Rejeitada a criação do Sistema de Gestão Pública de Transporte Urbano
A Câmara Municipal de Porto Alegre rejeitou hoje (22/6) projeto de lei que instituía o Sistema de Gestão Pública de Transporte Urbano, compreendendo a gestão do Fundo Público de Transporte Urbano (FPTU), o Sistema Integrado de Bilhetagem de Transporte Urbano (Sibtu) e os instrumentos de transparência e controle social. A proposta protocolada pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon, Mauro Pinheiro e Alberto Kopittke todos da Bancada do PT versava sobre a necessidade de o Poder Público gerir as contas deste serviço que, hoje, está a cargo das próprias empresas.
Nas razões do projeto, os vereadores explicaram sua posição: Não existe controle sobre os custos ou sobre como a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) faz a gestão do Sistema de Bilhetagem. Por isso, apesar de os empresários e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA) alegarem que o sistema é deficitário, os indicadores mostram o contrário. Enquanto a inflação nos últimos 19 anos foi de 338%, o aumento da passagem acumulado no período foi de 629,73%. Dessa forma, não existe controle sobre o número de passageiros transportados por quilômetro, o que poderia ser feito de forma diária e com transparência.
Pela proposta, uma série de atribuições que hoje são da ATP passariam para o FPTU e o Sibtu que seriam gerenciados por um comitê gestor nomeado pelo Executivo e fiscalizado pelo Conselho Municipal do Transporte Urbano (Comtu) , entre elas: a administração dos recursos da bilhetagem eletrônica, vales-transporte e passagens escolares, bem como dos recursos transferidos pelo Estado e pela União. Estes valores seriam repassados ao FPTU e, então, só então para as empresas concessionárias de transporte público na proporção dos serviços prestados, e não mais diretamente.
Assessoria de Imprensa CMPA
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)