Projeto que reduz o limite de velocidade na Capital é rejeitado
Os vereadores da Capital rejeitaram em plenário, nesta quarta-feira (30/5), o projeto de lei (003/16), do vereador Marcelo Sgarbossa (PT), que estabelecia as velocidades máximas permitidas de 50km/h, para veículos automotores leves, e de 40km/h, para veículos automotores pesados, nas vias urbanas arteriais do Município de Porto Alegre. Atualmente, a velocidade máxima é de 60 quilômetros por hora (km/h).
Segundo Sgarbossa, a medida iria diminuir o número e a gravidade dos atropelamentos e acidentes de trânsito, e citou um estudo do Observatório de Segurança Viária da Espanha, que mostra que quanto maior a velocidade do veículo, maior é o risco de morte. "Um atropelamento com o carro a 80km/h é praticamente mortal. Mas quando o veículo trafega a 50km/h, o número de mortes é reduzido para 40%, o de feridos para 55%, e 5% das vítimas conseguem escapar ilesas. Agora, com velocidade de 30km/h, o índice de mortes cai para 5%, sendo que 30% das vítimas não sofrem nenhum ferimento", destacou.
Marcelo acrescentou que a redução da velocidade máxima nos centros urbanos também faz com que as ruas sejam devolvidas civilizadamente a pedestres e ciclistas. Cria-se um ambiente de convivência com motociclistas e motoristas, na perspectiva do compartilhamento respeitável e pacífico das vias urbanas, afirma. Segundo ele, reduzir e controlar a velocidade dos automóveis no meio urbano vem sendo uma tendência mundial. Exemplo disso, revela-se nas políticas de diversos países da Europa, fundadas no traffic calming, que passaram a desenvolver e adotar técnicas, medidas de redução e controle sistemático da velocidade, induzindo motoristas e motociclistas a conduzir seus veículos de modo mais apropriado à segurança e ao meio ambiente.
Assessoria de Imprensa CMPA