Sessão Ordinária / Lideranças
Na sessão ordinária desta quarta-feira (28/6), da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras fizeram os seguintes pronunciamentos no período de Lideranças:
HOSPITAL – “Ficamos impotentes, indignados e revoltados”. Ao fazer esta afirmação, Aldacir Oliboni (PT) criticou a ausência dos secretários Municipal e Estadual da saúde em atividade realizada na manhã desta quarta-feira pela reabertura do Hospital Parque Belém. Conforme lembrou o vereador, nesta instituição existem 206 leitos hospitalares e 20 leitos de UTI, além de tomógrafo e ecógrafo, entre outros equipamentos para a realização de exames, todos desativados. “Temos a mesma indignação do cidadão, mas somos apenas vereadores e fiscalizadores”, destacou Oliboni ao citar que nesta semana sete hospitais da cidade tiveram suas emergências fechadas por falta de condições de atendimento. (HP)
TEMER – Fernanda Melchionna (PSol) lembrou convocação de Greve Geral para a sexta-feira: “Seguiremos lutando em todos os lugares para a realização de uma manifestação forte neste dia 30”. Conforme a vereadora, não se pode silenciar diante das denúncias de corrupção passiva, obstrução de justiça e recebimento de propina feitas nesta semana contra o presidente Michel Temer. “Há uma indignação generalizada (da população brasileira) e a necessidade de se fortalecer a luta contra essa bandalheira e barrar reformas neoliberais que tramitam no Congresso”, destacou. Fernanda afirmou ainda que Temer somente chegou à presidência por conta de “uma agenda de retirada de direitos dos trabalhadores”. (HP)
SALÁRIOS – Rodrigo Maroni (PR) solicitou que as discussões sobre os salários do funcionalismo público sejam feitas “de forma sincera e não pautadas pela imprensa”. Em sua manifestação, ele propôs que também sejam abordados salários de funcionários de empresas que são concessões públicas ou de jogadores de futebol: “Não vejo ninguém discutindo teto (salarial) para diretores da RBS ou da Zero Hora”. E completou: “Ninguém pauta isso, ninguém pauta os salários da imprensa, que também tem grandes financiamentos”. Para Maroni, as discussões devem visar bons salários para todos: “Quero que o pessoal da limpeza ganhe bem, que o professor ganhe bem”. Ele esclareceu ainda votar contra aumento de salários de vereadores “por ser contra autoajustar salários, por princípios”. (HP)
DIÁLOGO - Idenir Cecchim (PMDB) saudou o prefeito Nelson Marchezan Jr., o secretário da Fazenda, Leonardo Busatto, e o líder do governo na Câmara Municipal, vereador Clàudio Janta (SD), além de vereadores, que, pelo diálogo, chegaram a consenso sobre questão que envolve salários de servidores municipais. “Juntos, conseguimos uma saída para a categoria, para aqueles que fazem um trabalho diferenciado”, destacou. Conforme Cecchim, houve o entendimento de que, “se for por meritocracia, se pode ou se deve ganhar bem, ou o merecido”. O vereador afirmou ainda que “não se pode parar a máquina que ajuda a arrecadar recursos para pagar toda a máquina do Município.” Citando especificamente servidores de setores da arrecadação, Cecchim afirmou ter sido verificado no ano passado um incremento nos recursos recolhidos. (HP)
DEMAGOGIA - Dr. Thiago Duarte (DEM) solicitou, novamente, agilidade ao Poder Executivo para a reabertura do Hospital Parque Belém (HPB), localizado no bairro Belém Velho. “Nós queremos acompanhar esse processo”, disse em nome dos vereadores que integram a Frente Parlamentar do HPB. Dr. Thiago também criticou a fala de Rodrigo Maroni (PR), que contou que doa parte de seu salário a entidades de proteção a animais. “Quem acha que ganha bastante e quer doar, deve fazer doação de boca fechada, não precisa dar publicidade. Se dá publicidade, é demagogia com dinheiro público. E, para mim, perde o mérito quem faz isso”, explicou. (CM)
INFANTIL - “Nós, vereadores, somos figuras públicas. Por isso, não acho que seja demagógico falar sobre as doações que fazem parte do trabalho do parlamentar e das ações que ele defende”, esclareceu Professor Alex Fraga (PSOL). Na sequência, sugeriu aos colegas no Plenário Otávio Rocha que também utilizem as redes sociais para divulgar seus atos. Fraga ainda falou sobre a reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), realizada ontem (27/6), que abordou a situação da rede municipal de ensino infantil de Porto Alegre. “É estarrecedora a realidade em que algumas escolas estão sendo obrigadas a trabalhar por essa gestão municipal. Não existe quadro de funcionários para atender os nossos pequenos com integralidade”, explicou. (CM)
ILUMINAÇÃO – Com a intenção de esclarecer as questões colocadas pelo editorial do jornal Zero Hora, na edição da última terça-feira (27/6), sobre a iluminação pública de Porto Alegre, Mauro Zacher (PDT) subiu à tribuna do Plenário Otávio Rocha para defender o trabalho realizado pela antiga gestão municipal, do prefeito José Fortunati. “A iluminação foi um dos serviços, do nosso governo, mais bem avaliados pela nossa cidade”. O vereador ainda relatou que não ficou nenhuma dívida nesta área da Prefeitura. “Não ficou dívida com os fornecedores. Há falta de querer resolver”, ponderou. (CM)
HOSPITAL II – Falando que é de interesse de todas as esferas de poder que o Hospital Parque Belém seja reaberto, Cláudio Janta (SD), explanou que a reabertura de 200 leitos resolveria parte dos problemas da saúde em Porto Alegre. Entretanto, segundo o vereador, desde 2015 não há convênio entre a Prefeitura Municipal e a atual gestão do hospital. “Enquanto aquela gestão estiver no hospital, sou defensor de que não tenha nenhum dinheiro público lá dentro porque essa gestão não está preocupada em atender a população de Porto Alegre. Nunca esteve”, declarou. Ao final, ele se manifestou com relação a situação da iluminação pública na cidade, informando que todos os fundos financeiros do município foram entregues zerados à atual gestão do Paço Municipal. “Inclusive o da iluminação”. (CM)
Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)