Sessão Ordinária / Lideranças e Grande Expediente
Nos tempos de Lideranças partidárias e de Grande Expediente da sessão ordinária desta segunda feira (20/6) na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores abordaram os seguintes temas:
ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) comentou que visitou, na manhã desta segunda-feira (20/6), algumas turmas do Colégio Anchieta de Porto Alegre acompanhado pelas ONGs Patas Dadas e 101 Viralatas, que trabalham com mais de 100 e 400 animais cada. O vereador salientou que ficou feliz com o resultado da visita, pois a maior parte dos alunos se disponibilizou em participar das ONGs. “Falei com jovens de 16 e 17 anos e vi a sensibilidade da juventude em relação à causa animal e que quase todos os jovens estão motivados a participar de algum tipo de voluntariado com a intenção de melhorar”. (CM)
CRÍTICA - Explicitando que não seria nenhuma ofensa pessoal, o vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) criticou os projetos apresentados pelo vereador Rodrigo Maroni (PR) que priorizam o direito dos animais frente às necessidades da sociedade. “A Casa não pode estar a serviço de vontades de um parlamentar. O vereador Rodrigo Maroni não tem competência para legislar sobre o direito de ir e vir dos seres humanos”. Os projetos visam dar um dia de dispensa ao servidor público que perder um bicho de estimação, obrigar todas as famílias do município a adotar cães ou gatos, determinar a construção de um cemitério público para animais e o uso de coleiras eletrônicas para estupradores e assassinos de animais. (CM)
AUDIÊNCIA - Claudio Janta (SD) falou sobre a audiência pública para debater o transporte individual e coletivo da Capital e o uso de aplicativos como o Uber. O vereador destacou que será um evento importante, pois “teremos vários sistemas discutindo sobre o transporte de Porto Alegre”. Janta também explanou que “a cidade está uma vergonha porque está entregue aos camelôs” e que é preciso tomar atitudes sérias para resolver a situação. "Venho novamente falar nesta tribuna e espero que sejam tomadas providências". (CM)
POLÍTICA - Com a intenção de prestar contas do trabalho realizado nos quase quatro anos de mandato, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) citou que foi às ruas falar com os cidadãos e que criou um material para divulgar as principais iniciativas. Para ele, a política está passando por um momento de deslegitimação e precisa de ações como essa e da "participação popular para voltar a legitimá-la". Um dos projetos mais destacados pelo vereador foi a emenda que previa mais tempo para as pessoas atravessarem a rua. "Um projeto simples que recalculou o tempo de travessia dos pedestres. Algumas sinaleiras foram modificadas, mas muitas ainda continuam com a lógica antiga".(CM)
HABITAÇÃO - Dr. Goulart (PTB) lembrou da época em que trabalhava no Departamento Municipal de Habitação (Demhab), alegando que construiu 3 mil casas em sua gestão: “Tiramos gente de áreas insalubres, perigosas. No mínimo umas 12 mil pessoas foram beneficiadas”. Goulart disse ainda que, no bairro Cristal e nas Vilas São João, Santa Clara e Nova Chocolatão, as moradias levaram melhor qualidade de vida à população, principalmente no que diz respeito ao saneamento básico. “Nesses lugares, nenhuma criança morreu por infecção”, alegou o vereador. Por fim, declarou que, em algumas regiões da cidade de maior vulnerabilidade, foram construídas casas para famílias de policiais, evitando, assim, o tráfico de drogas no local. (AZ)
MUNICIPÁRIOS I – Sofia Cavedon (PT) falou sobre os municipários, que estão em greve há uma semana. “Uma greve contundente, que tem mostrado combatividade. É difícil para o governo contemplar toda a categoria, mas ele sequer recebeu os representantes sindicais”, declarou a vereadora. Sofia alegou que essa falta de comunicação só prejudica as escolas, a assistência social, o recolhimento de lixo e outras instâncias dos serviços de Porto Alegre. (AZ)
MUNICIPÁRIOS II - Kevin Krieger (PP) questionou a afirmação da vereadora Sofia Cavedon, que disse que o governo está de portas fechadas. “Uma das exigências mínimas de retomada do dialogo é que nós não tenhamos nenhuma porta fechada nas autarquias de Porto Alegre”, garantiu. Apesar de discordar, o vereador concordou que é preciso haver um acordo. “Quem vai ganhar é o povo porto-alegrense”, disse. (AZ)
MUNICIPÁRIOS III – Fernanda Melchionna (PSOL) também se manifestou sobre a greve dos municipários: “Uma greve em que, infelizmente, não apresenta avanço nas negociações. A gente sabe que a greve é o último recurso de uma categoria”. A vereadora falou também sobre o parcelamento dos salários. “É um problema muito concreto. E não é a primeira vez que acontece. Evidentemente, os trabalhadores têm perda salarial por causa da inflação”, declarou. "Amanhã, haverá uma nova tentativa de negociação." (AZ)
MUNICIPÁRIOS IV - Jussara Cony (PCdoB) falou sobre a reunião em que participaram vereadores da base governista e da oposição, com o intuito de promover um acordo entre o governo e os municipários em greve. “A administração buscou um meio de conversação e recebeu os servidores”, relatou. Agradecendo ao vereador Kevin Krieger (PP), líder do governo, pela promoção do encontro, a vereadora salientou que a reivindicação dos servidores é pelo reajuste, ainda neste ano, compatível com a correção da inflação. “Esta Casa estará presente na busca dos direitos dos municipários em Porto Alegre”, finalizou. (PE)
DIREITOS - Valter Nagelstein (PMDB) reivindicou os direitos dos trabalhadores e criticou o bloqueio dos manifestantes no recolhimento dos detritos da cidade. “Como se uma boa ação apagasse uma série de atitudes desonestas, a vereadora Sofia Cavedon (PT) diz que alguns servidores e manifestantes fizeram doação de sangue. A população sabe que, em qualquer ato de anarquismo, está a vereadora Sofia e seu partido, bem como o partido de Luciana Genro.” Nagelstein afirmou que essas siglas aliciam jovens e ensinam como conduzir com as ocupações. “Com o pacto de alguns professores e uma articulada estrutura ideológica de politica fascista, há 45 dias nossos jovens não têm aula. Há uma alegação verdadeira: a que, de fato, faltam recursos nas escolas, mas não é com balbúrdias, sob o pretenso discurso da ética, que essa situação irá se resolver. A sociedade está cansada e está observado os atos de violência que vocês praticam.” O vereador concluiu dizendo que Sofia lhe disse que tivesse cuidado com o que fala. “A vereadora disse isso porque gosta de colar rótulos nas pessoas, inventando, por exemplo, que sou machista, ou dizer ‘O que esperar de um judeu? Esse é o tipo de tolerância que alimentam e estimulam”, finalizou. (LV)
INVASÃO - Dr. Thiago Duarte (DEM) disse que, em 2013, quando houve a invasão da Câmara Municipal, sob sua presidência, houve gente indiciada. “Na luta contra o aumento da passagem em Porto Alegre, havia pessoas de outros municípios e até de outros Estados. Tanto que, quando acordamos a desocupação do parlamento, ficou ajustado que os manifestantes que moravam na Capital deveriam sair naquele mesmo dia, e os do Interior e de fora deveriam ter prazo maior, como pessoas que vieram do Pará”, declarou. Dr. Thiago ainda enfatizou que todos os vereadores sabem de onde surgem esses movimentos. “Ninguém aqui é marinheiro de primeira viagem.” O vereador finalizou afirmando que a maioria não pode ser refém da minoria. “Temos uma divisão nacional entre PT e PMDB, mas, da minha parte, não estamos nessa dicotomia. Nós precisamos ter um projeto alternativo para esta cidade, Estado e país. Estamos atentos”, concluiu. (LV)
Texto: Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Paulo Egídio (estagiário de Jornalismo)
Lisie Venegas (reg. prof. 13.688)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)