Presidência

Presidente recebe motoristas de aplicativos e ouve queixas contra Uber

Presidente Márcio Bins Ely recebe motoristas do aplicativo Uber.
Motoristas reclamaram dos cancelamentos de cadastros (Foto: Martha Izabel/CMPA)

Na tarde desta quarta-feira (29/9), o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Márcio Bins Ely (PDT), recebeu uma comissão de motoristas de aplicativos da Capital. Durante o encontro, foi relatado que cerca de 500 motoristas foram excluídos do trabalho de transporte de passageiros pela empresa Uber. Segundo os motoristas, o motivo apresentado pela empresa foi o excesso de cancelamentos de viagens por parte dos prestadores do serviço e que esta alegação não condiz com a realidade.

Na reunião, vários motoristas se manifestaram e solicitaram apoio para que seja aberta Comissão Parlamentar de Inquérito em razão da não regulamentação da profissão de motoristas de aplicativos. Eles reclamaram do desrespeito às leis trabalhistas, prejuízos relacionados ao negócio e discordâncias em questões de repasses de valores por parte da empresa bem como no reajuste de tarifas.

A presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos do Rio Grande do Sul (Simtrapli-RS), Carina Trindade, disse que “há mais de mil motoristas de aplicativos da Uber em Porto Alegre. A decisão da empresa é unilateral e injusta porque estão sendo desligados profissionais com avaliação positiva, conforme os usuários do serviço”. Bins Ely disse que será dado espaço para ouvir todos os lados e que os vereadores deverão avaliar a situação e, se for o caso, poderá ser aberta CPI”.  O presidente sugeriu que a demanda também seja levada à Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação da Câmara (Cuthab).

Segundo depoimento de motoristas presentes na reunião, a Uber tem feito o cancelamento de cadastro dos motoristas que prestavam o serviço de transporte e que passaram a não receber chamadas pelo aplicativo instalado no telefone celular. O motorista Daniel Fernando falou que “é necessária regulamentação dos aplicativos e da profissão, por ser empresa privada que presta serviço para população. E quem entra com ação judicial consegue reingresso na plataforma”, relatou.

Texto

Glei Soares (reg. prof. 8577)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)