Plenário

Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente

  • Movimentação de plenário. Na foto: Vereador Valter Nagelstein na tribuna do plenário.
    Valter Nagelstein (PMDB) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto: vereador Rodrigo Maroni na tribuna do plenário.
    Vereador Rodrigo Maroni (PR) (Foto: Matheus Piccini/CMPA)

Durante a sessão ordinária desta segunda-feira (28/11), nos tempos destinados às Lideranças partidárias e Grande Expediente, vereadoras e vereadores trataram dos seguintes temas:

FINANÇAS - Idenir Cecchim (PMDB) questionou a decisão do prefeito José Fortunati em não dar descontos no IPTU: “A população faz poupança para pagar o IPTU com desconto”. O principal tema do discurso de Cecchim foi a crise na economia da cidade, do estado e do país. “Ainda bem que o agronegócio está segurando a economia brasileira. O Rio Grande do Sul tem grande produção na metalurgia e em máquinas agrícolas, o que certamente dá um ânimo nesse setor. Vi que na Ordem do Dia tem um projeto de Moção de Protesto ao Governo Sartori. Ora, antes de fazer moção, vamos trabalhar um pouco mais. Nada é melhor que o trabalho para recuperar as finanças do estado, não protestando. Aliás, esses manifestantes que bloqueiam ruas são o Exú da população. Fazer isso perde a legitimidade”, declarou Cecchim. Por fim, o vereador falou sobre o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral: “É o PMDB mais próximo do Lula que está sendo preso. Estou aplaudindo a prisão de todo mundo que é ladrão, independentemente de partido”. (AZ)

COMUNISMO - Valter Nagelstein (PMDB) questionou a ausência de um minuto de silêncio para Fidel Castro, “mas com uma discordância”: “Eu não solicitaria para Hitler, por exemplo”, declarou o vereador. Nagelstein falou sobre o regime cubano – “que é aprisionador” – e sobre a história do comunismo no mundo. “Queiram ou não, o Golpe de 64 foi uma vontade majoritária da população, que não queria a instalação do comunismo no Brasil. E é errado dizer que de um lado ideológico está o bem e do outro o mal, como a esquerda faz. A respeito de Fidel, como diria Vargas Llosa, a história fará justiça a ele”, falou Nagelstein. Após, o vereador questionou quem está protestando contra o pacote de Sartori e os salários parcelados: “De onde o governador pode tirar esse dinheiro dos servidores? O dinheiro do público não sai do público, e sim da sociedade”. Por fim, criticou a gestão Fortunati. “É insustentável ter 39 secretarias em Porto Alegre. Criamos uma estrutura que não condiz mais com a realidade”, declarou. (AZ)

FINANÇAS II - Sofia Cavedon (PT) criticou os cortes do estado: “Como se não houvesse outras possibilidades de lidar com essas finanças”, declarou. A vereadora comentou sobre artigo do deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), que falava sobre o caso Ford: “Só em renúncias fiscais, o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 8 bilhões, o equivalente a 30% do ICMS arrecadado. O caso Ford é a prova de que se agiu corretamente com uma empresa que só quis usurpar o Rio Grande do Sul”. Por fim, Sofia alegou, referindo-se a Cecchim, “malabarismo” da base para ligar os presos a Lula: “De que partido é o Geddel? PMDB. Ele não é amigo do Lula”. (AZ)

FIDEL – Jussara Cony (PCdoB) destacou a tristeza e consternação pela morte de Fidel Castro. “O New York Times reconheceu que Fidel foi um herói revolucionário, tendo sido o maior líder da América Latina desde as guerras de independência”. A vereadora ressaltou a importância da luta de Fidel para garantir mais direitos ao povo cubano. “No campo da saúde, Cuba se transformou numa referência internacional de atendimento gratuito”. Citou a nota da União Brasileira de Mulheres: “Fidel demonstrou sensibilidade ímpar na luta das mulheres pela igualdade de gênero.” Por fim, salientou o apoio de Cuba ao Brasil no programa Mais Médicos, lembrando que Cuba não exporta armas, mas exporta médicos. (MM)

FIDEL II – Valter Nagelstein (PMDB) também falou sobre a morte de Fidel. “Cuba não exporta armas, vereadora Jussara, porque não tem indústrias. É por isso, simplesmente”. O parlamentar afirmou que Cuba foi condenada ao atraso. “É triste dizer isso, mas todo mundo que vai a Cuba sabe que um dos grandes mercados é o da prostituição”. Nagesltein aproveitou, ainda, para fazer comparações entre o PT e o PMDB. “Enquanto o PT fez vaquinha para pagar a fiança de José Dirceu, o PMDB não fez nada com relação ao Sérgio Cabral. Não temos corruptos de estimação. Temos um padrão só. E se alguém cometer um erro, que pague”. (MM)

ANIMAIS - Rodrigo Maroni (PR) comemorou a inauguração do Hospital Veterinário, bancado por um empresário numa parceria público-privada. “Tenho receio que este hospital venha a se tornar, assim como em muitos municípios, um hospital de fachada, que não presta atendimento. Porto Alegre deu um passo com a criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), mas a minha preocupação é esse hospital funcionar”. Cobrou melhorias no serviço prestado pela Seda. “Se a secretaria fecha às 17 horas é porque tem falta de funcionários”. Citou a presença de pessoas no plenário que aguardam para ser chamadas para trabalhar na Seda. Pediu aos vereadores que aprovem o projeto para criar novos cargos na secretaria. (MM)

ECONOMIA - Engenheiro Comassetto (PT) contou que esteve no centro, mais precisamente na sede do Sine Municipal, que anunciou mais de 800 vagas de emprego com salário mínimo. "A pobreza cresceu e chega a 10% da população brasileira. Qual o projeto de desenvolvimento para o País que tem o governo golpista de Temer?”, questionou o vereador. Mencionou, ainda, números da economia que corroboram a tese de que o Brasil enfrenta uma grave recessão. E finalizou com uma pergunta: “Está correta essa aliança da mídia, do Ministério Público e do Judiciário para entregar o patrimônio brasileiros às empresas multinacionais?” (MM)

DESEMPREGO - Claudio Janta (SD) fez críticas ao governo do PT e afirmou que não apoiou Michel Temer. "Volto para esta Tribuna reiterar o que venho afirmando. O governo do PT quebrou o país, roubou da sociedade. O dinheiro tirado do povo está fazendo falta para a saúde e para a educação. Nunca pedi votos para o Michel Temer. Quem pediu votos para o Temer foi a bancada do PT, através da chapa encabeçada pela presidente Dilma. O meu partido não está na lista dos envolvidos na Lava Jato", disse. (JC)

SALÁRIOS - Fernanda Melchiona (PSOL) defendeu a antecipação do pagamento do IPTU por parte da população e que os os salários e 13º dos municipários sejam pagos em dia. "É sagrado e fundamental para a categoria receber o pagamento em dia. Os trabalhadores esperam e contam com esse dinheiro para poder pagar suas contas e pagar o Natal para a família. Defendemos também que as pessoas possam fazer o pagamento antecipado do IPVA, recebendo desconto por isso", afirmou ela.

Texto:  Ananda Zambi (estagiária de Jornalismo)
            Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
           Jonathan Colla (reg. prof. 18352)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)