Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário.
Movimentação no Plenário Ana Terra na sessão desta quinta-feira (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

No período de Lideranças da sessão plenária desta quinta-feira (11/8) da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadoras e vereadores discutiram os seguintes temas:

PROJETO - Fernanda Melchionna (PSOL) defendeu o projeto de lei criado em parceria com o ex-vereador Pedro Ruas (PSOL) que amplia o prazo para licença paternidade dos servidores municipais de 10 para 20 dias e que recebeu o veto da Prefeitura. “No projeto inicial eram 30 dias, mas colocamos uma emenda diminuindo o período para conseguir aprová-lo e para mostrar que estamos abertos ao diálogo. Mesmo assim, ele foi vetado”, lamentou. Em conversas com os vereadores para conseguir derrubar o veto, Fernanda defendeu que “todos querem votar conforme o desejo dos trabalhadores municipais” e que a aprovação seria “um grande ganho para a cidade de Porto Alegre”, pois os pais poderiam viver os primeiros dias com a criança e ajudar a mãe. Por fim, a vereadora ressaltou que o projeto defende, principalmente, o direito das crianças. (CM)

SAÚDE – Jussara Cony (PC do B) iniciou falando sobre a audiência pública realizada a pedido do Conselho Municipal de Saúde e que contou com a participação de diversas entidades da área para debater as declarações dadas no início do mandato do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que “foram antagônicas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atacaram, muito, os trabalhadores do ramo”. O ministro, segundo Jussara, afirmou que os profissionais do quadro do Grupo Hospital Conceição não teriam seriedade para assumir cargos mais importantes e chefiar os colegas. “Como se na Saúde não teria que se trabalhar em equipe e com responsabilidade”, afirmou a vereadora, que criticou o comentário de Barros exaltando que os homens procuram menos os médicos porque trabalham mais. “As mulheres trabalham mais que os homens; elas têm duas jornadas de trabalho", finalizou Jussara. (CM)

TRANSPORTE – Apresentando o resultado da pesquisa realizada pelo PT com 900 usuários de ônibus de diversas regiões de Porto Alegre, Engenheiro Comassetto (PT) explicou que foi exposto um conjunto de perguntas do início de junho ao começo de agosto. A primeira questão era se o transporte público havia melhorado após a licitação dos ônibus. “Do total, 66 pessoas disseram que sim, 144 que estava igual e para 684 o transporte até piorou nos últimos meses”, relatou. De acordo com os pesquisados, o principal problema é a superlotação, escolhida por 555 usuários, e o não-cumprimento dos horários foi a resposta de 440 pessoas. “Nós falamos desde o início que essa licitação seria mais do mesmo, e a pesquisa mostra que isso está se tornando realidade. Para Comassetto, “quem tem que fazer a gestão estrutural e fiscal do transporte coletivo é o poder público municipal” e não as empresas de ônibus. (CM)

TRANSPORTE II – Abordando também a pesquisa realizada com 900 usuários do transporte coletivo de Porto Alegre, a vereadora Sofia Cavedon (PT) alegou que o partido já havia alertado sobre os problemas que poderiam ocorrer com a licitação. “Ela não incorporou novas formas de controle do transporte público, só legalizou o que já vinha sendo feito, e não mudou os problemas que são expostos pela população”, afirmou. Conforme os dados da vereadora, as linhas de ônibus geram R$ 3 milhões por dia com as passagens, e este dinheiro vai para a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) e não para os cofres municipais. “Nós criamos um projeto de lei que coloca a prefeitura como responsável pela gestão do transporte público” para controlar o dinheiro recebido. O PL está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e foi a razão para a realização da pesquisa. (CM)  

Texto: Cleunice Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)