Sessão Ordinária / Lideranças
Com as galerias do Plenário Otávio Rocha lotadas por servidores municipais, vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto alegre fizeram os seguintes pronunciamentos em Comunicação de Lideranças, na sessão ordinária desta quarta-feira (21/6):
ASSÉDIO – Sofia Cavedon (PT) considerou assédio moral contra servidores municipais recentes postagens feitas pelo prefeito Nelson Marchezan Junior em sua página oficial na internet. “É claramente um assédio ao funcionalismo, para deprimir, desprestigiar e tirar a autoestima, para que se submetam a qualquer política salarial”, criticou a vereadora. Conforme afirmou Sofia, haverá representação jurídica contra essas publicações. “O prefeito considera os funcionários como de visão estreita, que nada sabem de economia, nada sabem de Porto Alegre”, disse a vereadora. “Isso é inaceitável num representante da população”, completou. (HP)
MOBILIZAÇÃO – Fernanda Melchionna (PSOL), em Liderança de Oposição, disse aos servidores que, mesmo não sendo votado nesta quarta-feira projetos do Executivo ligados ao Previmpa, é necessário a categoria continue mobilizada. “Está em curso um projeto político claramente neoliberal de colapso de serviços públicos e de terrorismo com o funcionalismo”, destacou a vereadora. “O governo municipal trata de demonizar o servidor para justificar uma política privatista”, afirmou Fernanda ao citar ainda a Carris, o Hospital Materno-Infantil Presidente Varga e o Mercado Público. “É uma demonstração política que evidencia para quem Marchezan quer governar e isso precisa ficar claro para a população”, completou. (HP)
PREVIDÊNCIA – Felipe Camozzato (Novo) afirmou que preferiria discutir privatização de estatais para não precisar discutir as alíquotas da previdência municipal. “A matemática é uma ciência exata e não existe dinheiro para tudo”, destacou o vereador ao dizer ser preciso lembrar aqueles que pagam a conta e pagam impostos que custeiam os salários do funcionalismo. Conforme destacou ele, em 2016 a prefeitura aportou R$ 651 milhões para a previdência municipal. “Esse valor poderia custear sete secretarias de assistência social, 12 secretarias de segurança ou duas secretarias de Obras”, falou Camozzato. “O servidor precisa fazer um discurso racional, olhar números e tomar atitudes.” (HP)
VALORIZAÇÃO – Alex Fraga (PSOL) disse não ser possível economizar em cima dos servidores para se garantir serviços públicos de qualidade. O vereador lembrou recente caso do DEP onde serviços terceirizados custaram milhões para a Prefeitura e não foram realizados. “Escoaram milhões pelo ralo.” Alex também lamentou que escolas de educação infantil do Município não estejam atendendo crianças pela falta de professores e monitores. Conforme disse ele, desde o início do ano, a prefeitura não nomeou nenhum novo professor para a rede pública de Porto Alegre. “Isso está prejudicando pais e mães, que abrem mão de empregos por não ter com quem deixar os filhos.” (HP)
VALORIZAÇÃO II - “É fundamental o papel dos servidores públicos”, disse Rodrigo Maroni (PR). “A política sempre cai em cima do lado mais fraco”, argumentou o vereador ao criticar os projetos de lei que “atacam” os servidores municipais, aumentando a porcentagem de contribuição de 11% para 14% para o Fundo Previdenciário dos Servidores Municipais de Porto Alegre (Previmpa). “Quem constrói as políticas públicas são os servidores, não os vereadores”, ressaltou sobre a importância do trabalho realizado pelos funcionários públicos. Maroni também criticou a postura do Movimento Brasil Livre (MBL), afirmando que quando o “povo não acredita na política surge o MBL”. E acrescentou: “Não vejo o Movimento batendo em nenhum rico ou fazendo deboche com empresário. O combate é sempre com quem defende os pobres.” (CM)
Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)