Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Nos tempos de Lideranças da sessão desta segunda-feira (7/3), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes assuntos:

NEGRAS - Tarciso Flecha Negra (PSD) começou seu discurso de liderança anunciando que ia "usar o seu tempo por uma causa justa: a das mulheres". Falou das dificuldades que as mulheres ainda sofrem, apesar dos avanços, e da luta maior que as negras enfrentam para ter acesso a políticas públicas e a direitos humanos, pois "as negras sofrem dupla discriminação: de cor e de gênero". Encerrou seu discurso dizendo:"Nós ajudamos a construir esse país e fomos deixados de lado" - referindo-se, dessa vez, a todos os negros.(AZ) 

TAXISTAS - Fernanda Melchionna (PSOL) falou de seu Projeto de Lei que será votado na próxima quarta-feira (9/3) e que prevê a proibição da incineração de resíduos em Porto Alegre. Falou também sobre o Projeto de Lei que visa uma cota de 20% para mulheres na frota de taxistas. Justificando sua posição (a favor da aprovação), Melchionna mostrou uma reportagem sobre mulheres que foram estupradas por motoristas de táxi. Acredita, contudo, que essa parcela de profissionais fazem parte da minoria, mas que ainda assim defende o direito dos passageiros escolherem se querem ser conduzidos por um homem ou por uma mulher. (AZ)

MULHERES - Nereu D"Avila (PDT) disse que o projeto de Melchionna é interessante, mas que "tem de ser ajustado à nossa realidade". Defendeu que propostas deste teor valorizam tanto as mulheres quanto homenagens e demonstrações de carinho. "Que medidas concretas sejam apresentadas, não só discursos", afirmou. Concluiu dizendo que a Lei Maria da Penha devolveu a dignidade das mulheres e declarou apoio: "Ao lado delas nós estamos". (AZ)

REDE - Mauro Pinheiro (Rede) agradeceu ao PT, partido que representou por 15 anos na Câmara. Falou do primeiro congresso oficial da Rede Sustentabilidade, seu novo partido, que ocorreu na última quinta-feira (3/9) em Brasília, onde foram discutidas formas de se fazer uma nova política e soluções para tirar o país da crise com base em economia sustentável e na ecologia. Comentou sobre o Elo dos Direitos dos Animais - produzido no congresso, o elo ira trabalhar contra todas as formas de exploração animal. Encerrou falando sobre a Operação Lava Jato: "Que prossigam as investigações necessárias". (AZ)
 
LULA – Ao comentar a condução coercitiva de Lula para depor na Polícia Federal, Jussara Cony (PCdoB) disse que “o povo não admite abuso de poder e opressões, venham de onde vier”. Segundo ela, pesquisa da Vox Populi aponta que o povo quer o combate à corrupção, mas sem golpes. Jussara citou a avaliação de vários juristas, “que apontam delírio ideológico, crescente atrevimento perante as leis e violação da Constituição” no episódio envolvendo Lula, entre eles José Gregory, Walter Maierovich e Marco Aurélio Mello, assim como Bandeira de Melo, para quem "há medo das classes dominantes, abuso e disparate". Para Jussara, a condução coercitiva de Lula foi uma ação seletiva. "Nenhuma ação como essa foi feita com relação a integrantes de outros partidos", disse. (CB)

LULA II - Mônica Leal (PP) leu página de Rosane de Oliveira, de ZH, comentando que a condução coercitiva não deveria ser boa para uns e ruim para outros. Conforme Mônica, citando a jornalista, há tentativa de desconstituir a decisão do juiz federal Sérgio Moro. De acordo com a vereadora, a coluna cita casos de uma secretária e de executivos que foram levados pela PF, mas nem por isso houve a mesma alegação de que a ação foi abusiva. Segundo o texto, mais de 100 mandados de condução coercitiva foram aplicados, porém não houve protestos contrários. O ex-presidente, de acordo com o lido por Mônica, foi depor algumas vezes, mas nem sempre com a presteza que deveria. Na opinião de Mônica, Lula não pode ser intocável. "Está na hora de o PT parar de insistir com suas mentiras." (CB)

LULA III - Engenheiro Comassetto (PT) disse que foi "uma avalanche" a reação ocorrida após o episódio com Lula. "Evocamos muitas lideranças políticas, que fizeram história, como Brizola", disse. Para o vereador, há tentativa de golpe, com o que concordam magistrados e juristas, como Marco Aurélio de Mello, que se mostrou indignado. Conforme Comassetto, a condução coercitiva é aceita somente depois de convite para depor. Para ele, o golpe está sendo engendrado com apoio da mídia. "A lei tem que valer para todos. Não se pode rasgar a Constituição, e esta não é uma causa de petistas", declarou. "Precisamos enfrentar a onda de fascismo no Brasil." (CB)

LULA IV – Idenir Cecchim (PMDB) afirmou que não se pode aceitar que "ladrões da pátria roubem também a consciência dos brasileiros". Para ele, as ameaças devem parar, seja de Lula ou de qualquer outra pessoa. "Escutei o discurso de Lula, que poderia ser do Marcola ou do Fernandinho Beira-Mar. Todos se dizem inocentes", lamentou. Para Cecchim, o PT não tem como mobilizar mais gente do que funcionários do governo e de sindicatos. "Liquidaram com o Brasil. E essas elites que eles falam tanto estão junto com Lula, no colo de Lula. O Eduardo Cunha também estava no colo do Lula até poucos dias atrás." Segundo o vereador, "querem transformar o chefe da gangue em herói nacional, mas o povo não vai aceitar aceitar ameaças". (CB)

PRÉ-SAL - Sofia Cavedon (PT) cobrou do vereador Idenir Cecchin (PMDB) que assuma a responsabilidade pela participação do partido dele, que está na vice-presidência da República. Lembra que, se a corrupção existe em todos os partidos, todos devem ser submetidos à lei. Por outro lado, considerou grave a retirada de garantia de que a Petrobras possa manter o controle sobre o pré-sal. “Isso significa a perda também de investimentos na área da educação”, lamentou. (FD)


Textos: Ananda Zambi (estagiária de jornalismo)
          Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
          Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)