Plenário

Sessão Ordinária / Lideranças

  • Vereador Valter Nagelstein na tribuna do plenário
    Valter Nagelstein (PMDB) (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)
  • Vereador Engenheiro Comassetto na tribuna do plenário
    Engenheiro Comassetto (PT) (Foto: Guilherme Almeida/CMPA)

Nos tempos de Lideranças partidárias da Sessão Ordinária desta quinta feira (16/6) na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores abordaram os seguintes temas:

REFERÊNCIA - Rodrigo Maroni (PR) destacou a presença, na plateia, de, segundo ele, “uma das pessoas que tem significado fundamental em sua vida”. “O senhor Alcides é um vigilante que conheci quando precisei deixar meus cães aos cuidados dele, quando viajei”, disse o vereador. Maroni relatou que, ao retornar, além de encontrar seus cães bem cuidados, conheceu a história do vigilante e de sua esposa, que cuidavam de mais de cem cães. “Ele trabalhava à noite e durante o dia e, mesmo assim, cuidava muito bem dos animais”. O parlamentar disse que sua história na proteção animal começou ali. “Percebi que não havia feito nada perto do que o seu Alcides fez”, reiterou. (PE)

REPÚDIO I - Afirmando que Porto Alegre está “mergulhada em um caos”, Engenheiro Comassetto (PT) atribuiu a responsabilidade ao poder público local e ao governo do Estado. “A cidade está atacada por um conjunto de atitudes violentas e até covardes, que temos que repudiar”, declarou. O vereador descreveu a ação da Brigada Militar como “violenta e desnecessária”. “O Estado comanda Brigada Militar para colocá-la contra estudantes e servidores em greve”, disse ele. Comassetto também condenou o uso de spray de pimenta contra os estudantes e a ausência da polícia no combate à criminalidade, cujos índices são alarmantes. “Os verdadeiros bandidos estão soltos matando outros jovens, pois já são mais de 800 assassinatos: um caos da segurança pública”, finalizou. (PE)

REPÚDIO II - Condenando a “criminalização de movimentos sociais”, Jussara Cony (PCdoB) afirmou que, cada vez que se impede a luta de estudantes e trabalhadores, há um retrocesso nos direitos humanos. “Baixou o fascismo no desgoverno Sartori”, sentenciou, criticando o governador do Estado. Na mesma linha, repeliu a ação da Brigada Militar na desocupação do prédio da secretaria Estadual da Fazenda. “Os estudantes foram retirados de forma truculenta, e isso mostra o despreparo das autoridades para dialogar com os movimentos de luta”, alegou. Jussara também defendeu o diálogo da prefeitura municipal junto aos servidores em greve. (PE)

MUNICIPÁRIOS - Sofia Cavedon (PT) pregou o diálogo e a mediação no trato às manifestações. “Precisamos ensinar para os jovens a democracia e resolver os conflitos dentro das regras democráticas”, disse. Falando sobre a paralisação dos municipários da Capital, a vereadora expôs que as manifestações têm sido ordeiras, ainda que as reuniões tenham sido infrutíferas. “Os servidores não aceitaram a proposta que não repõe a inflação”, declarou. Segundo Sofia, “falta muito pouco para construir um acordo com a categoria”. “Nós fazemos um apelo para que a prefeitura sinalize uma proposta melhor, acreditando que a interlocução com o funcionalismo deve ser saudável”, ponderou. (PE)

CRÍTICA - Valter Nagelstein (PMDB) criticou as invasões na Secretaria Estadual da Fazenda, por estudantes, e ao Centro Administrativo Fernando Ferrari, coordenada pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers). O vereador afirmou que as reivindicações das escolas são antigas, pois “há muito tempo estão em situação precária e os professores precisam ganhar mais”, mas é contrário ao uso de adolescentes em manifestações e que é preciso agir dentro da lei. (CS)

VIOLÊNCIA - Lamentando os incidentes que aconteceram na desocupação da Secretaria Estadual da Fazenda, Prof. Alex Fraga (PSOL) observou que foi uma atitude totalmente truculenta da Brigada Militar. “Podemos concordar ou não com as atitudes que os jovens tomaram no dia de ontem, agora, precisamos respeitar os seres humanos, o que aconteceu ontem foi uma violação dos direitos humanos”. Como vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), ele comentou que foi até o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca) verificar como estavam os jovens que participaram da ocupação. (CS)

VIOLÊNCIA II - Claudio Janta (SD) repreendeu os atos da Brigada Militar na desocupação da Secretaria Estadual da Fazenda. “Contingente de brigadiano para bater em criança tem. Quero ver colocar contingente da Brigada Militar para enfrentar bandido”. O vereador também criticou a falta de policiamento nas ruas da Capital e indagou “por que (a Brigada) não está nas periferias ou aparece para nos dar a sensação de segurança?”. E acrescentou que “não adianta culpar quem está nas ruas” reivindicando seus direitos. (CS)

INVASÃO - Criticando a invasão das escolas realizadas pelos alunos da rede estadual de ensino, João Carlos Nedel (PP) disse que não concorda com essas atitudes. “Eu nunca pensei ouvir que estudantes invadiriam uma escola onde eles estudam gratuitamente e querem direitos. Direitos de quê? De estudar, evidente, mas estão impedindo o direito de estudar de outros estudantes”. O vereador completou dizendo que os ocupantes já haviam sido notificados que eram para liberar o prédio da Secretaria Estadual da Fazenda e não cumpriram o prazo estabelecido pela justiça. (CS)

Texto: Paulo Egidio (estagiário de Jornalismo)
           Cleunice Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)