Representativa

Lideranças

Em período de Lideranças da reunião da Comissão Representativa desta quarta-feira (6/1), os vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre trataram dos seguintes temas:

PROMESSA - Aldacir Oliboni (PT) acusou o prefeito José Fogaça de não cumprir com algumas promessas de campanha, como a de não renunciar para ser candidato ao governo do Estado. "Nós do PT já pagamos muito caro por isso e queremos que a população cobre com a mesma veemência esta atitude". Conforme Oliboni, a política é a arte de fazer justiça e cabe aos eleitores serem os juízes de todas as ações partidárias. Oliboni criticiou ainda outro veto do prefeito a uma emenda da CMPA ao Orçamento que prevê a drenagem do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. "É um desprestígio para o Legislativo que criou e aprovou uma emenda tão importante. Precisamos derrubar este veto e nós iremos derrubá-lo", anunciou. (ES)

RIVALIDADE - Valter Nagelstein (PMDB), ao ler artigo de sua autoria, reclamou da postura do ministro da Justiça, Tarso Genro, em querer atacar seu rival antes mesmo das eleições para o governo do Estado acontecerem. Segundo ele, Tarso tenta atacar José Fogaça com investigações da Polícia Federal sobre a condução da prefeitura de Porto Alegre. "É golpe baixo querer induzir suspeitas a uma administração aprovada pelo povo", afirmou. Para o líder do governo, em um país onde impera a impunidade, não se pode desejar que a Polícia Federal não realize seu ofício de investigação. "Mas não podemos admitir que haja pressão política sobre o agente policial". (ES)

CRÍTICAS - Engenheiro Comassetto (PT) criticou a candidatura do prefeito José Fogaça ao governo do Estado, lembrando que ele havia empenhado a palavra de que não concorreria. Disse que fazer política é exercê-la na essência da sua palavra, com ética e transparência, a poliética, cumprindo o que fala publicamente e respeitando o fio de bigode. Criticou, também, a governadora Yeda Crusius, classificando o seu governo de uma fábrica de crises e com alto índice de rejeição. Lembrou que Aécio Neves, do mesmo partido da governadora, tem adotado uma política muito diferente com a construção de projetos através do diálogo. (VBM)

MENTIRA – João Pancinha (PMDB) disse quer não estava se surpreendendo com os debates que estão sendo realizados sobre as eleições. “Em ano eleitoral, isto não me surpreende”, mas destacou a sua preocupação com a fala do vereador Oliboni, que usou, segundo ele, adjetivo forte para o prefeito José Fogaça e Tarso Genro. Observou que o vereador Oliboni não vai ter em quem votar, pois afirmou que a mentira precisa ser abolida da política e que Tarso, ao deixar a prefeitura para concorrer ao governo do Estado em 2002, pagou caro, pois havia garantido que não concorreria. Observou que Fogaça, ao contrário, cumpriu todo o primeiro mandato e só colocou o seu nome à disposição após a desistência de Germano Rigotto. (VBM)

DEBATE - Reginaldo Pujol (DEM) defendeu o debate político que ocorre na Casa, lembrando que mais de 20 colegas deverão ser candidatos nas próximas eleições. Disse que não será candidato e pediu que os debates sejam elevados e não caiam na irresponsabilidade. Criticou a forma como a oposição está buscando desgastar a imagem do prefeito José Fogaça, um dos possíveis candidatos ao governo do Estado. Disse que tal objetivo surgiu logo após as pesquisas demonstrarem que Fogaça é favorito tanto no primeiro como no segundo turno. Disse que desconhece qualquer documento em que Fogaça tivesse assumido algum compromisso. Afirmou ainda que a vida ilibada de Fogaça não dará motivos para exploração política. (VBM)

YEDA - Elias Vidal (PPS) disse que não pertence ao PSDB, mas que, diante da fala dos vereadores Comassetto e Oliboni à governadora Yeda Crusius, não poderia aceitar a injustiça e ficar calado. Destacou que as pesquisas mostram que muita gente diz não gostar da governadora, mas que entendem que ela está fazendo um bom governo. “O PT bateu de forma cruel e covarde na governadora porque está em desespero. Se perder com a Dilma e aqui no Rio Grande do Sul, o que vai sobrar para o PT?”. Afirmou, ainda, que o Partido dos Trabalhadores está isolado porque não respeita ninguém, nutre o ódio, destrói para crescer e está desesperado pelo crescimento de José Fogaça nas pesquisas. (VBM

Ester Scotti (reg. prof. 13387)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)