Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos tempos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (8/4), na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores debateram os seguintes temas:


POLÍTICA - Rodrigo Maroni (PCdoB) afirmou que acredita na política e respeita as diversas opiniões partidárias, contanto que elas sejam qualificadas e honestas. "Na verdade, a política tem mostrado que há pessoas boas e com intenções claras de que se deve fazer o melhor para a população", disse. O vereador criticou aqueles que acreditam que somente é possível exercitar a política estando filiado a um partido e destacou diversos movimentos apartidários que estão, diariamente, lutando por uma causa. "Temos de utilizar o espaço da política para trabalhar em prol da saúde, da educação e de todos os aspectos que tornam a vida dos cidadãos mais agradável e feliz", concluiu. (JD) 

COERÊNCIA - Jussara Cony (PCdoB) afirmou que o PCdoB se constitui como oposição ao governo na Câmara Municipal. No entanto, segundo a vereadora, o partido articula a sua postura política pensando sempre no benefício da população. "A nossa oposição política não é irresponsável nem indiferente e sim contribuinte do bem-estar dos cidadãos de Porto Alegre", disse. Jussara ressaltou que a história esquerdista do PCdoB deve ser mantida, em prol da coerência partidária. "Mas não será por este motivo que nós, como oposição, não iremos dialogar com os outros partidos, pois precisamos entender que o respeito ao colega deve prevalecer sempre", ressaltou. (JD) 

TERCEIRIZADOS - Clàudio Janta (SDD) falou da regulamentação da terceirização que está tramitando no Congresso Nacional. "Temos que garantir os direitos dos trabalhadores terceirizados, mas, temos de refletir os motivos que levam o governo a terceirizar setores que deveriam estar ocupados por cargos públicos", disse. O vereador afirmou que a terceirização é benéfica quando não se escraviza e promove o abuso do trabalhador. "Deste projeto de regulamentação dos terceirizados, acredito que irá prevalecer a força dos sindicatos, dos coletivos e de todos os movimentos que representam os trabalhadores", afirmou. (JD) 

PRECONCEITO - Tarciso Flecha Negra (PSD) afirmou que a sua luta como vereador será sempre a busca por benefícios sociais às crianças, para que elas se tornem cidadãos de bem. "Me preocupa o preconceito que gira em torno das escolas e das crianças e tento mostrar a elas que o melhor caminho é amar o próximo sem distinção de cor, crença ou time de futebol", disse. O vereador ressaltou que é preciso que cada cidadão olhe para o próximo como um ser humano e procure viver com alegria, satisfação e amor ao semelhante. "É difícil lutarmos contra o preconceito, pois as pessoas não entendem que o que importa realmente é o que está dentro do coração, e a manifestação de preconceito dói muito na sua vítima e na sua família", concluiu. (JD) 

TINGA - Fernanda Melchionna (PSOL) falou do projeto que propõe o tombamento da Escola de Samba Estado Maior da Restinga. "A comunidade está se mobilizando durante anos para a realização da manutenção do espaço. E agora querem deslocar a escola para uma localidade longínqua." Segundo a vereadora, o espaço onde está a escola hoje em dia é acolhedor, cultural e possui uma grande história dos carnavais de Porto Alegre. "Todos nós sabemos que o povo conquistou seus instrumentos pela mobilização dos moradores do Bairro Restinga e apoiadores da Escola. Estão todos na luta contra para a preservação do local." (CPA)

IGUALDADE - Bernadino Vendruscolo (PROS) comentou os desentendimentos entre vereadores na Câmara. "Eu, junto com o vereador Thiago, buscamos por justiça. Nós queremos tratamento igualitário. Queremos que os projetos do Executivo tenham os mesmos valores que os projetos realizados pelos vereadores." Segundo Vendruscolo, é obrigação do Executivo tratar com igualdade os projetos da Casa e citou um projeto que está desde janeiro aguardando parecer. "Devemos ter consideração pelo trabalho do próximo. É um trabalho realizado na Câmara. Eu não sei de onde tiraram esta ideia que projetos do Executivo possuem preferência." (CPA)

LEI 4.330 - Jussara Cony (PCdoB) falou da posição de sua bancada em relação à Lei Federal 4.330, que defende a terceirização dos trabalhadores. "Ela oprime e não resolve a situação dos trabalhadores. É o fim da CLT e mais uma demostração de atraso do Congresso Nacional. E nós já adiantamos, o PCdoB vai contra esse processo. Nós somos totalmente contrários a isso." Segundo a vereadora, vetar o projeto é uma maneira de reivindicar e manifestar apoio aos trabalhadores brasileiros. "Nós estamos cansados de impunidade e injustiça com quem trabalha de forma digna; queremos lutar pelo caminho certo." (CPA)

REDENÇÃO - Nereu D"Avila (PDT) citou a matéria de Zero Hora, do dia 31 de março, a respeito da falta de iluminação na Redenção. "Ao ler a matéria, uma coisa me chamou atenção: o depoimento do delegado Romildo Pereira, que dizia o seguinte: A Redenção é o local onde tem mais assaltante e vagabundo por quilometro quadrado no Brasil inteiro. Nunca me senti tão impotente na minha vida." Nereu criticou o fato de vereadores não serem a favor do cercamento do local. Ele acredita que "a voz da população é indispensável para a solução do problema" e ressaltou: "Se fosse o caso do cercamento, teriam horários de funcionamento e mais segurança para quem frequenta o local". (CPA)

GOVERNO - Engenheiro Comassetto (PT) subiu à tribuna para fazer uma reflexão e análise crítica sobre os 100 dias do governo Sartori. “Até agora nada foi realizado. Tivemos ainda o corte das verbas para saúde e educação. O tema segurança está em falta. Todos jornais registraram cinco assaltos por dia nos bancos do Rio Grande do Sul. Foram cortadas as horas extras da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Os concursados da Brigada Militar e da Polícia Civil aguardam para serem nomeados”, comentou o vereador, acrescentando que, na última semana, ouviu críticas de que a Delegacia da Restinga está "jogada às traças". (MK)

GOVERNO II - Idenir Cecchim (PMDB) defendeu o governo Sartori, ressaltando que, em 100 dias de gestão, o governador apenas respondeu ao que ele tem feito, não fazendo nada debaixo do tapete. “O DMLU, se fosse multar as cascas de banana do governo Tarso, teria faturado uma fortuna. A direção do PT acostumou-se com cadeia e a ver o sol quadrado. Grande parte da direção do PT está na cadeia. O PT ficou sem moral alguma para cobrar nada. É melhor não fazer nada do que botar a mão no dinheiro público, melhor mesmo é ser honesto”, defendeu. (MK)

GOVERNO III – Mônica Leal (PP) respondeu às acusações. “Entre chocada e surpresa, eu vou responder ao colega Comassetto. O governador Sartori está tentando administrar o caixa zerado, o rombo que deixou o governo que passou. O ex-governador Tarso Genro chegou ao cúmulo de usar empréstimos de investimentos para pagar despesas e folhas de pagamento. O PT deixou de tal forma as finanças zeradas do Estado que nós estamos vivendo este caos. Agora, vereador Comassetto, eu fico muito impressionada com esta atitude sua e do seu partido, em não enxergar o que está acontecendo no país. O PT querer falar dos 100 dias do governo Sartori, quando nós estamos vendo o maior nível de corrupção instalado neste país.” (MK)

Textos: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
           Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
           Mariana Kruse (reg. prof. 12.088)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)