Prefeitura diz que não pode construir novo posto no Costa e Silva

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre não tem recursos atualmente para construir um novo prédio para abrigar o posto de saúde do bairro Costa e Silva. A demanda de um novo prédio foi levada hoje (10/3) à Comissão de Saúde (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre por Darci Ferreira, morador da comunidade e usuário do posto, que reclamou da precariedade da estrutura física do local. Conforme o secretário da SMS, Fernando Ritter, a manutenção do prédio cabe ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), responsável pela gestão do posto.

Conforme Ferreira, os dois principais problemas do prédio são a falta de uma sala maior para o gabinete odontológico e rede de esgoto deficiente. "Quando chove, inunda tudo, inclusive com resíduos de esgoto cloacal". Ainda de acordo com ele, uma segunda cadeira de dentista deixou de ser instalada no posto porque o prédio não possui espaço para abrigá-la.

O secretário Ritter disse que a única possibilidade de a Prefeitura construir um novo prédio para o Costa e Silva seria o Estado pagar cerca de R$ 15 milhões que deve para a SMS. "Com este valor, poderíamos construir mais duas ou três unidades básicas de saúde", observou ele, que pediu o apoio da Câmara na negociação da dívida que o Estado tem com o município.

O GHC não enviou representante à reunião. A vereadora Jussara Cony (PCdoB), que presidiu a reunião, fez contato telefônico com o grupo, que informou não ter recebido convite para o encontro. Ela se comprometeu, no entanto, a enviar a demanda da comunidade e os encaminhamentos da Cosmam para a direção do GHC. Cony também garantiu que a Cosmam será parceira da prefeitura na busca de uma solução tanto para o recebimento de valores atrasados do Estado como para uma negociação junto ao GHC que viabilize a construção de um novo posto. 

A reunião teve a presença dos vereadores Paulo Brum (PTB), Dr. Thiago Duarte (PDT), Kevin Krieger (PP) e Mário Manfro (PSDB).