Audiência Pública

Rubem Berta: Moradores pedem serviços e infraestrutura

Comunidade reclamou de problemas na audiência pública no Rubem Berta Foto: Elson Sempé Pedroso
Comunidade reclamou de problemas na audiência pública no Rubem Berta Foto: Elson Sempé Pedroso

Poucas fichas para atendimento no posto de saúde do bairro, falta de iluminação em diversos pontos – o que contribui para assaltos e violência contra mulheres à noite -, alagamentos em ruas e vielas agravados pela falta de calçadas e de calçamentos. Esses foram os principais problemas listados por moradores do Rubem Berta em audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Porto Alegre no bairro, na noite desta terça-feira (19/5). A reunião, com a presença de mais de uma centena de pessoas, teve por objetivo ouvir as reivindicações das comunidades do Eixo Baltazar.

Reunida no auditório da Escola Municipal Grande Oriente, a comunidade também reclamou de ônibus lotados, poucas linhas com ligação para o centro, e o não cumprimento de horários. “A tranqueira na Assis Brasil é uma vergonha”, criticou Emerson Dutra, do Jardim dos Coqueiros, que destacou ainda a falta de seguranças nos coletivos. Hugo Osvaldo Hellwig reforçou o mesmo problema: “É uma situação que não tem como se sustentar. Os trabalhadores não podem continuar sendo penalizados como vem ocorrendo”. A comunidade criticou fortemente a ausência da EPTC na audiência.

Gelci Zanella, moradora do Núcleo 19, pediu a demolição de duas garagens que, segundo disse, fecham o acesso às casas dos moradores. “Estamos presos dentro do nosso núcleo”. Como informou, há apenas um corredor de 50 centímetros de passagem. “Por favor, olhem para nós, retirem essas garagens”, implorou. José Carlos da Silva, do Núcleo 15, reclamou da falta de calçamentos. “Há seis anos ganhamos asfalto no Orçamento Participativo, mas foi dado para o 34 por questões técnicas. Mas, agora é nossa vez”, afirmou.

Na situação da saúde, Cláudio Alves Martins lembrou que precisou de uma consulta para sua filha: “Cheguei às 5 da madrugada no posto e fui informado que já não haveria mais fichas”. Como disse ele, o posto distribui apenas 20 consultas/dia na área de clínicas. “Não pedimos muito, só mais algumas fichas”.  Sônia Trovão, do Núcleo 34, reivindicou a instalação de um posto de saúde 24 horas. “Temos muitas crianças e idosos, necessitamos desse serviço”. Roberto Oliveira Souza, do Núcleo 18, completou: “Tudo o que precisa ser dito já foi dito. Todos os núcleos precisam de tudo”.

A audiência foi dirigida pelo vereador Adeli Sell (PT), que estava no exercício da presidência da Casa. Acompanharam as discussões os vereadores Paulinho Rubem Berta (PPS), Maria Celeste (PT), Mauro Pinheiro (PT), Fernanda Melchionna (PSOL), Reginaldo Pujol (DEM) e Dr. Raul (PMDB), além de representantes do DEP e das secretarias de obras, saúde e educação.

Helio Panzenhagen (reg. Prof. 7154)