Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Durante o período destinado às comunicações de lideranças, na sessão ordinária desta segunda-feira (16/7), os vereadores trataram dos seguintes temas:

TABULEIROS - Fernanda Melchionna (PSOL) disse ter ficado chocada ao saber que a prefeitura retirou os tabuleiros de jogos de mesa da Praça da Alfândega, no Centro Histórico. Segundo ela, os equipamentos eram muito utilizados como lazer por idosos, que agora precisam improvisar um tabuleiro caseiro. A vereadora questionou a lógica da política da prefeitura para utilização de praças. "As pessoas estão sendo corridas do espaço público. A prefeitura quer praças sem pessoas. Uma das poucas atividades de lazer dos idosos, na Alfândega, foi retirada sem nenhuma explicação aos usuários." Fernanda ponderou inclusive que esses espaços públicos tornam-se mais perigosos em razão da falta de uso para lazer. (CS)

TRANSPORTE - Adeli Sell (PT) reclamou dos constantes atrasos das linhas de ônibus em diversos bairros da Capital. Ele disse que tem recebido "sistemáticas queixas sobre falta de ônibus", além de reclamações sobre superlotação e atrasos nos horários dos transportes coletivos, mesmo fora dos horários de maior movimento. "É preciso melhorar o transporte para o povo da periferia." Entre as linhas de ônibus com problemas mais graves, segundo Adeli, estariam aquelas que atendem os bairros Lajeado, Lami, Restinga e Juca Batista. "Os novos condomínios, nesses locais, não dispõem de transporte coletivo." O vereador ainda reclamou que a linha T-11, apesar de fazer itinerário até o Aeroporto, não dispõe de local para bagagem. (CS)

LOTAÇÃO - Paulinho Rubem Berta (PPS) disse ter solicitado um estudo técnico à EPTC sobre a possibilidade de implantação de uma linha de lotação no Jardim Passo das Pedras. Ele disse também ter reclamado sobre atrasos e superlotação no transporte coletivo. Segundo Paulinho, a EPTC respondeu que a implantação de linha de lotação naquele bairro depende da aprovação de alteração na lei que regula a questão. "Tão logo se aprove essa alteração, a EPTC deverá iniciar os estudos para a implantação de lotação em 2013. Isso ajudará a desafogar o transporte coletivo da região." A EPTC também teria informado ao vereador que implantou novo horário de saída para os ônibus, às 7 horas, a fim de desafogar o final da linha no Passo das Pedras. (CS)

ILUMINAÇÃO - Tarciso Flecha Negra (PSD) disse que, há quase dois anos, vem pedindo à Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) providências quanto à iluminação da Rua da Praia. Tarciso explicou que é necessário que a Smov limpe os bojos das luminárias da Andradas e troque as lâmpadas queimadas. "Sou morador do Centro Histórico e sou muito cobrado, como vereador, pelos moradores da região. É preciso cobrar providências das secretarias e dos órgãos públicos para que a cidade fique melhor iluminada.", afirmou. (CS)

SAÚDE – Engenheiro Comassetto (PT) disse ser necessário o governo municipal explicar para a comunidade da Cohab/Cavalhada por que ainda não foi construído o posto de saúde prometido. “Em 2004 foi destinado o terreno para o posto, ao lado da sede do Dmae. Mas, depois de sete anos, o local só serve para juntar lixo”.  Conforme Comassetto, falta projeto concreto para a efetivação da obra. “Em 2008, foi aprovada emenda do governo federal destinando verba que não foi ocupada e voltou para a União por falta de gestão na prefeitura”. Ainda conforme o vereador, os repasses do governo federal na área de saúde para a Capital aumentaram nos últimos oito anos. (HP)

REPASSES – Conforme João Dib (PP), em 2002 Porto Alegre recebeu R$ 307 milhões em repasses na saúde. E, em 2003, apenas R$ 251 milhões. “A cidade só voltou a receber o equivalente a R$ 307 milhões depois de seis anos. Mas, se colocar a inflação, nem hoje se recebe o equivalente a 2003”, afirmou. Conforme Dib, as reduções nos repasses para a saúde ocorreram nos governos de Lula e vêm acontecendo agora com a presidente Dilma. “Em 2011, a presidente deixou que o Congresso Nacional votasse projeto para a saúde, mas, no Senado, onde o governo federal tem maioria, foi feito um novo acerto”, lamentou. “Porto Alegre faz o que pode com os recursos que tem.” (HP)

SAÚDE I - DJ Cassiá (PTB) disse que a saúde pública, em geral em todo o país, está uma calamidade. “Se existe pena de morte, é na saúde pública”, falou. O vereador ressaltou que, em Porto Alegre, no governo municipal, são aplicados 17% do Orçamento na área da saúde, enquanto a lei determina 12%. DJ Cássia informou ainda que, na atual administração municipal, que está completando oito anos, foram construídos 20 novos postos de saúde. “Inclusive a população da Cohab Cavalhada vai ganhar um posto, reivindicação de mais de 20 anos desta comunidade”, disse. Ele disse sentir orgulho de participar da base do atual  governo, “que não coloca as sujeiras embaixo do tapete”. (RA)
 
SAÚDE II - João Antônio Dib (PP) falou que, quanto mais os vereadores do PT falam da questão da saúde em Porto Alegre, mais ele se convence de que está com a razão. “Não gosto que falem de forma irresponsável”, disse. O vereador disse que Porto Alegre perdeu mais de R$ 330 milhões nos últimos anos que deveriam vir do governo federal para a saúde. “Eles sim têm dificuldade para explicar sobre saúde”, enfatizou Dib, lembrando que, quando Tarso Genro era prefeito da cidade, aplicou todo o dinheiro da saúde em CDB. “Foi preciso um telefonema de alguns vereadores para que os hospitais recebessem a verba.” Dib disse ainda que, ao sair do governo, o PT deixou a cidade endividada. “José Fogaça teve que pagar alguns empréstimos que não foram pagos.” (RA)

Textos: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
            Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)