um cargo diretivo na Casa." (MAM)
Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)