ProJovem Urbano será reorganizado

Proposta levada pela presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT), ao  ministro chefe da Secretaria Geral do Governo, Gilberto de Carvalho, de mudanças no Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem Urbano), será considerada pelo Governo Federal.

 

A informação foi dada à vereadora pelo secretário municipal da Juventude, Luizinho Martins, que a representou no encontro com o ministro. Luisinho e Sofia estavam agendados, mas nesse horário (15h) a vereadora estava reunida com a comitiva gaúcha e a ministra do Planejamento, tratando do financiamento do metrô da capital, que retardou devido ao lançamento do PAC da Mobilidade Urbana, realizado em Brasília, pela presidente Dilma Rousseff.

 

O Secretário entregou a Gilberto Carvalho levantamento e avaliação da execução do programa na cidade e estado, elaborado pela vereadora. Somente no Estado existe em torno de 70% de evasão, registra o documento.

 

Para Sofia o ProJovem tem um problema original, “não nasceu  vinculado ao Ministério da Educação, portanto às políticas educacionais”.  É preciso estimular o aluno a permanecer na escola e o ProJovem não possibilita isso, afirma a vereadora. O secretário Luisinho informou também que é bastante concreta a possibilidade do programa ser coordenado pelo MEC, como sugerido pela presidente da Câmara no documento entregue.

 

Sofia lembra ainda que os problemas que motivaram investigações, afastamentos de equipes e secretários e até CPI em Porto Alegre, são alvo de investigação e já tiveram medidas administrativas na busca de correção. Porém, diz ela, a realidade identificada em 2008, quando de 1.030 inscritos apenas 545 haviam se matriculado e 225 frequentavam, implicando em aglutinação de turmas, demissão de professores, redução de contratos de lanches, e mais desistências pelas mudanças e distância, que trazem a necessidade de transporte, é a mesma  realidade encontrada hoje, apesar das medidas já adotadas. “Os erros se repetirão e não haverá mudança de realidade se não terminarmos com este modelo aligeirado e paralelo de educação”, enfatiza a vereadora.