Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

Durante o período de Lideranças da sessão plenária desta quarta-feira (27/5), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

DEMOCRACIA - Jussara Cony (PCdoB) cumprimentou Ariane Leitão (PT) pela oportunidade de atuar como vereadora de Porto Alegre. "É um prazer tê-la aqui e sei que será competente a atuante no teu caminho", disse. A vereadora ainda lembrou que o PCdoB foi contra o financiamento privado de campanha no Congresso Nacional e a favor do voto distrital. "Demonstramos que estamos interligados com a volta da democracia plena no Brasil", disse. A vereadora disse que a contrarreforma é uma política contra o campo democrático popular e desfortalece o poder público. (JD)

CNPJ - Idenir Cecchim (PMDB) criticou quem é contra o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e disse que assistiu a alguns discursos hipócritas, ontem, no Congresso Nacional sobre o assunto. "Para mim, não importa se a empresa tem CNPJ ou não. O que eu quero é que o financiamento privado de campanha seja sério e competente", disse. O vereador criticou os parlamentares que trocam de partidos e citou o exemplo de Maria do Rosário, que saiu do PCdoB para o PT. "Ao contrário deste ato, temos o vereador Cláudio Janta (SDD), que criou um partido para ter como agir de acordo com suas ideias e propostas", afirmou. (JD) 

RECURSOS - Cláudio Janta (SDD) criticou a retirada de recursos financeiros da presidente Dilma Rousseff dos setores da saúde e da educação. "Este montante de dinheiro poderia ajudar o país a melhorar as suas condições de vida e, socialmente falando, poderia criar mais empregos e mais cursos técnicos para jovens aprendizes", disse. O vereador disse que o problema do Brasil está na falta de reforma estrutural, pois não se possui, atualmente, parâmetro nem regra para nada que diga respeito ao exercício político. "No Brasil, quem tem mais leva mais, mas isto é bom para quem tem a estrutura da mídia ao seu lado", concluiu. (JD)

MULHERES - Mônica Leal (PP) saudou a recém-empossada vereadora Ariane Leitão (PT) por
sua presença na Câmara. Para Mônica, é mais um exemplo da crescente participação feminina nos diversos espaços de poder da sociedade. Porém, ainda existem diversas dificuldades para que este segmento social se aproprie e se insira na política. "As mulheres enfrentam jornadas triplas de trabalho, às vezes não possuem tanto interesse pela política ou mesmo encontram dificuldades de atuação dentro dos partidos", enumerou Mônica. Ainda no tema, a vereadora comentou o lançamento da campanha por mais mulheres na política, ocorrido na segunda-feira, contando com a presença de diversas lideranças. Mônica também celebrou os 102 anos da previdência GBOEx. (CV)

ESCLEROSE - João Bosco Vaz (PDT) lembrou o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, doença auto-imune que ataca milhares de pessoas no mundo. Bosco comemorou que, graças aos avanços da medicina, já exista hoje remédio para combater a enfermidade. Ele comentou que sua filha é portadora da doença, bem como o filho do ex-vereador Luiz Braz e a mãe do vereador Clàudio Janta (SDD). "Os medicamentos são caríssimos, custam entre R$ 6 mil e 10 mil, ainda bem que o Estado cumpre seu papel e os fornece. Quando isto não ocorre, o poder Judiciário ordena imediatamente a reposição do estoque", relatou, ressaltando que os avanços médicos permitem que os portadores da doença sigam trabalhando e realizando seus afazeres. (CV)

CONTRARREFORMA - Fernanda Melchionna (PSOL) comentou a votação de itens da Reforma Política no Congresso na noite desta terça-feira (26/5). Para a parlamentar, ao rejeitar o chmado Distritão e a constitucionalização do financiamento empresarial de campanhas eleitorais, o Congresso repudiou o que ela chamou de tentativas de golpe do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Ele colocou em votação um projeto que era contrário ao que as ruas pediram, além de ter atropelado a discussão nas comissões. Era uma contrarreforma política. O Distritão desmantelaria a ideia de representação coletiva, de fortalecimento dos partidos", avaliou. Fernanda criticou o posicionamento do PCdoB em favor do Distritão, e cobrou que o ministro do STF Gilmar Mendes se posicione a respeito da questão. (CV)

PT FEMINISTA - Sofia Cavedon (PT) comemorou a chegada na Câmara de sua correligionária
Ariane Leitão, aproveitando para reconhecer o papel das mulheres na formulação de políticas públicas e sua importância no Legislativo. "Recordo das vereadoras Maria Celeste e Margarete Moraes, que presidiram a Câmara, assim como eu. Isso não é gratuito, é resultado do debate interno que ocorre sobre o tema dentro do nosso partido", afirmou. Sofia comentou que, no PT, desde o último congresso da sigla, todos os espaços partidários têm a garantia da presença paritária de homens e mulheres. "Não é que tenhamos acabado com o machismo entre nós, mas debatemos e lutamos para isso a todo momento", garantiu. (CV)

PARALISAÇÃO - Kevin Krieger (PP) falou do acordo feito entre governo municipal e Sindicato dos Municipários na retirada do projeto da Câmara sobre o efeito cascata, em troca da palavra dos grevistas de que não impediriam o ingresso de quem quisesse trabalhar. “Na segunda-feira, o sindicato não cumpriu o acordo e impediu o ingresso dos trabalhadores”, disse o vereador, reconhecendo que, na terça-feira, o sindicato liberou o ingresso e se reuniu com o Executivo. Durante o encontro, a prefeitura apresentou “uma proposta concreta” em que se comprometeu a enviar um projeto de lei. Concluiu dizendo que amanhã (28/5) haverá uma nova reunião no auditório da EPTC, onde espera que seja encontrada uma solução para por fim à greve dos municipários, que já dura uma semana. (FD).

Texto: Juliana Demarco (estagiária de Jornalismo)
          Caio Venâncio (estagiário de Jornalismo)
          Flávio Damiani (reg. prof. 6180)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)