Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

CONSCIÊNCIA - Delegado Cleiton (PDT) falou sobre o feriado da Semana da Consciência Negra em Porto Alegre, aprovado ontem pelos vereadores da Câmara Municipal. "Foi um sonho realizado por muitos porto-alegrenses", disse. Ele destacou que a data serve para todos refletirem sobre o papel do negro na sociedade e parabenizou os 36 vereadores que votaram a favor do projeto. O vereador afirmou que espera que o prefeito José Fortunati sancione a lei. Delegado Cleiton citou ainda o projeto sobre as aposentadorias especiais para deputados gaúchos, que está em tramitação no Legislativo estadual. "Com todo o respeito, mas acho que temos de repensar o modo como vemos a política, pois ela não é uma profissão e, por isso, sou contra esse projeto", concluiu. (JD)   

DEMISSÃO - Cláudio Janta (SDD) falou sobre a Moção de Solidariedade aos trabalhadores do Grupo Iesa, localizado na cidade de Charqueadas. "Por causa da Operação Lava-Jato, que está investigando denúncias de corrupção na Petrobras, a Iesa rompeu o contrato com a multinacional e agora quer descontar nos trabalhadores", disse. Segundo Janta, serão em torno de mil demissões na empresa. "Como sempre, os trabalhadores saem perdendo, pois perdem o seu emprego e as suas garantias legais sem ter culpa nenhuma", disse. (JD)

INCLUSÃO - Tarciso Flecha Negra (PSD) mostrou a camisa da Semana da Consciência Negra e ressaltou que o evento é um momento de reflexão sobre as diversas cores das faces dos brasileiros. Ele afirmou que a inserção do negro nos setores ativos da sociedade deve ser debatida todos os dias do ano, para que um dia se tenha um mundo onde todos se respeitem e ninguém seja desqualificado por causa da sua cor. "O dia em que nós pararmos de nos preocupar com a cor da pele, e sim com a consciência humana, será um sinal de que o racismo finalmente acabou", concluiu. (JD) 

CONTAS - Alberto Kopittke (PT) apresentou resumo do mapa da segurança pública de Porto Alegre, realizado pela Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh). "Além de números da violência, buscamos as razões para o aumento significativo da insegurança pública", disse. Segundo ele, destacam-se: a falta de planejamento de políticas integradas entre município e estado; a falta de avaliações de impacto dos resultados da criminalidade e da vitimização; o aumento dos homicídios, que em sua maioria não são investigados, e dos roubos de veículos na Capital (quase 6 mil registrados). Kopittke destacou ainda que atualmente existem em torno de 7 mil profissionais trabalhando na área da segurança pública, na Capital. "Parte do efetivo está no setor administrativo e atua de forma reativa ao crime, ao invés de preventiva." Concluiu destacando o aumento de ocorrências de violência nas escolas de Porto Alegre, "que tende a se agravar nos próximos anos, se nada fizermos". (JD)