Plenário

Projeto propõe título de Cidadã à professora Aracy Lêdo

Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal
Fachada da Câmara Municipal de Porto Alegre (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)

Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre o projeto de lei nº142/16 que concede o título de Cidadã de Porto Alegre à professora Aracy Maria da Silva Lêdo. O projeto foi criado pela mesa diretora da Casa para homenagear a educadora que “sempre teve um olhar sobre aqueles que mais precisam” e que “sabia que não adiantava só o discurso, mas que era preciso lutar para proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência intelectual e múltipla”.

Gaúcha originária da cidade de Bagé, Aracy nasceu no dia 16 de julho de 1949 e iniciou sua carreira no magistério na Escola Rural do Minuano em 1972. No mesmo ano, mudou-se para Porto Alegre onde trabalhou por 25 anos nas escolas estaduais Edgar Luiz Schneider e Rubem Berta, e no atual Instituto Rio Branco até assumir como 1ª secretária da Federação das Apaes do Estado do Rio Grande do Sul. Presidiu a entidade de 2006 a 2011 sendo responsável por auxiliar as 209 Apaes do estado. Ela também atuou na direção da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades do Rio Grande do Sul (Faders), sendo presidente de 2004 a 2010.

Em 2010 assumiu um cargo de assessoria na Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social de Porto Alegre tornando-se secretária municipal em 2012. No mesmo período assumiu a presidência da Federação Nacional das Apaes, que congrega 2.149 Apaes distribuídas em todo território nacional e tem sede em Brasília. A professora foi a primeira mulher a presidir a entidade nos seus 62 anos de existência.

Para a mesa diretora, essa abrangência nacional conquistada por Aracy proporcionou êxito na luta pela inserção das pessoas com deficiência, pois através do “enfrentamento com autoridades que entendem que inclusão social é somente colocar todos os alunos nas escolas comuns, houve a necessidade de uma reação nacional, exigindo respeito e o entendimento de que todo cidadão tem o mesmo direito e que inclusão social é o oposto de massificação”. Diante disso e por iniciativa de Aracy Maria da Silva Lêdo foi fundado, no último dia 5 de maio, o Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência (CRPD) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília.

Texto: Cleunice Maria Schlee (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)