Praça Garibaldi vai ter estátua de ex-líder tribal africano
Os vereadores aprovaram, na tarde desta quarta-feira (10/07), projeto que destina espaço na praça Garibaldi – na divisa da Cidade Baixa com o Menino Deus – para colocação de uma estátua em homenagem ao comerciante, curandeiro e ex-líder tribal africano Custódio Joaquim de Almeida. Príncipe Custódio, com seria conhecido, se exilou no Brasil, em 1864. Morou na cidade do Rio Grande e em Bagé, onde fundou centros de batuque. Como recebia um salário mensal do governo inglês, que lhe queria longe de sua terra natal, fazia festas que duravam até três dias, em sua casa, onde teria recebido os ex-governadores Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros. Embora nunca tenha sido escravo, já que chegou ao país quase um quarto de século depois da abolição, acolhia e dava dinheiro para africanos e afrodescendentes. Principalmente da vizinhança, na antiga Ilhota, entre o que é hoje o colégio Protásio Alves, na esquina da Ipiranga, e a própria Praça Garibaldi. Tinha uma banca no mercado e criava cavalos de corrida. A proposta de homenagem foi apresentada pelo vereador Jonas Reis (PT). Ouça.