Sessão Ordinária / Grande Expediente e Lideranças

DESCASO - "Receber R$ 600,00 é um desrespeito. É um ataque violento ao direito dos trabalhadores", assim iniciou Fernanda Melchionna (PSOL), ao citar a folha de pagamento dos servidores públicos estaduais. Conforme citou a vereadora, o governador José Ivo Sartori optou pelo massacre de funcionários, tomando medidas drásticas para amenizar a crise. "O governador optou pelo terrorismo da população, enquanto outras diversas opções estão aí. E mais: em meio a um problema desta gravidade que vive o Rio Grande do Sul, onde milhares de famílias não sabem como vão pagar suas contas, o governador vai para a Expointer se divertir." Ao finalizar, ressaltou que apoia as futuras manifestações para reivindicar melhores condições de trabalho. (CPA)

GOVERNOS - Carlos Casartelli (PTB) falou sobre a crise econômica no Rio Grande do Sul. "Cada governador gastou ano após ano mais do que lhe era imposto. Não devemos achar um culpado para quem gastou mais. Atualmente vivemos uma situação caótica." Segundo Casartelli, a insensibilidade do governo federal é um dos fatores que mais prejudicam o Estado. "O ente federado não pode lucrar sob a dívida do outro. O governo federal também vive um momento difícil, mas deve resolver seus problemas sem misturar o governo do Estado." (CPA)

SERVIDORES - Dizendo ser impossível não mencionar o assunto, Marcelo Sgarbossa (PT) iniciou o período de liderança de seu partido comentando o parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais. O vereador não vê justificativa para o governo estadual não ampliar os saques dos depósitos judiciais. "Pintaram um quadro em que a crise do Estado parece ter surgido agora, sendo que ela já tem algumas décadas. Falar apenas que tudo vai mal só aprofunda essa situação, afinal a economia é uma ciência de expectativas", argumentou. Marcelo também defendeu o projeto de lei de sua autoria que flexibiliza os horários dos servidores municipais com o intuito de reduzir os congestionamentos no trânsito da cidade. "Romper com a lógica de que todos vão e voltam de seus locais de trabalho simultaneamente, o que prejudica o tráfego", sustentou. (CV)

CRISE - Sugerindo aos representantes do PMDB para que peçam desculpas em função do parcelamento de salários do governo José Ivo Sartori, o vereador Engenheiro Comassetto (PT) utilizou o telão do Plenário Otávio Rocha para contextualizar a crise do Estado historicamente e "acabar com o discurso que coloca tudo no colo do Tarso e da Dilma". A partir de uma matéria do site de notícias Sul 21, o vereador mostrou que as raízes da atual dívida pública do Rio Grande do Sul estão em governos da ditadura militar, que, nos anos 1970, teriam estimulado o endividamento das unidades federativas e assim alcançado o "milagre econômico". "Ao longo dos anos a situação foi se agravando, com diversos refinanciamentos e adoção de novos indexadores", explicou. (CV)