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Quadro de pessoal deficitário compromete serviços do HPS

Vereadores ouviram queixas sobre falta de pessoal no Pronto-Socorro Foto: Elson Sempé Pedroso
Vereadores ouviram queixas sobre falta de pessoal no Pronto-Socorro Foto: Elson Sempé Pedroso

Os serviços prestados pelo Hospital de Pronto-Socorro vem sendo comprometidos pela falta de reposição de médicos, enfermeiro e técnicos em seu quadro de pessoal. A denúncia foi feita na manhã desta sexta-feira (28/3) durante visita dos vereadores Neuza Canabarro (PDT) e Dr. Raul (PMDB) ao HPS. Conforme o médico Paulo Roberto Azambuja, diretor-geral do hospital, há 17 anos a instituição registra baixas em seu quadro de servidores por aposentadorias e demissões sem que sejam substituídos. “Isso causa muitos problemas nas escalas de plantões”, afirmou.

Azambuja explicou que todos os setores do HPS estão trabalhando com o chamado plantão- extra. “Desde que assumi a direção, estamos pedindo a reposição de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Já tivemos de recorrer à soluções emergenciais para cobrir algumas escalas”. Conforme o médico, várias reivindicações foram encaminhadas ao Executivo. “Mas tudo tem ficado na promessa”, lamentou. “Nossos recursos humanos estão críticos em todas as áreas, e a idade média de nossos servidores é alta”.

Conforme Sandra Perez, responsável pela enfermagem do HPS, o setor tem um déficit de 120 pessoas. “Nossos servidores tem uma média de 45 anos de idade, e estão cansados. E isso gera descontentamento”. A presidente da Associação dos Servidores, Mara Romanenco, que também responde pelo setor de radiologia do hospital, reforçou as queixas: “Todas as áreas, da recepção ao atendimento específico, tem dificuldades”. Mara lembrou ainda que os aparelhos de radiologia estão em avançado estágio de sucateamento. “Nem mesmo empresas especializadas querem prestar manutenção pelas dificuldades de encontrar peças de reposição”, explicou.

Maria Encarnacion Ortega, do Conselho Gestor do HPS, avaliou que os problemas do hospital são agravados pelas deficiências de atendimento na rede básica. “O HPS não é clínico, mas está virando”. Segundo ela, está sendo criada uma imagem de que a instituição conta com muitos servidores. “Dizem que não querem trabalhar. Não é verdade. O HPS precisa de ajuda”. Conforme Maria, o hospital vem sendo sobrecarregado por pessoas que deveriam ser atendidas em postos da rede básica. “Todos vem para cá porque aqui se faz tudo e ninguém fica sem atendimento”, concluiu.

Neuza Canabarro e Dr. Raul, que na reunião representaram a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal, deverão solicitar ao Executivo, em pedido de informações, o número de vagas em aberto no HPS, além do número e localização de médicos, enfermeiros e técnicos que estejam em desvio de funções em áreas administrativas ou cedidos. “Fiscalizar o Executivo não é fazer oposição. É trabalhar sobre fatos levantados pelas instituições e pela população”, salientou Neuza. Também participou da reunião Luiz Funari, diretor-administrativo do HPS.

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

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