Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Período de Lideranças de Partido. Na foto, o vereador Cláudio Janta.
    Vereador Janta apresentou vídeo com declarações de Marchezan (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)
  • Período de Lideranças de Partido. Na foto, o vereador José Freitas.
    José Freitas criticou corte em emendas apresentadas ao Orçamento 2018 (Foto: Henrique Ferreira Bregão/CMPA)

Na sessão ordinária desta quarta-feira (22/11), da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores fizeram os seguintes pronunciamentos no Plenário Otávio Rocha, por ocasião das Comunicações de Lideranças:

PREFEITO I – “É de extrema importância a vinda do prefeito a esta Casa para dizer o que quer com o seu governo”. Ao fazer esta afirmação, Aldacir Oliboni (PT) defendeu que o plenário aprove convocação a ser feita a Nelson Marchezan Júnior para comparecimento ao Legislativo da Capital de modo não apenas a explicar declarações feitas em congresso do MBL, em São Paulo, no qual classificou os parlamentares de “cagões”, mas também para que explique suas ações em relação a Porto Alegre. “O prefeito precisa dizer o que pensa da cidade e da Câmara”, salientou. “Nossa preocupação é governar e atender as demandas dos cidadãos. E o governo tem deixado muito a desejar”, completou. Oliboni lembrou ainda que, desde o início do atual governo, 15 secretários ou presidentes de autarquias já deixaram suas pastas.  (HP)

PREFEITO II -  “O prefeito falou e tá falado”, afirmou Clàudio Janta (SD) ao comentar explicações dadas por Nelson Marchezan Júnior sobre pronunciamento feito em São Paulo, no dia 11 de novembro, durante encontro do MBL, quando qualificou os parlamentares de “cagões”. O vereador criticou a explicação de que o pronunciamento teria sido feito em “contexto de análise política” e afirmou:  “O prefeito é um bunda-mole”. Janta salientou que, no dia 11, conforme autorização votada pelo plenário da Câmara Municipal, o prefeito deveria estar em Barcelona, na Espanha. “Não estava lá, estava em São Paulo, fazendo circo com seus amigos”. Para Janta, chegou o momento de Marchezan Júnior explicar o que pretende fazer na cidade: “Tem que dizer também por que acha que a Câmara é responsável pelos erros de seu governo”. (HP)

PREFEITO III – Marcelo Rocha (PSOL) lembrou que Nelson Marchezan Júnior foi deputado federal por 10 anos: “Se fala que os parlamentares são cagões, é pela própria experiência”. O vereador recordou ainda que o atual presidente do partido do prefeito, o PSDB, é o senador Aécio Neves (MG). “É um político corrupto, e o partido pouco fez para demovê-lo”. Rocha lamentou o estado de abandono da cidade, com buracos nas ruas, falta de atendimentos na saúde e problemas na educação. “Marchezan não tem capacidade de governar, não reúne mais condições políticas de governar, não tem capacidade de articulação, não tem capacidade emocional de fazer o governo que a cidade precisa”. O vereador criticou ainda a viagem do prefeito para a Europa, com um custo de R$ 80 mil - segundo ele -, ao mesmo tempo em que foram negados R$ 40 mil para a Parada Livre. (HP) 

EMENDASJosé Freitas (PRB) disse estar indignado com a rejeição de uma emenda relacionada ao Conselho Tutelar e uma relacionada à psoríase. Ontem visitou uma sede do Conselho Tutelar no bairro Sarandi e relatou que o local está com ar-condicionados instalados sem condições para uso há mais de um ano. Lembrou que a emenda que propunha R$ 22 mil para o fortalecimento dos conselhos tutelares não foi aceita. “Acho que o nosso relator não conhece ou não tem essa sensibilidade em relação ao trabalho do Conselho Tutelar”, avaliou. Freitas disse que foi aprovada uma lei para a criação de uma rede de atenção a pessoas com psoríase, mas que foram rejeitadas duas propostas, de R$ 100 mil e R$ 30 mil, no Orçamento. “Acho que o governo não sabe que Porto Alegre tem em torno de 44 mil pessoas com psoríase”, concluiu. (AF)

GOVERNO - Reginete Bispo (PT) se disse muito constrangida com a sessão de hoje. Em seu discurso, a vereadora declarou seu descontentamento com a Casa, que não votou a Moção de Solidariedade aos remanescentes de quilombos rurais. Em crítica ao governo municipal, Reginete pediu esclarecimentos sobre a situação do transporte público e a ausência de política de assistência social, que prejudica a população mais pobre da cidade. A vereadora ainda destacou que, no mês de novembro, período que representa a luta e a resistência do povo negro no Brasil, não foi possível vislumbrar nenhuma oportunidade de alteração de política pública voltada para a população negra. “Gostaria muito que o prefeito viesse aqui, porque as políticas destinadas aos que mais precisam não acontecem”. Reginete também sugeriu que a sociedade tome as ruas para mudar o cenário em 2018.  (MF)

PARLAMENTO - Ricardo Gomes (PP) criticou o Partido dos Trabalhadores (PT) dizendo que falta à sigla coerência no parlamento. Gomes chamou a atenção de vereadores que “apequenam” a discussão política da cidade, como o debate da verificação de quórum. “Temos problemas mais profundos e dificuldades imensas nos serviços públicos”, frisou. Para o vereador, o PT se dedica a criticar frases do prefeito, enquanto não toma providências quanto à postura do ex-presidente Lula. De acordo com Gomes, é preciso fortalecer as instituições para trabalhar em prol da cidade. (MF)

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)           
            Adriana Figueiredo (estagiária de Jornalismo)
           Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)