Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Dr. Goulart
    Vereador Dr. Goulart (PTB) (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Vereadora Sofia Cavedon na tribuna
    Vereadora Sofia Cavedon (PT) (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre discutiram os seguintes temas na sessão ordinária desta segunda-feira (7/8), durante o período destinado às Lideranças partidárias:

GOVERNO – Sofia Cavedon (PT) achou injusto o veto do prefeito em relação ao projeto do vereador Marcelo Sgarbossa (PT), que prorroga até 2020 o prazo para permissão de circulação de carrinheiros e catadores de resíduos recicláveis na Capital. Quanto ao funcionalismo municipal, Sofia se disse espantada com a capacidade do prefeito enfrentar políticas contra os servidores. “Me orgulho da qualidade do servidor público, pois se há falhas são falhas de gestão”, afirmou. A vereadora falou também sobre a posse dos vereadores suplentes Carolina Roussef e Professor Bernardo, ambos do PT. De acordo com Sofia, a posse dos vereadores marcou o mês da juventude e a postura do partido, que investe nos jovens. (MF)

VIOLÊNCIA – Falando em nome de todos os vereadores e de toda a bancada do PMDB, Comandante Nádia discursou sobre a importância da Lei Maria da Penha, que completa hoje 11 anos. “Estou vestindo luto por aquelas mulheres que morreram pelo simples fato de serem mulheres”, lamentou. A vereadora apresentou um vídeo durante seu pronunciamento, no qual tratava de exemplos de casos de violência contra mulheres. Nádia falou também a respeito de dados que mostram o aumento da violência doméstica no Brasil. “Felizmente tem hoje a Lei Maria da Penha, reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações no mundo”. Conforme Nádia, mesmo tendo a lei que vem promovendo um grande combate à violência, ainda há muito o que fazer. A vereadora afirmou que é preciso assegurar o devido acompanhamento dessas vítimas para que se sintam seguras e protegidas. (MF)

CARRINHEIROS - Também em defesa da permanência do projeto que prorroga o prazo para circulação de carrinheiros e catadores de resíduos recicláveis, Fernanda Melchionna (PSOL) criticou o veto do prefeito e disse ser "uma faca no pescoço" de quem trabalha fazendo reciclagem em Porto Alegre.  Para a vereadora, é inadmissível que o prefeito tire a possibilidade de renda de milhares de famílias na Capital. Ela ainda defendeu um debate conjunto com a população. “Achamos fundamental garantir direitos, mas também garantir recursos e que a coleta de resíduos seja feita por quem conhece”, destacou. De acordo com Fernanda, falta educação ambiental e aplicação do Código de Limpeza Urbana, que garante que 25% das multas sejam destinadas ao processo de coleta. (MF)

CARRINHEIROS II - Para Roberto Robaina (PSOL), a crise econômica é muito grave e qualquer tipo de ataque aos direitos do trabalhador necessita ser derrotado. “Não é possível que, numa recessão, um trabalho difícil e sem apoio, como o trabalho dos carrinheiros, seja atacado”, criticou. Conforme Robaina, parte da população vive em condições precárias e se defende como pode realizando um serviço que poderia ser melhor utilizado pelo governo. “Quando a Câmara votou este prazo de cinco anos, votou por ampla maioria, compreendendo a necessidade básica dos trabalhadores”. De acordo com ele, um governo que veta esta compreensão da maioria dos vereadores joga na rua centenas de famílias. Robaina ainda disse que espera que o projeto seja garantido e que os vereadores não se curvem diante da medida do prefeito. (MF)

CARRINHEIROS III - Dr. Goulart (PTB) lembrou a discussão feita no período em que presidiu a Câmara, em que foi criada uma comissão especial sobre o tema. “À época, não debatemos apenas os recursos, mas a segurança dos trabalhadores, principalmente na travessia sobre a Ponte do Guaíba”, rememorou. O vereador salientou que a matéria a ser votada já foi objeto de acordo entre os parlamentares, com a anuência dos carrinheiros. “Temos que votar a favor dos carrinheiros e carroceiros, e não esquecer que eles também ajudam a limpar a cidade”, completou Goulart. (PE)

CARRIS - Felipe Camozzato (NOVO) chamou atenção do Executivo para a demora na apresentação do balanço de 2016 da Carris e criticou a manutenção estatal da empresa. “É inadmissível que um município como Porto Alegre continue tendo uma empresa de transporte deficitária enquanto não temos bons índices educacionais e postos de saúde sem atender suficientemente a população”, afirmou. Camozzato também se posicionou contra o modelo atual do transporte. “Ele protege um oligopólio e estabelece regras bastante engessadas”, apontou. Por fim, o parlamentar garantiu que votaria pela derrubada do veto ao projeto que garante a circulação de carrinheiros até 2020. (PE)

Texto: Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
            Paulo Egídio (estagiário de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)