Sessão ordinária / Lideranças
Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (24/4), os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:
TRANSPORTES Engenheiro Comassetto (PT) considerou equivocada a forma como o governo municipal trata o debate gerado pelos movimentos sociais sobre o transporte coletivo. Citou reunião ocorrida na terça-feira na Cuthab, que tratou da melhoria do sistema na região Extremo Sul. Lembrou legislação aprovada em 2011 que previa, em 12 meses, a apresentação de estudo do sistema pelo Executivo. Segundo ele, passados oito meses do prazo, o mesmo não foi apresentado. Também falou sobre a obrigação da cidade de formular o Plano de Mobilidade Urbana. (MG)
GRIPE Paulinho Motorista (PSB) registrou que, na terça-feira (23/4), protocolou Pedido de Providências solicitando a inclusão da categoria dos rodoviários entre as que devem receber gratuitamente a vacina contra a Gripe A. A seu ver, a medida se justifica pelo contato desses profissionais com grande número de pessoas. Sobre a qualificação do transporte coletivo, disse que é preciso a união dos vereadores para as demandas da cidade. Lembrou que, no caso das linhas de lotação para o Extremo Sul, a primeira iniciativa partiu do vereador Mário Fraga (PDT), em 1996. (MG)
CULTURA Bernardino Vendruscolo (PSD) elogiou a publicação Colonos e Quilombolas, memória fotográfica das colônias africanas de Porto Alegre. Lembrou que não foram apenas italianos, alemães e outras etnias europeias que colonizaram o Estado. Segundo ele, o papel dos negros foi igualmente importante, e o trabalho resgata essa história. Afirmou que isso lhe fez lembrar a falta de sensibilidade das autoridades que não entendem sua proposta de criação de um parque temático da cultura e do folclore gaúchos, cujo objetivo era valorizar todas as etnias que construíram o RS. Ainda saudou o lançamento da mostra A Cidade que Andei, Vi e Senti, impressões colhidas pelo vereador Clàudio Janta (PDT) durante a eleição. (MG)
CIDADE - Clàudio Janta (PDT) se emocionou ao falar de sua exposição A Cidade que Andei, Vi e Senti. Vi, em vários bairros, crianças com pouca expectativa de vida, pedindo o mínimo de dignidade, pedindo qualidade de vida, disse. Esta cidade que andei, vi e senti está pulsando dentro de mim. O vereador também falou sobre o julgamento no Tribunal de Justiça referente à linha de lotação para o bairro Belém Novo. A votação acontece hoje, às 15 horas; este projeto vai levar dignidade às pessoas que ficam ilhadas naquela região. Espero que as autoridades resolvam o problema. (TA)
LOTAÇÕES - Mário Fraga (PDT) falou sobre a votação no Tribunal de Justiça referente à tentativa, de uma empresa de Santa Cruz do Sul, de impugnar o projeto que institui lotações no bairro Belém Novo. Jamais imaginei que uma empresa impugnaria o projeto. Espero que tenhamos a vitória, precisamos melhorar a demanda de transporte naquela região, esta é uma necessidade das comunidades do Extremo Sul, afirmou. Logo depois, recebeu a informação de Engenheiro Comassetto (PT) sobre a cassação da liminar que impedia o projeto das lotações. (TA)
PASSAGENS - Sofia Cavedon (PT) falou sobre a questão das passagens de ônibus. O prefeito Fortunati esteve em Brasília nesta segunda-feira (22/4) para tentar acelerar a aprovação do projeto de lei que propõe uma série de desonerações para o transporte público, contou. Segundo a vereadora, o prefeito não está fazendo seu trabalho, tanto que o procurador-geral do Ministério Público de Contas do RS, Geraldo Da Camino, pediu a análise do custo da passagem de ônibus ao Tribunal de Contas. Sofia disse que não há fiscalização e que o lucro das empresas está acima da legislação. (TA)
DECORO - Valter Nagelstein (PMDB) questionou-se sobre quais os adjetivos que as pessoas utilizam em casa para qualificar os vereadores. Hoje mais um projeto que ocupou a ordem do dia não foi votado, enquanto questões fundamentais como a saúde e a educação da população de Porto Alegre ficam em segundo plano, afirmou sobre o projeto que regulamentaria os horários dos jogos de futebol e a respectiva retirada de quórum para invalidar a votação pela bancada de oposição. Valter criticou a falta de decoro parlamentar por parte de alguns vereadores, baseado nas manifestações de ontem, na qual houve novamente depredação do Paço Municipal. O que temos visto são vereadores incitando a destruição. O direito de protestar, pelo qual todos lutamos, é saudável, mas ele termina quando a razão termina. O vereador conclui afirmando que ou nós somos democratas, respeitando o estado democrático de direito, ou vivemos na barbárie. (LV)
Textos: Milton Gerson (reg. prof. 6539)
Thamiriz Amado (estagiária de Jornalismo)
Luciano Victorino (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)