Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos discursos de Lideranças da sessão desta segunda-feira (10/2), vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

AR CONDICIONADO - Alberto Kopittke (PT) propôs que desliguem o ar condicionado da Câmara, da Prefeitura e de todas as repartições para que se possam igualar ao que a população vai enfrentar no transporte público de Porto Alegre e questionou o cálculo feito para a redução o preço da passagem que corta o sistema de refrigeração nos ônibus. Lembrou que o TCE colocou um “ponto final no conchavo que existe na cidade, na lua-de-mel entre as empresas de ônibus e a prefeitura”. Finalizou pedindo para que o presidente da EPTC pare de ser o advogado dos empresários. (FD) 

DEMAGOGIA - Delegado Cleiton (PDT) pediu o máximo empenho da prefeitura para acabar com a greve dos rodoviários. Lembrou que não se fala na retirada do ar condicionado dos ônibus. “Ele só não foi colocado na licitação”, disse ele. Denunciou que a situação não se resolve porque os governos estadual e federal não querem abrir mãos da receita, o que classificou como sendo demagogia da presidente Dilma e do governador Tarso. (FD)

NÚMEROS - Elisandro Sabino (PTB) respondeu que a lua-de-mel entre prefeitura empresários, denunciada pelo vereador Kopittke, começou no governo do PT, elencando números que demonstram que em seis anos, durante o governo do Partido dos Trabalhadores, houve um aumento real de 22,5% nas passagens. Revelou que de 2005 para cá, num período de 8 anos, o aumento foi de 12,7%. “Entendo que o debate precisa ser feito sem demagogia, com base nos fundamentos e argumentos percentuais que beneficie a população de Porto Alegre” concluiu. (FD)

RODOVIÁRIOS - Kevin Krieger (PP) pediu para que os rodoviários tenham o bom senso para voltarem ao trabalho depois da assembléia desta segunda-feira (10/2), parabenizando os trabalhadores pela vitória na Justiça em relação ao fim do banco de horas. Usando o mesmo tempo de tribuna, Krieger falou do programa Mais Médicos, dizendo que ele “escraviza profissionais cubanos que atuam no Brasil”. Apresentou os números pagos pelo governo brasileiro para ter os médicos cubanos nos postos de saúde. “O Brasil paga R$ 10.457,00 para cada médico cubano no Brasil, só que eles ficam com apenas R$ 900,00 deste valor. O restante, disse ele, fica em poder do governo de Cuba. “Se isso não é exploração no trabalho, eu realmente não sei o que é” disse ele. (FD)

LICITAÇÃO - Airto Ferronato (PSB) falou que faz tempo que se fala na licitação nas empresas de ônibus. De acordo com Ferronato, o prefeito vem trabalhando na redação, nas regras da licitação do transporte coletivo na cidade de Porto Alegre. O líder do governo disse que são regras que não se escreve em poucas semanas. “Ainda não está completo, mas está avançado”, salientou. Ferronato afirmou ser favorável que os ônibus tenham ar condicionado. O vereador lembrou ainda que foi o primeiro vereador a apoiar o OP e por isso fez palestras no País inteiro. Vamos discutir com a população o ar condicionado nos ônibus. (GS)

PASSAGEM - Sofia Cavedon (PT) disse que a tarifa de Porto Alegre era a 12ª mais cara do país no governo do PT. No governo Fogaça, passou para a segunda mais cara. Sofia disse que no ano passado o governo federal deu isenção de impostos, PIS e Cofins. “O governo estadual não tem que reduzir o ICMS, segundo ela. A Casa está se omitindo. Não adianta ter audiência pública”, destacou a vereadora. Sofia concluiu dizendo que a greve dos rodoviários é histórica. (GS)

GREVE - Reginaldo Pujol (DEM) destacou que o serviço de ônibus de Porto Alegre tem sido o melhor do Brasil. Pujol lembrou que o governo do PT passou 16 anos administrando a Prefeitura e nunca fez licitação no transporte público. "Tem gente querendo que as empresas quebrem e não lucrem. Querem o caos", disse. (GS)

PREJUÍZO - Idenir Cecchim (PMDB) destacou os prejuízos da greve dos ônibus. Cecchim afirmou que a Santa Casa deixou de realizar 40% das cirurgias por causa da greve e o comércio no Centro de Porto Alegre perdeu 50%. Segundo o vereador, poucos trabalhadores querem continuar com essa greve. (GS)

PALCO - Jussara Cony (PCdoB) destacou a proposta do presidente da Câmara, Professor Garcia (PMDB), que ofereceu ao Executivo a Casa como “palco” para uma audiência pública, oportunizando a participação da Prefeitura, dos rodoviários e da população para discutir uma saída à crise dos ônibus. A vereadora ainda criticou a licitação do transporte e a falta de ar-condicionado nos carros. “O debate do custo não pode ser um retrocesso, uma licitação que parte do princípio da retirada do ar é um retrocesso”. Cony ainda parabenizou o trabalho do vereador Paulinho Motorista (PSB). “Nada mais legítimo do que um trabalhador da classe na nossa Casa discutindo o que queremos para a mobilidade urbana”, declarou. (JM)

IRRESPONSABILIDADE - Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou hoje das ações do partido sobre a “ilegalidade” na qual funciona o transporte coletivo da cidade. “Sabemos o custo que tem no bolso do trabalhador ao mesmo tempo que a qualidade do transporte não renova. A passagem subiu o triplo da inflação e o salário dos trabalhadores não acompanha”, afirmou. Melchionna ainda acusou o banco de horas de ser “uma burla à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, que dá direito aos trabalhadores com mais de seis horas de jornada a uma hora de descanso. A vereadora ainda criticou a falta de ar-condicionado na licitação, como uma “irresponsabilidade do governo Fortunati”, e classificou como lamentável a entrevista do prefeito, que anunciou o aumento das passagens para março. “Parece mais uma vez que está atendendo ao interesse dos empresários”, finalizou. (JM)
  
Textos: Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
           Guga Stefanello (reg. prof. 12.315)
   Juliana Mastrascusa (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)