Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Vereador Moisés Maluco do Bem
    Vereador Moisés Maluco do Bem (PSDB) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Felipe Camozzato na Tribuna.
    Vereador Felipe Camozzato (Novo) (Foto: Henrique Ferreira Bregão)

Na sessão ordinária desta quinta-feira (11/5) da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras falaram sobre os seguintes temas em período de Lideranças:

ANIMAIS – Rodrigo Maroni (PR) revelou ter protocolado emenda à proposta de Reforma Administrativa do Poder Executivo que está ingressando para tramitação na Casa. Conforme o vereador, sua emenda visa manter a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) como pasta independente e não como departamento, como quer a prefeitura. “Convoco a todos os apoiadores da causa animal a fazerem essa discussão”. Maroni lamentou ainda que o hospital veterinário doado ao Município esteja fechado e disse ser fundamental manter a Seda como secretaria, “para que não vire departamento e desapareça”. (HP) 

EMPREENDEDORES – Felipe Camozzato (Novo) citou na tribuna resposta do empresário Roberto Rachewsky à provocação feita pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva de que somente seriam trabalhadores aqueles que têm carteira assinada. O vereador afirmou que atitudes de Lula e de Dilma Roussef na presidência do Brasil fizeram com que empreendedores fechassem as portas de seus negócios, causando desemprego e transformando carteiras de trabalho em objetos inúteis. “O depoimento (ao juiz Sérgio Moro) evidenciou ainda mais a improdutividade de Lula, que alegou não ter feito nada.” (HP)

OBSERVATÓRIO – Moisés Maluco do Bem (PSDB) relatou viagem a Curitiba, onde esteve com o vereador Matheus Ayres (PP), para participar de encontro dos Observatórios Sociais. “Conhecemos várias ferramentas voltadas à eficiência, transparência, fiscalização e controle que a sociedade precisa ter sobre servidores e gestão pública”, revelou. Moisés disse ainda que pretende acompanhar o trabalho do Observatório Social de Porto Alegre, para conhecer melhor as possibilidades de melhoria e de economia na aplicação de recursos públicos. Os dois vereadores também estão elaborando um relatório que será enviado a todos os demais. (HP)

ESCRAVOS – “A princesa Isabel foi avisada de que perderia o trono se libertasse os escravos.. Ao fazer essa afirmação, o vereador Professor Wambert (PROS) recordou fatos históricos que culminaram em 13 de maio de 1888, dia da libertação dos escravos no Brasil, data a ser celebrada no próximo sábado. “Isabel foi a maior de todas as mulheres de toda a história do Brasil, pois abriu mão do trono para libertar os negros do país”, salientou. “A monarquia, ao contrário do que dizem, foi um centro de virtudes e moral, ao contrário de defensores da moderna democracia, onde roubam do povo e mentem para juízes para manter o poder.” (HP)

PREVIDÊNCIA - Sofia Cavedon (PT) criticou os “ataques” aos trabalhadores promovidos em nível federal e municipal, segundo ela, em nome de um ajuste que agrada o mercado financeiro e faz os trabalhadores “pagarem a conta pela crise”. “No Brasil, um estado de exceção golpista retira os direitos através de um projeto que não foi eleito pelas urnas”, disse a parlamentar. Sofia também fez duras críticas à reforma da Previdência. “A votação na comissão especial terminou com a possibilidade de aposentadoria integral, pois agora o cálculo se dará sobre 100% das contribuições”, explicou. De acordo com ela, o objetivo do governo é forçar os contribuintes a contratar regimes previdenciários suplementares privados. “Isso é gravíssimo, é um acinte, uma violência brutal aos trabalhadores desse país”, completou. (PE)

PACOTE - Fernanda Melchionna (PSOL) confrontou o discurso de Professor Wambert (PROS). “Fiquei pasma ao ouvir que quem garantiu a liberdade aos escravos foi a Princesa Isabel, sendo que aqueles que deveriam ser lembrados seriam Dandara, Zumbi dos Palmares e todos os negros que lutaram por liberdade”, expôs ela, caracterizando o discurso de Wambert como uma “barbaridade histórica”. Fernanda atacou também o pacote de medidas enviado pelo Executivo municipal à Câmara. “São propostas que revogam a necessidade de repor a inflação aos municipários, ao mesmo tempo que aumenta a alíquota de contribuição ao Previmpa para fazer caixa, e, por isso, terá nosso voto e nossa luta contrária”, sentenciou, descrevendo as propostas do governo como “um projeto neoliberal de ataque aos trabalhadores”. (PE)

TRANSPORTE – Professor Alex Fraga (PSOL) falou sobre os problemas envolvendo o transporte coletivo em Porto Alegre. “As empresas de ônibus construíram um poder paralelo para garantir seus lucros à custa do prestado a população”, asseverou. Conforme o vereador, a EPTC dá anuência a práticas terríveis das empresas. “Chegam relatos a nossos gabinetes de tabelas horárias que não são cumpridas e do corte de ônibus, e as prestadoras de serviço não estão sendo punidas por isso”, disse Alex. O parlamentar também questionou a baldeação adotada em algumas linhas da zona leste que, somada à possibilidade de revogação da gratuidade da segunda passagem, causaria um “peso financeiro” às famílias que vivem longe do Centro. “Isso é muito ruim para a cidade, e o prefeito Marchezan e seu corpo técnico estão caminhando na direção de acabar com os serviços públicos”, finalizou. (PE)

ESCRAVOS II - Tarciso Flecha Negra (PSD) fez menção, inicialmente, à passagem do Dia das Mães. “Todos devemos nossa existência a essas grandes mulheres”, afirmou. O vereador também alinhou-se a Fernanda Melchionna (PSOL), ao dizer que a conquista da liberdade dos escravos não se deu por uma decisão da Princesa Isabel. “A história do negro é muito mal contada e não teve um final feliz, pois junto à liberdade deveria ter sido dada a educação”, salientou. Tarciso ainda lamentou a demora na instalação do Museu do Negro em Porto Alegre. “Mesmo com uma história triste, o povo negro foi um dos construtores deste país e merece ser homenageado, para que acabemos de vez com o preconceito racial”, encerrou o parlamentar. (PE)


Texto: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
           Paulo Egídio (estagiário de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)